Oscar 1936, 'O grande motim' e o primeiro prêmio de Bette Davis e John Ford
8º Oscar
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A
cerimônia ocorreu na quinta-feira, dia 05 de março de 1936, no Biltmore Bowl do
Biltmore Hotel, em Los Angeles. Um dos mestres de cerimônias foi o comediante
Stan Laurel, então, um grande sucesso com os curtas e longas de comédia com seu
parceiro de telas, Oliver Hardy, formando a dupla ‘O gordo e o magro.’ O
diretor Frank Capara também foi um dos apresentadores.
‘O
grande motim’ foi o filme com mais indicações recebidas: oito. No site do museu
marítimo, há uma resenha do filme que transcreverei abaixo.
“Lançado
no Brasil com o título de “O Grande Motim”, “Mutiny on the Bounty” é um filme
americano de 1935, em preto e branco, dirigido por Frank Lloyd, de 132 minutos
de duração, baseado no romance homônimo de Charles Nordhoff e James Norman
Hall, publicado em 1932. O livro inspira-se na história verídica do HMS
‘Bounty’, um pequeno navio mercante da Royal Navy (Marinha Real Britânica), que
se tornou célebre pelo motim liderado pelo tenente Fletcher Christian contra o
comandante William Bligh, em 28 de abril de 1789. A revolta ocorreu durante a
viagem de regresso, perto de Tonga, quando o ‘Bounty’ transportava mais de 1000
mudas de fruta-pão recolhidas no Taiti, a fim de serem transplantadas para as
Antilhas, como alimento barato para os escravos. Após dominarem o navio e abandonarem o
comandante e 18 de seus leais homens num escaler de apenas 7 metros e uma vela,
os amotinados terminaram sua fuga pelo Pacífico nas Ilhas Pitcairn, então
ausentes nas cartas náuticas da Royal Navy. Ali incendiaram o ‘Bounty’ e permaneceram
escondidos por quase vinte anos. No comando de seu bote, William Bligh realizou
uma das maiores façanhas náuticas da História, percorrendo em 47 dias as 3.500
milhas náuticas que separam Tofua, em Tonga, da possessão holandesa de Coupang,
no Timor, com a perda de somente um homem. Distribuído pela
Metro-Goldwyn-Mayer, “O Grande Motim” foi um dos maiores sucessos do cinema de
seu tempo. Apesar de suas discordâncias históricas, a crítica especializada
considera o filme a melhor adaptação ao cinema baseada na história do célebre
HMS ‘Bounty’. Suas locações incluíram
regiões da Califórnia e da Polinésia Francesa, especialmente o Taiti. Os
comentários contemporâneos foram muito positivos: “Cruel, brutal, fortemente
romântico, feito de horror e coragem desesperada, é uma filmagem tremendamente
emocionante e dramática de Hollywood nos últimos anos. A trilogia Nordhoff-Hall
nasceu para ser filmada e a Metro-Goldwyn-Mayer deu-lhe o tipo de produção que
uma grande história merece" - Andre Sennwald, The New York Times. “Um dos
maiores filmes de todos os tempos. Uma épica varredura do mar como ele é"
- Hollywood Reporter. “Hollywood em seu muito melhor. A história não poderia
ter sido apresentada tão poderosa através de nenhum outro meio" – Variety. “Uma das produções mais importantes desde a
criação das imagens faladas. É sombrio, emocionante, uma pictografia perfeita”
– Film Daily. John Mosher, do ‘The New Yorker’, declarou que os cineastas
tinham “feito um bom, sólido e fino trabalho”, escrevendo que o desempenho de
Laughton como capitão Bligh "não pode ser exatamente a imagem do bruto
típico, mas é uma obra-prima de Laughton”. O sucesso de “O Grande Motim” não se
reduziu à crítica, mas se estendeu também ao público, como indicaram seus
números de bilheteria. De acordo com a Metro-Goldwyn-Mayer, o filme arrecadou $
2.250.000 nos Estados Unidos e Canadá e mais $ 2.210.000 em outros países,
tendo por resultado um lucro milionário.
“O Grande Motim” liderou a pesquisa anual da revista ‘Film Daily’, na
qual 523 críticos elegeram-no como o melhor filme de 1936, embora, tenha sido
lançado em novembro de 1935, muito tarde para concorrer na lista do referido
ano
A
produção de Frank Lloyd, ‘O grande motim’, recebeu somente o prêmio de Melhor
Filme de 1935. Trata-se do último vencedor de Melhor Filme (ao menos até 2022)
a vencer em nenhuma outra categoria, seguido por ‘Melodia na Broadway’ (1930) e
‘Grande Hotel’ (1932). O filme recebeu ao todo 8 indicações, e só um prêmio. As
impecáveis atuações de Clark Gable (como Fletcher Christian), Charles Laughton
(Wiliam Bligh) e Franchot Tone (Roger Byam) renderam aos três atores a
indicação ao prêmio de Melhor Ator. O fato, único na história do Oscar, levou a
Academia a criar uma nova categoria, a de Melhor Ator Coadjuvante. Entre outras
honras, “O Grande Motim” figura na 86° posição dos 100 melhores filmes
americanos, segundo a lista da American Film Institute (AFI). Na lista dos 100
maiores vilões do cinema da mesma entidade, o comandante William Bligh,
interpretado por Charles Laughton, ocupa a 19° posição.
Diferente
do que se pode imaginar, “O Grande Motim” não foi o primeiro filme a retratar o
caso do HMS ‘Bounty’. A primeira produção conhecida sobre o tema é um filme
australiano-neozelandês, de 1916, intitulado ‘The Mutiny on the Bounty’,
dirigido por Raymond Longford. Em 1933, foi lançado um filme australiano, ‘In
the Wake of the Bounty’, com o então desconhecido Errol Flynn como Fletcher
Christian, mas sem sucesso, recebendo poucas menções fora da Austrália.
Curiosamente, dois anos depois, o mesmo Errol Flynn estrelaria no filme
“Capitão Blood”, o papel do valente Peter Blood, ganhando a partir de então
notoriedade. Desta vez, o filme foi um sucesso e, ao lado de outras 11
produções de 1935, foi indicado para o Oscar de Melhor Filme, sendo derrotado
justamente por “O Grande Motim”. Em 1962, foi lançado um remake de “O Grande
Motim”, filme já colorido, com três horas de duração. Nem mesmo a atuação do
astro Marlon Brando no papel de Fletcher Christian e de Trevor Howard no de
William Bligh salvaram o filme do desastre crítico e financeiro. Atualmente,
porém, a crítica passou a reavaliar a produção. Em 1984, Mel Gibson interpretou
Fletcher Christian e Anthony Hopkins William Bligh no filme “The Bounty”,
lançado no Brasil com o título “Rebelião em Alto-mar”. Embora concebido como um
remake das produções de 1935 e 1962, o filme não foi baseado no romance de
Nordhoff-Hall, mas em um estudo histórico de Richard Hough, “The Bounty”. Esta
última versão oferece uma visão muito mais simpática do comandante William
Bligh, sendo considerada a mais próxima dos eventos históricos. Mas nada que
ofusque a beleza artística do grande clássico de 1935.”
O
segundo filme com mais indicações foi ‘Lanceiros da Índia’. Adaptação do
romance de Francis Yeats-Brown, o longa foi muito bem roteirizado por Waldemar
Young, John L. Balderston e Achmed Abdullah. Realizado pelo cineasta Henry
Hathaway, que consegue equilibrar muito bem cenas dramáticas com outras de
comédia, o filme conta a história de um Regimento de Lanceiros de Bengala em
luta contra rebeldes indianos. Muitas vezes comparado a "Gunga Din"
(1939), a produção “Lanceiros da Índia” é melhor que o primeiro. A direção de
Hathaway é simplesmente digna dos maiores elogios. Aliás, o filme foi ganhador
de dois Oscars de Melhores Diretores Assistentes, além de ter sido indicado a
mais seis outros prêmios, incluindo os de Melhor Filme e Melhor Diretor. Sete
indicações no total e um prêmio.
A
história se passa no período em que a Índia era dominada pelo Império
Britânico, o que esclarece o fato dos ingleses serem considerados os heróis,
enquanto os nativos que lutavam por sua independência serem os “bad boys”,
principalmente em se tratando de uma produção norte-americana. Apresentando
inúmeras sequências memoráveis, aquela que nos mostra a batalha final é a que
mais se destaca entre todas.
O
elenco nos brinda com grandes atuações, onde se destacam as apresentadas por
Gary Cooper e Franchot Tone. Entre os coadjuvantes, podemos citar os trabalhos
de Douglas Dumbrille, J. Carrol Naish e Akim Tamiroff.
O
Oscar de 1936 também foi marcante para o diretor Henry Hathaway, que recebeu
sua única indicação por ‘Lanceiros da Índia’. Ele foi assistente de direção de
diretores como Frank Lloyd, Paul Bern, Josef von Sternberg e Victor Fleming. Em
1932 realizou o seu primeiro filme, ‘A Herança do Deserto’ (1932), um faroeste.
Sua abordagem foi descrita como descomplicada e direta, ao mesmo tempo em que é
conhecida por seus efeitos visuais impressionantes e locais incomuns. Ele tinha
a reputação de ser difícil para os atores, mas estrelas como John Wayne e
Marilyn Monroe se beneficiaram sob sua direção. Embora Hathaway fosse um
diretor altamente bem-sucedido e confiável trabalhando no sistema de estúdios
de Hollywood, seu trabalho recebeu pouca atenção da crítica. Ele herdou o
título de marquês de seu avô, que era belga. Dirigiu dois atores indicados ao
Oscar: Richard Widmark (Melhor Ator Coadjuvante, ‘O Beijo da Morte’ em 1947) e
John Wayne (Melhor Ator, ‘Bravura Indômita’ em 1969). Wayne ganhou um Oscar por
sua atuação. Ele ficou marcado por grandes faroestes, como o já citado ‘Bravura
indômita’, ‘A conquista do oeste’ de 1962, ‘Os filhos de Katie Elder’ de 1965,
além de outros gêneros marcantes, como ‘Servidão humana’ e ‘Torrentes da
paixão’, com Marilyn Monroe.
‘O
informante’, de John Ford, recebeu 6 indicações, incluindo filme, direção e
ator. Há uma ótima resenha de Eduardo Kaneco no site leitura fílmica (www.leiturafilmica.com.br)
sobre o filme, que transcreverei agora:
“A
carreira de John Ford começou ainda no cinema mudo, e na época de ‘O Delator’,
ele era muito requisitado, realizando de dois a três filmes por ano. Mas, ainda
não tinha feito nenhum grande filme. Porém, tinha nas suas contas o sucesso de ‘A
Patrulha Perdida’ (1934), que trazia o mesmo Victor McLaglen como protagonista.
Um estúdio menor, a RKO, decidiu produzir ‘O Delator’, apesar das ressalvas por
ser uma versão do filme britânico ‘Alma das Ruas’ (1929). Assim, deu o sinal
verde para John Ford, mas com um orçamento pequeno. Por isso, o diretor teve
que reduzir o seu salário para adequar ao custo da produção. Além disso, não
pôde contar com nomes famosos no elenco. Por outro lado, essas restrições
acabaram por pavimentar o caminho de um “filme de arte”. Primeiro, porque a
própria RKO acabaria por ser um estúdio de produções de qualidade. Por exemplo,
‘Cidadão Kane’ (1941), ‘Sangue de Pantera’ (1942) e ‘Interlúdio’ (1946).
Segundo, porque John Ford contou com um cenário de estúdio muito limitado.
Dessa forma, precisou estimular sua criatividade para encontrar soluções que
disfarçassem essas restrições. Daí, surgiram características do filme que o aproximam
de ‘Aurora’ (1927), de F.W. Murnau, e do Expressionismo Alemão. Por isso, ‘O
Delator’ apresenta muitas névoas e sombras, que combinam com o cenário
turbulento de Dublin em 1922. Ao mesmo tempo, reforçam a confusão no caráter do
protagonista. No entanto, o que mais evidencia a influência do filme de Murnau
é o uso da projeção na parede do cartaz com a recompensa, acentuando a
tentação, e depois, o remorso do protagonista delator. Aliás, o uso de
simbolismos no filme se destaca. Gypo Nolan (Victor McLaglen), num momento de
fraqueza, entrega o seu amigo do IRA para as autoridades britânicas, em troca
da recompensa. O cartaz com a foto e a oferta da recompensa está nas paredes da
cidade, e ele surge insistentemente para Gypo. Num momento inicial, como a
tentação para o livrar da miséria e fugir para a América com a namorada.
Depois, como que para reforçar o seu arrependimento. Num dos momentos
emblemáticos dessa situação, o vento carrega o cartaz até ele ficar preso nas
pernas de Gypo. Por sinal, o elemento vento marca bastante presença nas ruas de
Dublin. Com isso, marca esses tempos agitados, quando muitos irlandeses
resistiam à influência britânica no país. Não à toa, o vento também está no
título de ‘Ventos da Liberdade’ (2006), longa de Ken Loach que versa sobre o
mesmo tema. Na época, como o próprio ‘O Delator’ demonstra, havia muitos
confrontos violentos entre os dois lados opositores. Os Tans mencionados na
história são os ‘Black and Tans’, força de combate para repressão das rebeliões
na Irlanda. Já no título, mas também na cena final, a delação e o
arrependimento de Gypo, guardam referências bíblicas com o Judas que traiu
Cristo. Por isso, a conclusão acontece dentro de uma igreja católica, e o
protagonista abre os braços como Cristo, aliviado pelo perdão concedido pela
mãe do amigo traído. Antes, quando os policiais pagam a recompensa, eles o
fazem com um desprezo imenso a essa atitude deplorável. Então, um joga o
dinheiro na mesa e o outro o empurra com uma vara na direção de Gypo.
Muitos
conhecem o grandalhão Victor McLaglen de ‘Depois do Vendaval’ (1952), também de
John Ford. Pois aqui ele interpreta o mesmo tipo bufão, briguento e beberrão.
Porém, sem nenhum tom de comédia. Pelo contrário, ele encarna com seriedade o
personagem arrependido com uma força avassaladora. Quando percebe que condenou
seu amigo à morte, ele se perde totalmente, e começa a agir como se quisesse se
destruir. Perde o controle dos seus atos e deixa evidente a todos que ele é o
delator. O dinheiro já não vale nada para ele, portanto começa a esbanjar para
se livrar do motivo de sua perdição. Ademais, o contraste entre o corpulento
personagem, que derruba todos numa briga, e sua fragilidade moral, delineia o
tema central do filme. Aí se encontra outra característica do Expressionismo
Alemão, que é a face dupla, a versão ruim de cada um. Como resultado de sua
decisão errada, em vários momentos o vemos descendo escadas, até mesmo rolando
perigosamente, para realçar o seu declínio. A única solução é o perdão, que vem
no momento derradeiro.
O
diretor John Ford ganhou fama por levar para as telas a epopeia americana,
principalmente, mas não apenas, pelos seus faroestes. Em ‘O Delator’, ele
explora suas raízes irlandesas, outro tema marcante em sua carreira. Esse
interesse pessoal, alinhado ao baixo orçamento que o provocou a buscar soluções
que enriqueceram o filme, resultou numa obra diferenciada em sua vasta
filmografia. Dali para a frente, viria o sucesso de crítica e de público, numa
carreira irretocável que, talvez, fosse diferente se esse filme não existisse.
Indicado ao Oscar em dez categorias, ‘O Delator’ venceu em: melhor ator
(McLaglen), melhor diretor, melhor roteiro (Dudley Nichols) e melhor trilha
sonora (Max Steiner).”
John
Ford manteve Victor McLaglen continuamente desequilibrado (e, portanto, no
personagem) deixando-o bêbado, mudando seus horários, insultando-o verbalmente
dentro e fora do set e filmando cenas quando ele disse a McLaglen que eles
estavam apenas ensaiando. Para a cena crucial do tribunal rebelde, a história
diz que Ford reduziu o ator a uma ruína trêmula, prometendo-lhe o dia de folga
apenas para trazê-lo para o estúdio mais cedo e extremamente ressaca, insistindo
que ele cuspisse suas falas. McLaglen ficou tão furioso com Ford sobre isso que
ameaçou parar de atuar e matar o diretor.
Outro concorrente na categoria Melhor Filme, foi ‘Capitão
Blood’, indicado em cinco categorias, inclusive direção. Não venceu em nenhuma
delas.
No
site ‘Devaneios de um cinéfilo’, há uma crítica sobre o filme, de onde replico uma
parte: “O gênero popularmente conhecido como capa e espada teve início com ‘A
Marca do Zorro’ (1920), invenção de Douglas Fairbanks, que fez um enorme
sucesso e abriu caminho para que ele, sua esposa Mary Pickford, Chaplin e D.W
Griffith fundassem a United Artists, visando um maior controle sobre a produção
de seus filmes. Posteriormente, produções como ‘O Ladrão de Bagdá’ (1924) e ‘O
Sheik’ (1921) consolidaram a reputação de astros do cinema mudo como o próprio
Fairbanks e o latino Rodolfo Valentino, que infelizmente decaiu em
produtividade após a ascensão do cinema sonoro. Enfim, ‘Capitão Blood’ é um
expoente desse gênero, que apresenta como elementos precípuos lutas
emocionantes belamente coreografadas, uma mocinha em apuros que precisa ser
salva pelo herói, batalhas em alto mar e vilões extremamente vis. Além disso, a
prolífica parceria entre Errol Flynn e Olivia de Havilland teve início neste
longa-metragem, culminando no fantástico ‘As Aventuras de Robin Hood’ (1938),
que auferiu o Oscar de Melhor Direção de Arte, Edição e Música (Erich Wolfgang
Korngold também realizou a trilha épica de ‘Capitão Blood’). Errol Flynn,
alçado ao estrelato mundial intempestivamente devido à sua excelsa performance
física e carisma, interpreta Peter Blood, um médico irlandês do século XVII
injustificadamente deportado para o Caribe pela discricionariedade de um iníquo
magistrado inglês. A Inglaterra passava por uma espécie de guerra civil, que
eclodiu devido à crueldade do ditador local, levando à cena inicial, onde
Blood, um médico ético, ajuda um dos guerrilheiros feridos. Vale ressaltar que
os médicos fazem o solene Juramento de Hipócrates (considerado o patriarca da
medicina ocidental, criador da teoria humoral), onde se comprometem a ajudar as
pessoas de forma caritativa independentemente de raça, credo ou posicionamento
político. Portanto, como um indivíduo moralmente correto, Blood ajuda o
guerrilheiro sem fazer parte da organização rebelde, algo louvável de sua
parte. Porém, o magistrado não interpreta dessa maneira, exilando-o em Port
Royal como um escravo submetido ao jugo dos coronéis. ‘Capitão Blood’ traz a
todo o momento o sentimento nostálgico de livros como ‘A Ilha do Tesouro’, de
Robert Louis Stevenson, conseguindo tocar até mesmo o mais acerbo dos adultos
ao apresentá-lo a um mundo repleto de aventuras. O diretor Michael Curtiz prova
mais uma vez que tem o toque de Midas, conseguindo fazer filmes de grande
sucesso comercial e crítico, como o inesquecível ‘Casablanca’ (1942), o trágico
noir ‘Anjos de Cara Suja’ (1938), que consolidou James Cagney como o marginal
carismático e também sua redenção no patriótico ‘A Canção da Vitória’ (1942).
Enfim, Curtiz consegue filmar de forma extremamente emocionante as lutas do
filme, como a contenda entre Blood e o Capitão Levasseur (Basil Rathbone), seu
ex-aliado que agora voltou-se contra ele. Apesar da emoção da cena, não há
nenhum tipo de violência explícita no filme, que mostra esses litígios como
algo honroso e necessário, dignos de verdadeiros gentlemans. As cenas
românticas entre Flynn e Olivia também são tocantes, sem cair no melodrama
piegas, visto que a donzela não se entrega facilmente ao mocinho. (...)”
Errol
Flynn estava com malária durante as filmagens. Originalmente, foi lançado em
119 minutos, mas a Warner Brothers cortou 20 minutos para sua reedição em 1951,
e assim, coubesse na sessão dupla nos cinemas com ‘O falcão dos mares’, também
cortado pela mesma razão. A versão de reedição cortada também foi transmitida
por muitos anos na televisão. O filme foi restaurado ao seu tamanho completo
quando lançado pela primeira vez em VHS na década de 1980.
Praticamente,
era o mesmo elenco do filme ‘As aventuras de Robin Hood’, dois anos depois.
O
filme da RKO, ‘A mulher que não sabe amar’ ou ‘Alice Adams’, com Katherine
Hepburn no papel principal e direção de George Stevens, recebeu somente 2
indicações: melhor filme e atriz. Ficou famoso o discurso de Bette Davis,
vencedora do Oscar daquele ano que, ao recebê-lo por ‘Perigosa’, afirmou não
ser merecido, pois a performance de Hepburn era a melhor de todas. Mas não
podemos esquecer que no ano anterior foi realizado um protesto em prol da
indicação de Davis, que conseguiu burlar as regras da Academia e ser indicada,
mas não ganhou. O prêmio por ‘Perigosa’ pode ter sido uma resposta ao fato.
David
O. Selznick foi o produtor de ‘David Copperfield’, de George Cukor, com Freddie
Bartolomeu, Frank Lawton, Basil Rathbone, Lionel Barrymore, Elsa Lanchester, e
o criticado W.C. Fields, que usou sotaque americano no conto do inglês Charles
Dickens. Perguntado por que usou aquele sotaque, respondeu: “Meu pai era inglês
e eu herdei esse sotaque dele. Você quer ir contra a natureza?” O longa foi
indicado em 3 categorias: filme, montagem e assistente de direção. Isso provas
que, às vezes, o assistente é mais competente que o próprio diretor. E estamos
falando do grande George Cukor.
‘Melodia
na Broadway de 1936’ foi indicado em 3 categorias: filme, coreografia e roteiro
original. A direção era da dupla W. S. Van Dyke e Roy Del Ruth. Era um musical
divertido e despretensioso com Jack Benny. A MGM sabia fazer musicais.
‘Os
implacáveis’ era a adaptação do romance de Victor Hugo, ‘Os miseráveis’. Com 4
indicações, incluindo melhor filme e fotografia, o filme não venceu em nenhuma
delas. É considerada por muitos críticos a melhor versão já feita da obra do
escritor francês. Florence Eldridge, que interpreta Fantine, era a esposa de
Fredric March na vida real. Eles foram casados de 1927 até a morte de março
em 1975. Chama atenção a interpretação de Charles Laughton.
‘O
picolino’ foi o musical deste ano que entrou para a lista de clássicos eternos
do cinema. Uma das melhores resenhas sobre esse filme, pode ser encontrada no
site do Plano Crítico, escrita por Guilherme Rodrigues. Aqui a transcrevo: “Há
uma ironia muito fina quando um musical abre em um lugar onde se pede silêncio,
onde o mero tilintar de copos de cristal resulta em sussurrados pedidos de
desculpa. Não que a ironia seja um elemento muito grande em ‘O Picolino’, mas
essa cena já demonstra que nosso protagonista, Jerry Traves (Fred Astaire), não
se encaixa muito bem nesse cenário, sendo constantemente silenciado por outras
pessoas. Nada mais lógico para um dançarino do que não se acostumar muito bem
com o silêncio, já que uma de suas principais ferramentas é o som. Claro que
som em musical sempre é importante, mas em ‘O Picolino’ isso é além das –
fantásticas – cenas musicais. É o som do sapateado de Jerry, por exemplo, que
faz com que ele conheça a menina dos seus olhos, Dale Travers (Ginger Rogers),
que o faz mudar completamente de ideia sobre os rumos da sua vida. A primeira
música do longa é sobre como Jerry está muito bem como solteirão, obrigado, mas
ao conhecer Dale, tudo muda, e passará boa parte do longa tentando conquistar o
coração da donzela. Mas isso não será uma das tarefas das mais fáceis, já que a
trama gira em torno da confusão de identidades dos personagens, pois após se
apaixonar por Jerry, os acontecimentos farão Dale acreditar que ele é na
verdade, o empresário Horace (Edward
Everett Horton), marido de uma grande amiga sua, Madge (Helen Broderick). É um
conflito de fácil solução? É claro, já que bastaria ver os dois personagens um
do lado do outro, mas há uma leveza na condução do diretor Mark Sandrich, que
torna toda a situação boba uma graça de se assistir, e os atores coadjuvantes
carregam muito bem as situações mais anciliares da trama, especialmente Edward
Everett e Eric Blore, que interpreta o mordomo de Horace, Bates, responsáveis
pelos momentos mais pastelões da trama. O roteiro consegue conciliar muito bem
essa ideia de falha de comunicação, grande motor do conflito principal da
trama, com essas situações mais humorísticas e até mesmo como principal
característica de alguns personagens, como Bedini (Erik Rhodes), um personagem
que frequentemente troca palavras por outras com sons similares. Essa ideia
permeia as situações mais tradicionais da narrativa, para nas situações
musicais, elas serem calcadas na clareza de sentimentos entre Jerry e Dale. Se
em uma cena de diálogos eles não conseguem se entender, na cena de dança
seguinte os sentimentos de um pelo outro ficam claros como água. A maior
representação disso é a canção “Cheek to Cheek”, em que o par tem a coreografia
mais elaborada do filme, completamente em sintonia um com o outro. Não é de
graça que a música se tornou icônica e referenciada até hoje, além da própria
melodia ser agradável, a cena que acompanha mostra todo o talento da dupla
Astaire e Rogers, que realizam a dança em uma só tacada, e faz belo uso do
enorme set construído para se passar por Veneza no longa. ‘O Picolino’ foi o
maior sucesso das diversas colaborações entre Fred Astaire e Ginger Rogers e é
fácil de entender o porquê. Dois artistas no topo de suas habilidades e músicas
memoráveis, que inclusive escuto enquanto escrevo esse texto, sem contar o
elenco de apoio que também não deixa a bola cair, não tem como dar errado.”
Foi o
maior sucesso de bilheteria da dupla Rogers e Astaire. Juntos, eles fizeram 10
filmes. O primeiro foi ‘Voando para o Rio’ de 1933. O último foi ‘Ciúme, sinal
de amor’ de 1949. ‘O picolino’ foi o quarto filme dos dançarinos, astros,
estrelas e personagens históricos. Pandro S. Berman era o produtor, o homem que
decidia tudo. Ao contrário dos demais grandes estúdios, a RKO não tinha um
chefão, um manda chuva, do tipo Jack Warner, Louis B. Meyer, Harry Cohn, Daryl
F. Zanuck. Pandro S. Berman, que chefiava parte da RKO, tinha liberdade e
talento para reconhecer talentos – e soube reconhecer o de Fred Astaire, e dar
espaço para ele estabelecer seu estilo. Mark Sandrich foi o diretor de cinco
dos oito filmes do grupo e da dupla Astaire-Rogers – inclusive deste ‘Top Hat’.
As indicações são de que não era um realizador de especial talento – mas sabia
deixar a dupla central à vontade e em paz, e isso era uma grande contribuição.
‘O
picolino’ foi indicado em 4 categorias: filme, coreografia, canção, para a
extraordinária ‘Cheek to cheek’ de Irving Berlin, e direção de arte. Não ganhou
nenhum Oscar. Uma pena, porque a música vencedora naquele ano é ruim, não foi
bem trabalhada na cena e ninguém lembra. O oposto de ‘Cheek to cheek’.
O
início de Hollywood não era conhecido por sua cultura intelectual, e ‘Sonho de
uma noite de verão’ foi um passo importante para enriquecer o cinema. Adaptação
de Shakespeare, recebeu 4 indicações ao Oscar e venceu 2. Das quase 40 peças,
entre comédias e tragédias, escritas pelo dramaturgo inglês William
Shakespeare, ‘Sonho de Uma Noite de Verão’ é uma das mais populares. Os títulos
de abertura revelam como a Warner Brothers estava orgulhosa por ter feito isso,
e que produção foi realmente: todas as principais estrelas da Warner, o melhor
suporte técnico do mundo, um compositor no auge do sucesso, Erich Korngold,
coreografia de balé de Nijinsk, e o altamente respeitado Max Reinhardt como
diretor. Mas ele foi suspenso devido a problemas no contrato, o que obrigou
William Dieterle a assumir o projeto. E, felizmente, funciona! Ainda é lindo,
excitante, tecnicamente cativante - e muito engraçado! Há muitas grandes
performances para destacar uma; mas como conjunto, os atores estão
maravilhosos. Algumas cenas hoje parecem longas demais. “Sonho de uma Noite de
Verão” acabou sendo o único filme hollywoodiano dirigido por Reinhardt, um dos
mais lendários diretores de teatro de todos os tempos. O diretor de fotografia
Ernest Haller começou as filmagens, mas foi demitido e substituído por Hal Mohr,
que descartou todo o material já rodado e realizou um trabalho inteiramente
novo. Pelo resultado obtido, Mohr acabaria ganhando o Oscar de Fotografia
naquele ano. Um prêmio merecido, sobretudo pelo esforço do cinegrafista em
capturar as imagens nas cenas passadas nas florestas, que pediam uma iluminação
especial, obtida com o uso de tinta alumínio, teias de aranha e partículas de
metal que pudessem refletir a luz e criar o clima de conto de fadas essencial
para a história. O filme marcou a estreia de Olivia de Havilland no Cinema,
antes da fama conquistada ao estrelar “Capitão Blood” ao lado de Errol Flyyn,
lançado no mesmo ano, e traz no elenco um jovem Mickey Rooney. O ator, tido
como tendo 11 anos, na verdade tinha 14, e quebrou uma perna durante as filmagens.
Por conta disso, foi filmado enquanto andava numa bicicleta por detrás dos
arbustos e precisou ser dublado por outro ator em várias de suas cenas.
Neste
ano, duas mulheres foram indicadas na categoria de melhor montagem, que teve 6
concorrentes. Foram Margareth Booth, por ‘O grande motim’ e Barbara McLean por
‘Os implacáveis’.
Este
ano também inaugurou a primeira indicação do grande fotógrafo Gregg Toland, por
‘Os implacáveis’, que infelizmente morreu cedo demais.
Busby
Berkeley, grande coreógrafo do cinema, recebeu sua primeira indicação neste
ano, pelo filme ‘Mordedoras de 1935’, na categoria de Melhor Coreografia ou
Direção de dança. Iniciou sua carreira no Exército dos Estados Unidos em 1918,
como tenente da artilharia conduzindo e dirigindo desfiles. Após o cessar-fogo
da Primeira Guerra Mundial, ele recebeu ordens para encenar shows de
acampamento para os soldados. De volta aos EUA, ele se tornou ator de teatro e
assistente de direção em grupos de atuação menores. Depois de ser forçado a
assumir a direção do musical "Holka-Polka", ele descobriu seu talento
para encenar rotinas de dança extravagantes e rapidamente se tornou um dos
principais diretores de dança da Broadway. O produtor Florenz Ziegfeld Jr. o
chamou para dirigir as coreografias de sua produção de "A Connecticut
Yankee in King Arthur's Court". Eddie Cantor, que estrelou a longa
produção de Ziegfeld "Whoopee!", sugeriu que Berkley criasse as coreografias
de dança na versão cinematográfica) ‘Whoopee!’ (1930) e Ziegfeld concordou.
A
caminho de casa de uma festa organizada por William Koenig para comemorar a
conclusão de ‘Por Uns Olhos Negros’ (1935), Berkeley atingiu dois veículos,
matando três pessoas no segundo carro: William von Brieson, sua mãe e cunhada.
Julgado por assassinato, Berkeley - representado por Jerry Giesler - foi
absolvido em um terceiro julgamento depois que os dois anteriores terminaram em
júris suspensos.
A
princípio, em Hollywood, Berkeley não estava satisfeito com as possibilidades
de seu trabalho - na época, os diretores de dança treinavam os dançarinos e
encenavam as danças. O diretor escolhia as posições de câmera e o editor
escolhia quais das tomadas eram mostradas ao público. Berkeley queria dirigir
as danças e convenceu o produtor Samuel Goldwyn para deixá-lo tentar. Uma das
primeiras chances que arriscou foi usar apenas uma câmera em seus filmes. Ele
também mostrou closes das coristas. Questionado sobre isso, ele explicou:
"Bem, nós temos todas as garotas bonitas na foto, por que não deixar o público
vê-las?" Com o declínio dos musicais em 1931 e 1932, ele pensava em
retornar à Broadway quando Darryl F. Zanuck, produtor-chefe da Warner Brothers,
o chamou para dirigir os números musicais do mais novo projeto da Warner, o
drama de bastidores ‘Rua 42’ (1933). Berkeley aceitou e dirigiu grandes números
como "Shuffle Off To Buffalo", "Young and Healthy" e a
grandiosa história da vida urbana, o final "42nd Street". O filme foi
um sucesso estrondoso, e a Warner Brothers sabia quem o tornou um sucesso tão
extraordinário – Berkeley, assim como o compositor Harry Warren e o letrista Al
Dubin, com contratos de sete anos. Berkeley criou números musicais para quase
todos os grandes musicais que a Warner Brothers produziu de 1933 a 1937. Suas
tomadas aéreas o forçaram a fazer furos nos telhados do estúdio, e ele usou
mais dançarinos a cada filme seguinte. No entanto, no final da década de 1930,
o musical estava em declínio mais uma vez, e Berkeley não tinha nada a fazer
como coreógrafo. Dirigiu dois filmes não musicais para a Warner Brothers e
depois foi para a MGM, onde coreografou o número final de ‘Serenata na Broadway’
(1939) com Jeanette MacDonald. Como diretor e coreógrafo, trabalhou em quatro
filmes com as estrelas adolescentes Judy Garland e Mickey Rooney. Ele também
coreografou o final "Fascinatin' Rhythm" para a estrela da MGM,
Eleanor Powell em ‘Se Você Fosse Sincera’ (1941). Dirigiu Gene Kelly em seu
primeiro filme, ‘Idílio em Do-Re-Mi’ (1942). Kelly, que coreografou seus
próprios números, aprendeu muito com Berkeley. Berkeley trabalhou para a 20th
Century-Fox em ‘Entre a Loura e Morena’ (1943) com seu número surrealista
"A Dama do Chapéu Tutti-Frutti". Em 1949 dirigiu seu último filme, ‘A
Bela Ditadora’ (1949), mas desta vez a coreografia foi de Gene Kelly. Berkeley
fez alguns números no início da década de 1950, mas, no final da década, ele
foi praticamente esquecido. Um renascimento de seus filmes no final dos anos
1960 trouxe-lhe alguma popularidade e ele foi convidado a retornar à Broadway e
supervisionar a direção de dança no renascimento de uma comédia musical de
Vincent Youmans de 1925. Uma das atrizes nesta produção foi Ruby Keeler, uma de
suas protagonistas nos musicais da Warner. Quando a produção saiu em turnê em
1972, uma das pessoas do elenco era Eleanor Powell. A produção foi um sucesso.
Quando ele subiu ao palco depois de uma noite de estreia, a casa explodiu em
aplausos. Um fato estranho é que Busby Berkeley nunca teve aula de dança e, em
seus primeiros dias, tinha muito medo de que as pessoas descobrissem. Ele
muitas vezes deixava seus produtores loucos quando dava ordens para construir
um set e depois ficava sentado na frente dele por alguns dias, pensando nos
números. Ele faleceu em 1976 aos 80 anos sem nunca ganhar um Oscar.
O ano
de 1936 foi marcado pela primeira ocasião em que um vencedor do Oscar recusou o
prêmio. O roteirista Dudley Nichols venceu o Oscar pelo roteiro de ‘O delator’
e recusou-se a aceitar o prêmio por causa do antagonismo entre vários
sindicatos da indústria e a Academia sobre questões sindicais. Entretanto, registros
da Academia mostram que Dudley estava de posse de uma estatueta do Oscar em
1949.
O
diretor recordista no Oscar ainda é John Ford, que venceu sua primeira
estatueta neste ano de 1936. E depois, acumulou mais três. Nenhum outro diretor
chegou perto desta marca. Frank Capra chegou perto com 3 prêmios.
(Bette Davis com seu Oscar e acima, ela e o ator Victor MacLaglen)
Indicados
e vitoriosos
Melhor Filme
‘O grande motim’ - MGM
‘A mulher que soube amar’ - RKO
‘Melodia na Broadway de 1936’
- MGM
‘Capitão Blood’ – Warner
Brothers
‘David Copperfield’ - MGM
‘O delator’ - RKO
‘Os implacáveis’ – 20th
Century Fox
‘Lanceiros da Índia’ – Paramount
Pictures
‘Sonho de uma noite de verão’ –
Warner Brothers
‘Oh, Marietta!’ - MGM
‘Vamos à América’ – Paramount
Pictures
‘O picolino’ - RKO
Melhor Diretor
John Ford por ‘O delator’ (venceu 4 prêmios,
por ‘O delator em 1936; ‘Vinhas da ira’ em 1941; ‘Como era verde o meu vale’ em
1942; ‘Depois do vendaval’ em 1953; foi indicado por ‘Nos tempos das
diligências’ em 1940; como produtor por ‘Depois do vendaval’ em 1953 – faleceu
em 1973 aos 79 anos)
Michael Curtiz por ‘Capitão
Blood’ (venceu
um Oscar por ‘Casablanca’ em 1944; foi indicado por ‘Quatro irmãs’ e ‘Anjos de
cara suja’ em 1939; e ‘A canção da vitória’ em 1943 – faleceu em 1962 aos 75
anos)
Henry Hathaway por ‘Lanceiros
da Índia’ (única indicação – faleceu em 1985 aos 86 anos)
Frank Lloyd por ‘O grande motim’
(venceu
2 prêmios, por ‘A divina dama’ em 1930; e ‘Cavalgada’ em 1934; foi indicado por
‘Drag’ e ‘Regeneração’ em 1929; e, a última, em 1936 por ‘O grande motim’ –
faleceu em 1960 aos 74 anos)
Melhor Ator
Victor McLaglen por ‘O delator’ (indicado como coadjuvante por ‘Depois do vendaval’ em 1953 – faleceu
em 1959 aos 72 anos)
Clark Gable por ‘O grande
motim’ (venceu
um Oscar por ‘Aconteceu naquela noite’ em 1935; foi indicado por ‘E o vento
levou’ em 1940 – faleceu em 1960 aos 59 anos)
Charles Laughton por ‘O grande
motim’ (venceu
um Oscar por ‘Os amores de Henrique VIII’ em 1934; e ‘Testemunha de acusação’
em 1958 – faleceu em 1962 aos 63 anos)
Paul Muni por ‘Inferno negro’ (venceu
um Oscar por ‘A história de Louis Pasteur’ em 1937; foi indicado por ‘The
valiant’ em 1930; ‘O fugitivo’ em 1934; ‘A vida de Emile Zola’ em 1938; e
‘Rebeldia de um bravo’ em 1960 – faleceu em 1967 aos 71 anos)
Franchot Tone por ‘O grande
motim’ (única
indicação – faleceu em 1968 aos 63 anos)
Melhor Atriz
Bette Davis por ‘Perigosa’ (venceu 2 prêmios,
por ‘Perigosa’ em 1936 e ‘Jezebel’ em 1939; foi indicada por ‘Escravos do
desejo’ em 1934; ‘Vitória amarga’ em 1940; ‘A carta’ em 1941; ‘Pérfida’ em
1942; ‘A estranha passageira’ em 1943; ‘Vaidosa’ em 1945; ‘A malvada’ em 1951;
‘Lágrimas amargas’ em 1953; e ‘O que terá acontecido a Babe Jane?’ em 1963 –
faleceu em 1989 aos 81 anos)
Elisabeth Bergner por ‘Contudo
és meu’ (única
indicação – faleceu em 1986 aos 88 anos)
Claudette Colbert por ‘Mundos
íntimos’ (venceu um Oscar por ‘Aconteceu naquela noite’ em 1935; foi
indicada por ‘Desde que partiste’ em 1945 – faleceu em 1996 aos 92 anos)
Katharine Hepburn por ‘A
mulher que soube amar’ (venceu 4 vezes, por ‘Manhã de glória’ em 1933;
‘Adivinhe quem vem para jantar?’ em 1968; ‘O leão no inverno’ em 1969; e ‘Num
lago dourado’, em 1982; foi indicada 8 vezes, por ‘A mulher que soube amar’, em
1936; ‘Núpcias de escândalo’, em 1941; ‘A mulher do ano’, em 1943; ‘Uma
aventura na África’, em 1952; ‘Quando o coração floresce’, em 1956; ‘Lágrimas
do céu’, em 1957; ‘De repente, no último verão’, em 1960; ‘Longa viagem noite a
dentro’, em 1963 – faleceu em 2003 aos 96 anos)
Miriam Hopkins por ‘Vaidade e
beleza’ (única
indicação – faleceu em 1972 aos 69 anos)
Merle Oberon por ‘O anjo das
trevas’ (única
indicação – faleceu em 1979 aos 68 anos)
Melhor História Original
‘O energúmeno’ - Ben Hecht (venceu outro Oscar
por ‘Paixão e sangue’ em 1929; foi indicado por ‘Viva Vila!’ em 1935; ‘O morro
dos ventos uivantes’ em 1940; ‘Anjos da Broadway’ em 1941; e ‘Interlúdio’ em
1947 – faleceu em 1964 aos 70 anos) e Charles MacArthur (foi indicado por ‘Rasputim e a
imperatriz’ em 1934; e ‘O morro dos ventos uivantes’ em 1940 – faleceu em 1956
aos 60 anos)
‘Melodia da Broadway de 1936’
- Moss Hart (indicado também por ‘a luz é para todos’ em 1948 – faleceu
em 1961 aos 57 anos)
‘Sua alteza, o garçom’ - Don
Hartman (indicado
por ‘a sedução de Marrocos’ em 1943 – faleceu em 1958 aos 57 anos) e
Stephen Morehouse Avery (única indicação – faleceu em 1948 aos 54 anos)
‘Contra o império do crime’ -
Darryl F. Zanuck, com pseudônimo de Gregory Rogers – não era candidato oficial (ganhou
4 Prêmios Irving G. Thalberg, em 1938, 1939, 1945 e 1951; foi indicado pela
produção de ‘A malvada’ em 1951 e ‘O mais longo dos dias’ em 1963 – faleceu em
1979 aos 77 anos)
Melhor Roteiro
‘O delator’ - Dudley Nichols (PRÊMIO RECUSADO – Recusou-se a aceitar seu prêmio por causa do antagonismo entre vários
sindicatos da indústria e a academia sobre questões sindicais. Isso marcou a
primeira vez que um Oscar foi recusado. Registros da Academia mostram que
Dudley estava de posse de uma estatueta do Oscar em 1949 – foi indicado por ‘A
longa viagem de volta’ em 1941; ‘Força aérea’ em 1944; ‘O homem dos olhos
frios’ em 1958 – faleceu em 1960 aos 64 anos)
‘Lanceiros da Índia’ - Achmed
Abdullah (única indicação – faleceu em 1945 aos 64 anos), John
L. Balderston (indicado por ‘À meia luz’ em 1945 – faleceu em 1954 aos 64
anos),
Grover Jones (indicado também por ‘Homem de peso’ em 1932 – faleceu em
1940 aos 46 anos), William Slavens McNutt (foi
indicado por ‘Homem de peso’ em 1932 – faleceu em 1938 aos 52 anos) e
Waldemar Young (única indicação – faleceu em 1938 aos 60 anos)
‘O grande motim’ - Jules
Furthman (única indicação – faleceu em 1966 aos 78 anos),
Talbot Jennings (indicado por ‘Ana e o rei de Sião’ em 1947 –
faleceu em 1985 aos 90 anos) e Carey Wilson (única
indicação – faleceu em 1962 aos 72 anos)
‘Capitão Blood’ - Casey
Robinson (não foi uma indicação oficial, mas ficou em terceiro lugar
na escolha final – única indicação – faleceu em 1979 aos 76 anos)
Melhor Curta-metragem em Uma
Bobina
‘How to Sleep’ - Jack Chertok (única indicação e
vitória – faleceu em 1995 aos 88 anos)
‘Oh, My Nerves’ - Jules White (indicado
4 vezes, por ‘Man in black’ em 1935; ‘Oh, my nerves’ em 1936; ‘The Jury Goes
Round 'n' Round’ em 1946; ‘Hiss and Yell’ em 1947 – faleceu em 1985 aos 84
anos)
‘Dente por dente’ - Hal Roach (venceu
2 prêmios, pelo curta-metragem ‘A caixa de música’ em 1932; e ‘Bored of
Education’ de 1937; ganhou um Prêmio Honorário em 1984 – faleceu em 1992 aos
100 anos)
Melhor Curta-metragem em Duas
Bobinas
‘Wings Over Everest’ – Skibo Productions
‘Audioscopiks’ - Pete Smith (venceu
2 prêmios, por ‘Penny wisdom’ em 1938; e ‘Quicker´n a wink’ em 1941; ganhou um
Oscar Honorário em 1954; foi indicado por ‘Menu’ em 1934; ‘Strikes and Spares’
em 1935; ‘Audioscopiks’ em 1936; ‘Wanted -- A Master’ em 1937; ‘Romance of
Radium’ em 1938; ‘Army Champions’ em 1942; ‘Marines in the Making’ em 1943;
‘Seeing Hands’ em 1944; ‘Movie Pests’ em 1945; ‘Sure Cures’ em 1947; ‘Now You
See It’ em 1948; ‘Você pode vencer’ em 1949; ‘Water Trix’ em 1950; ‘Wrong Way
Butch’ em 1951 – faleceu em 1979 aos 86 anos)
‘Camera Thrills’ – Universal
Pictures
Melhor Trilha Sonora
‘O delator’ - Max Steiner (venceu 3 prêmios,
por ‘O delator’ em 1936; ‘A estranha passageira’ em 1943; e ‘Desde que
partiste’ em 1945; foi indicado por ‘A patrulha perdida’ em 1935; ‘A
divorciada’ em 1935; ‘O jardim de Allah’ em 1937; ‘Jezebel’ em 1939; ‘E o vento
levou’ em 1940; ‘Vitória amarga’ em 1940; ‘A carta’ em 1941; ‘Sargento York’ em
1942; ‘A estranha passageira’ em 1943; ‘Casablanca’ em 1944; ‘As aventuras de
Mark Twain’ em 1945; ‘Rapsódia azul’ em 1946; ‘Canção inesquecível’ em 1947;
‘Minha rosa silvestre’ em 1948; ‘Nossa vida com papai’ em 1948; ‘Belinda’ em
1949; ‘A filha de Satanás’ em 1950; ‘O gavião e a flecha’ em 1951; ‘O cantor de
jazz’ em 1953; ‘O milagre de Fátima’ em 1953; ‘a nave da revolta’ em 1955; e
‘Qual será nosso amanhã?’ em 1956 – faleceu em 1971 aos 83 anos)
‘Capitão Blood’ - Leo F.
Forbstein (venceu um prêmio por ‘Adversidade’ em 1937; foi indicado
por ‘A carga da brigada ligeira’ em 1937; e ‘A vida de Emile Zola’ em 1938 –
faleceu em 1948 aos 55 anos)
‘O grande motim’ - Nat W. Finston
(foi
indicado também por ‘Primavera’ em 1938 – faleceu em 1979 aos 84 anos)
‘O sonho eterno’ - Irvin
Talbot (única
indicação – faleceu em 1973 aos 79 anos)
Melhor Canção original
"Lullaby of Broadway" por ‘Mordedoras de 1935’ - Harry Warren (venceu 3 prêmios, pelas canções
"Lullaby of Broadway" de ‘Mordedoras de 1935; "You'll
Never Know" de ‘Aquilo sim, era vida’ em 1944; e "On the Atchison,
Topeka and Santa Fe" de ‘As garçonetes de Harvey’ em 1947; foi indicado
por "Remember Me" de ‘O preço da fama’ em 1938; "Jeepers
Creepers" de ‘Coragem a muque’ em 1939; "Down Argentine Way” de
Serenata tropical’ em 1941; "Chattanooga Choo Choo" de ‘Explosão
musical’ em 1942; "I've Got a Gal in Kalamazoo" de ‘Serenata azul’ em
1943; "Zing a Little Zong" de ‘Filhos esquecidos’ em 1953;
"That's Amore" de ‘Sofrendo da bola’ em 1954; "An Affair to
Remember” de ‘Tarde demais para esquecer’ em 1958 – faleceu em 1981 aos 87
anos) e Al Dubin (foi indicado por "Remember Me” de ‘O preço da fama’ em 1938;
"We Mustn't Say Good Bye" de ‘Noivas de Tio Sam’ em 1944 – faleceu em
1945 aos 53 anos)
"Cheek to Cheek" por
‘O picolino’ – Irving Berlin (venceu um Oscar pela canção “White
Christmas" de ‘Duas semanas de prazer’ em 1943; foi indicado por "Now
It Can Be Told" de ‘A epopeia do jazz’ e "Change Partners and Dance
with Me" por ‘Dance comigo’ em 1939; "I Poured My Heart Into a
Song" de ‘Dúvidas de um coração’ em 1940; foi indicado pelo roteiro
original de ‘Duas semanas de prazer’ em 1943; "You Keep Coming Back Like a
Song" por ‘Romance inacabado’ em 1947; "Count Your Blessings Instead
of Sheep" de ‘Natal branco’ em 1955 – faleceu em 1989 aos 101 anos)
"Lovely
to Look At" por ‘Roberta’ - Jerome Kern (venceu
2 prêmios, por ‘"The Way You Look Tonight" de ‘Ritmo louco’ em 1937;
e "The Last Time I Saw Paris” de ‘Se você fosse sincera’ em 1942; foi
indicado por "Dearly Beloved" de ‘Bonita como nunca’ em 1943;
"Long Ago and Far Away” de ‘Modelos’ em 1945; pela trilha sonora e canção
"More and More" de ‘Vivo para antar’ em 1946; "All Through the
Day" de ‘Noites de verão’ em 1947 – faleceu em 1945 aos 60 anos), Dorothy Fields (venceu um Oscar pela canção "The Way
You Look Tonight" de ‘Ritmo louco’ em 1937 – faleceu em 1974 aos 68 anos)
e
Jimmy McHugh (foi indicado por "My Own" de ‘Idade perigosa’ em
1939; "I'd Know You Anywhere" por ‘O palácio dos espíritas’ em 1941;
‘"Say a Prayer for the Boys Over There" de ‘Laços eternos’ em 1944;
"I Couldn't Sleep a Wink Last Night" de ‘A lua a seu alcance’ em 1945
– faleceu em 1969 aos 75 anos)
Melhor Coreografia
‘Melodia da Broadway de 1936’ - Dave Gould por "I've Got a Feeling
You're Fooling" e ‘Folies Bergère de Paris’ - Dave Gould por "Straw
Hat" (vitória de dupla de Dave Gould –
indicado também por "Swingin' the Jinx” por ‘Nasci para dançar’ em 1937;
"All God's Children Got Rhythm" de ‘Um dia nas corridas’ em 1938 –
faleceu em 1969 aos 70 anos)
‘Os cavaleiros do rei’ - LeRoy
Prinz por "Viennese Waltz" (foi indicado 3 vezes, pelo
filme ‘Ondas sonoras de 1936’ em 1936; e ‘Luau’ de ‘Amor havaiano’ em 1938 -
Faleceu em 1983 aos 88 anos)
‘Ondas
sonoras de 1936’ - LeRoy Prinz por "Elephant - It's the Animal in Me"
(foi indicado 3 vezes, pelo
filme ‘Os cavaleiros do rei’ neste ano; e ‘Luau’ de ‘Amor havaiano’ em 1938 -
Faleceu em 1983 aos 88 anos)
‘Esperanças perdidas’ - Bobby
Connolly por "Playboy of Paree" (foi
indicado 4 vezes, sendo duas vezes no ano de 1936, por "Latin from
Manhattan" de ‘Casino de Paris’; e ‘Palyboy of Paree’ por ‘Esperanças
perdidas’; "1000 Love Songs" de ‘Cain and Mabel’ em 1937; "Too
Marvelous for Words" de ‘Amores de opereta’ em 1938 – faleceu em 1944 aos
46 anos)
‘Casino de Paris’ - Bobby
Connolly por "Latin from Manhattan" (foi indicado 4 vezes,
sendo duas vezes no ano de 1936, por "Latin from Manhattan" de
‘Casino de Paris’; e ‘Palyboy of Paree’ por ‘Esperanças perdidas’; "1000
Love Songs" de ‘Cain and Mabel’ em 1937; "Too Marvelous for
Words" de ‘Amores de opereta’ em 1938 – faleceu em 1944 aos 46 anos)
‘Mordedoras de 1935’ - Busby Berkeley por "Lullaby of Broadway" e
"The Words Are in My Heart" (foi
indicado 3 vezes, em 1936, pelos números musicais de ‘Mordedoras de 1935’; em
1937 pelo número ‘Love and war’ de ‘Mordedora de 1937; e em 1938, pelo número
‘The finale’ de ‘Aprenda a sorrir’ – faleceu em 1976 aos 80 anos)
‘O rei dos empresários’ -
Sammy Lee por "Lovely Lady" and "Too Good to Be True" (indicado
em 1938 pelo número musical "Swing Is Here to Stay" de ‘Ali Babá é
bom de bola’ – faleceu em 1968 aos 77 anos)
‘Ella – a feiticeira’ -
Benjamin Zemach por "Hall of Kings" (única indicação –
faleceu em 1997 aos 96 anos)
‘O picolino’ - Hermes Pan por
"Piccolino" e "Top Hat" (venceu um Oscar em 1938 por
"Fun House" do filme ‘Cativa e cativante’; foi indicado por
"Bojangles of Harlem" de ‘Ritmo louco’ em 1937 – faleceu em 1990 aos
80 anos)
Melhor Mixagem de Som
‘Oh, Marietta!’ - Douglas Shearer (venceu
7 prêmios, por ‘O presídio’ em 1930; ‘Oh Marieta!’ em 1936; ‘São Francisco, a
cidade do pecado’ em 1937; ‘O rei da alegria’ em 1941; ’30 segundos sobre Tóquio’
em 1945; ‘A rua do Delfim verde’ em 1948; ‘O grande Caruso’ em 1952; foi pelo
som e efeitos especiais de alguns dos filmes citados: ‘Viva Vila!’ em 1935;
‘Primavera’ em 1938; ‘Canção de amor’ em 1939; ‘O mágico de Oz’ em 1940;
‘Balalaika’ em 1940; ‘Fruto proibido’ em 1941; ‘asas nas trevas’ em 1942; ‘O
soldado de chocolate’ em 1942; pelo som e efeitos especiais em ‘Rosa de
esperança’ em 1943; ‘Madame Curie’ em 1944; ‘Kismet’ em 1945; ‘Fomos os
sacrificados’ em 1946; pelo som de ‘A rua do Delfim verde’ em 1948 – faleceu em
1971 aos 71 anos)
‘Mil dólares por minuto’ – Republic
Studios
‘A noiva de Frankenstein’ -
Gilbert Kurland (única indicação – faleceu em 1978 aos 73 anos)
‘Capitão Blood’ - Nathan
Levinson (venceu por ‘A canção da vitória’ em 1943; ganhou um Oscar
Honorário em 1941; foi indicado 3 vezes em seu primeiro ano, 1934, por ‘Rua 42,
‘Cavadouras de ouro’ e ‘O fugitivo’; por ‘Miss Generala’ em 1935; ‘Capitão
Blood’ em 1935; ‘A carga da brigada ligeira’ em 1937; ‘A vida de Emile Zola’ em
1938; ‘Quatro filhas’ em 1939; pelo som e efeitos especiais de ‘Meu reino por
um amor’ em 1940; pelo som e efeitos especiais de ‘O gavião do mar’ em 1941;
pelos efeitos especiais de ‘O lobo do mar’ em 1942; pelo som de ‘Sargento York’
em 1942; pelos efeitos especiais de ‘Fugitivos do inferno’ em 1943; pelos
efeitos especiais de ‘Águias americanas’ e pelo som de ‘Forja de heróis’ em
1944; pelos efeitos especiais de ‘As aventuras de Mak Twain’ e pelo som em ‘Um
sonho em Hollywood’ em 1945; ‘pelo som em ‘Rapsódia em azul’ em 1946; pelos
efeitos especiais de ‘Uma vida roubada’ em 1947; e pelo som de ‘Belinda ‘ em
1949; e ‘Uma rua chamada pecado’ em 1952 – faleceu em 1952 aos 64 anos)
‘O anjo das trevas’ - Thomas
T. Moulton (venceu 5 prêmios, por ‘O furacão’ em 1938; ‘O cowboy e a
granfina’ em 1939; ‘Na cova da serpente’ em 1949; ‘Almas em chamas’ em 1950; ‘A
malvada’ em 1951; foi indicado por ‘O anjo das trevas’ em 1936; ‘E o vento
levou’ em 1940; recebeu 3 indicações em 1941, pelos efeitos de ‘A longa viagem de
volta’ e ‘Correspondente estrangeiro’ e pelo som de ‘Nossa cidade’; ‘Bola de
fogo’ em 1942; pelos efeitos e som de ‘Ídolo, amante e herói’ em 1943; pelos
efeitos e som de ‘A estrela do norte’ em 1944; ‘Casanova Júnior’ em 1945; ‘Amar
foi minha ruína’ em 1946; e ‘Meu coração canta’ em 1953 – faleceu em 1967 aos
71 anos)
‘Vivo sonhando’ - Carl Dreher (indicado
por ‘A alegre divorciada’ em 1935 – faleceu em 1976 aos 80 anos)
‘Lanceiros da Índia’ - Franklin
Hansen (venceu
um Oscar ‘Adeus às armas’ em 1934; foi indicado por ‘Alvorada de amor’ em 1930;
‘Lanceiros da Índia’ em 1936; e ‘Atiradores do Texas’ em 1937 – faleceu em 1982
aos 84 anos)
‘Ama-me sempre’ - John P.
Livadary (venceu 3 prêmios, incluindo ‘Sonhos dourados’ em 1947; e
‘A um passo da eternidade’ em 1954; foi indicado por ‘Ama-me sempre’ em 1936;
‘O galante Mr Deeds’ em 1937; ‘Horizonte perdido’ em 1938; ‘Do mundo nada se
leva’ em 1939; ‘A mulher faz o homem’ em 1940; ‘Maridos em profusão’ em 1941;
‘Os homens de minha vida’ em 1942; ‘Bonita como nunca’ em 1943; ‘Sahara’ em
1944; ‘Modelos’ em 1945; ‘À noite sonhamos’ em 1946; ‘A nave da revolta’ em
1955; ‘Melodia imortal’ em 1957; ‘Meus dois carinhos’ em 1958 – faleceu em 1987
aos 90 anos)
‘Mil vezes obrigado’ - Edmund
H. Hansen (venceu 2 prêmios, pelos efeitos de ‘E as chuvas chegaram’
em 1940; e ‘Wilson’ em 1945; foi indicado por ‘Mil vezes obrigado’ em 1936; ‘Um
romance em Mississipi’ em 1937; ‘Na velha Chicago’ em 1939; ‘Suez’ em 1939;
pelo som de ‘E as chuvas chegaram’ em 1940; pelos efeitos de ‘O pássaro azul’
em 1941; pelo som de ‘As vinhas da Ira’ em 1941; pelos efeitos de ‘Um Yank na
RAF’ em 1942; pelo som de ‘Como era verde meu vale’ em 1942; ‘Isto, acima de
tudo’ em 1943; ‘A canção de Bernadete’ em 1944 – faleceu em 1962 aos 67 anos)
Melhor Direção de Arte
‘O anjo das trevas’ - Richard Day (venceu
7 prêmios, por ‘O anjo das trevas’, em 1936; ‘Fogo de outono’, em 1937; ‘Como
era verde meu vale’, em 1942; ‘Minha namorada favorita’, em 1943; ‘Isto acima
de tudo’, em 1943; ‘Uma rua chamada pecado’, em 1952; ‘Sindicato de ladrões’,
em 1955; e foi indicado outras 12 vezes, por ‘Whopee!’ em 1931; ‘Médico e
amante’, em 1932; ‘As aventuras de Cellini’, em 1935; ‘Beco sem saída’, em
1938; ‘Goldwyn Follies’, em 1939; ‘Serenata Tropical’, em 1941; ‘A bela Lillian
Russell’, em 1941; ‘sangue e areia’, em 1942; ‘O fio da navalha’, em 1947;
‘Joana D´Arc’, em 1949; ‘Hans Christian Andersen’, em 1953; ‘A maior história
de todos os tempos’, em 1966; ‘Tora! Tora! Tora!’ em 1971 – faleceu em 1972 aos
76 anos)
‘Lanceiros da Índia’ - Hans
Dreier (venceu
3 prêmios, por ‘Gaivota negra’ em 1946; ‘Sansão e Dalila’ e ‘Crepúsculo dos
deuses’ em 1951. Foi indicado duplamente em 1930, por ‘Alvorada do amor’ e O
rei vagabundo’; ‘Alta traição’ na outra cerimônia de 1930; ‘Marrocos’ em 1931;
‘Adeus às armas’ em 1934; ‘Lanceiros da Índia’ em 1936; ‘Almas no mar’ em 1938;
‘Se eu fora rei’ em 1939; ‘Beau geste’ em 1940; duplamente indicado em 1941 por
‘Legião de heróis’ e ‘Levanta-te, meu amor!’;
‘A porta de ouro’ em 1942; duplamente indicado em 1943, por ‘Vendaval de
paixões’ e ‘Ela e o secretário’; também duplamente indicado em 1944 por ‘Por
quem os sinos dobram?’ e ‘Cinco covas no Egito’; em 1945 também foi indicado 2
vezes, por ‘A mulher que não sabia amar’ e ‘Sem tempo para amar’; em 1946
também recebeu 2 indicações, vencendo uma delas, e sendo indicado por ‘Um amor
em cada vida’; e ‘Flor do lodo’ em 1947 – faleceu em 1966 aos 81 anos) e
Roland Anderson (indicado 15 vezes, por ‘Adeus às armas’ em
1934; ‘Lanceiros da Índia’ em 1936; ‘Almas no mar’ em 1938; ‘Legião de heróis’
em 1941; ‘Vendaval de paixões’ em 1943; ‘Ela e o secretário’ em 1943; ‘Um amor
em cada vida’ em 1946; ‘Perdição por amor’ em 1953; ‘Ligas encarnadas’ em 1955;
‘Amar é sofrer’ em 1955; ‘Começou em Nápoles’ em 1961; ‘Bonequinha de luxo’ em
1962; ‘O pombo que conquistou Roma’ em 1963; ‘O bem-amado’ e ‘O preço do
prazer’ em 1964 – faleceu em 1989 aos 85 anos)
‘O picolino’ – Carroll Clark (indicado
por ‘O picolino’ em 1936; ‘Cativa e cativante’ em 1938; ‘Adeus, meu amor’, em
1944; ‘Vivendo de brisa’ em 1945; ‘O fantástico super homem’ em 1962; ‘Mary
Poppins’ em 1965 – faleceu em 1968 aos 74 anos) e Van Nest Polglase (indicado 6 vezes, por ‘A alegre
divorciada’ em 1935; ‘O picolino’ em 1936; ‘Dance comigo’ em 1939; ‘Duas vidas’
em 1940; ‘Minha esposa favorita’ em 1941; e ‘Cidadão Kane’ em 1942 – faleceu em
1968 aos 70 anos)
Melhor Fotografia
‘Sonho de uma noite de verão’ - Hal Mohr (primeiro e único candidato inscrito a
realmente vencer - venceu 2 prêmios, por ‘Sonhos de uma noite de verão’ em
1936; ‘O fantasma da ópera’ em 1944; e foi indicado por ‘The four poster’ em
1954 - faleceu em 1974 aos 79 anos)
‘Duas almas se encontram’ - Ray
June (indicado
3 vezes, por ‘Médico e amante’ em 1932; ‘Duas almas se encontram’ em 1936;
‘Cinderela em Paris’ em 1958 – faleceu em 1958 aos 63 anos)
‘As cruzadas’ - Victor Milner (venceu
por ‘Cleópatra’ em 1935; foi indicado por ‘Alvorada do amor’ em 1930; ‘As
cruzadas’ em 1936; ‘O general morreu ao amanhecer’ em 1937; ‘Lafite, o
corsário’ em 1939; ‘Legiões de heróis’ em 1941; ‘Vendaval de paixões’ em 1943;
e ‘Almas em fúria’ em 1951 – faleceu em 1972 aos 78 anos)
‘Os implacáveis’ - Gregg
Toland (venceu
um Oscar por ‘O morro dos ventos uivantes’ em 1940; foi indicado por ‘OS
implacáveis’ em 1936; ‘Beco sem saída’ em 1938; ‘A longa viagem de volta’ em
1941; e ‘Cidadão Kane’ em 1942 – faleceu em 1948 aos 44 anos)
Melhor Montagem
‘Sonho de uma noite de verão’ - Ralph Dawson (foi indicado 4 vezes e recebeu 3 prêmios, por ‘Sonhos de uma noite de
verão’ em 1936; ‘Adversidade’ em 1937; ‘As aventuras de Robin Hood’ em 1939; e
indicado por ‘Um fio de esperança’ em 1955 – faleceu em 1962 aos 65 anos)
‘David Copperfield’ - Robert
Kern (venceu
um Oscar por ‘A mocidade é assim mesmo’ em 1946 – faleceu em 1972 aos 87 anos)
‘O delator’ - George Hively (única
indicação – faleceu em 1950 aos 60 anos)
‘Os implacáveis’ - Barbara
McLean (venceu
um Oscar por Wilson’ em 1945; foi indicada por ‘Lloyd´s of London’ em 1937; ‘A
epopeia do jazz’ em 1939; ‘E as chuvas chegaram’ em 1940; ‘A canção de
Bernadete’ em 1944; ‘A malvada’ em 1951 – faleceu em 1996 aos 92 anos)
‘Lanceiros da Índia’ - Ellsworth
Hoagland (única indicação – faleceu em 1972 aos 69 anos)
‘O grande motim’ - Margaret Booth (ganhou um Prêmio Honorário em 1978 -
única indicação – faleceu em 2002 aos 104 anos)
Melhor Animação em
Curta-metragem
‘Três gatinhos órfãos’ – Walt Disney (ganhou
um Prêmio Honorário pela criação do Mickey Mouse em 1932; outro Prêmio
Honorário pela criação do desenho animado em longa-metragem ‘Branca de neve e
os sete anões’ em 1939; Prêmio Honorário pela realização do filme ‘Fantasia’ em
1942; Prêmio Irving G. Thalberg em 1942; venceu 22 prêmios, por ‘Flores e
árvores’ em 1932; ‘Os três porquinhos’ em 1934; ‘A tartaruga e a lebre’ em
1935; ‘Três gatinhos órfãos’ em 1936; ‘Primo da roça’ em 1937; ‘O velho moinho’
em 1938; ‘Ferdinando o Touro’ em 1939; ‘O patinho feito’ em 1940; ‘Me dê uma
pata’ em 1942; ‘A face do Fuher’ em 1943; ‘Seal Island’ em 1949; ‘O vale do
castor’ em 1951; ‘Nature's Half Acre’ em 1952; ‘Water birds’ em 1953; ‘O deserto vivo’, ‘O esquimó do Alaska’,
‘Bear country’ e ‘Toot Whistle Plunk and Boom’, todos em 1954; ‘A planície
imensa’ em 1955; ‘Men Against the Arctic’ em 1956; ‘Grand Canyon’ em 1959;
‘Ursinho Puff e o dia chuvoso’ em 1969; foi indicado por ‘Pai de órfãos’ em
1932; ‘Arranhando o céu’ em 1934; ‘A flecha do amor’ em 1936; ‘Bons
escoteiros’, ‘Mamãe Ganso’ e ‘O alfaiatezinho valente’ em 1939; ‘Como treinar
um pointer’ em 1940; ‘Truant Officer Donald’ em 1942; ‘The New Spirit’ e ‘The
Grain That Built a Hemisphere’ em 1943; ‘Reason and Emotion’ em 1944; ‘Como
jogar futebol’ em 1945; ‘O crime de Donald ‘me 1946; ‘Squatter's Rights’ em
1947; ‘Pluto's Blue Note’ em 1948; ‘Chip an' Dale’ em 1948; ‘Tea for Two
Hundred’ em 1949; ‘Mickey e a foca’ em 1949; ‘Guerra de brinquedos’ em 1950;
‘Cordeiro, o Leão Medroso’ em 1952; ‘Ben e eu’ em 1954; ‘Rugged Bear’ em 1954;
‘Siam’ em 1955; ‘Pigs is pigs’ em 1955; ‘Suíça’ em 1956; ‘No hunting’ em 1956;
‘Samoa’ em 1957; ‘A verdade sobre mamãe Ganso’ em 1958; ‘Paul Gunyan’ em 1959;
‘Donald no país da matemática’ em 1960; ‘Mistérios nas profundezas’ em 1960; ‘A
arca de Noé’ em 1960; ‘Islands of the Sea’ e ‘Golias II’ em 1961; ‘Aquamania’
em 1962; ‘A Symposium on Popular Songs’ em 1963; ‘produtor de ‘Mary Poppins’ em
1965 – faleceu em 1966 aos 65 anos)
‘O dragão de Chita’ - Rudolf
Ising (venceu
um Oscar por ‘The Milky way’ em 1941; foi indicado por ‘The old mil pond’ em
1937; e ‘Um bichano em maus lençóis’ em 1941 – faleceu em 1992 aos 88 anos) e
Hugh Harman (indicado também por ‘The old mill pond’ em 1937 – faleceu
em 1982 aos 79 anos)
‘A flecha do amor’ – Walt
Disney (ver
acima)
Melhor Diretor Assistente
‘Lanceiros da Índia’ - Clem Beauchamp (foi
indicado por ‘O último dos moicanos’ em 1937 – faleceu em 1992 aos 94 anos) e Paul Wing (única indicação e vitória – faleceu em 1957 aos 64 anos)
‘David Copperfield’ - Joseph
M. Newman (indicado por ‘São Francisco’ em 1937 – faleceu em 2006 aos
96 anos)
‘Os implacáveis’ - Eric Stacey
(indicado
3 vezes, por ‘OS implacáveis’ em 1936; ‘O jardim de Alah’ em 1937; e ‘Nasce uma
estrela’ em 1938 – faleceu em 1969 aos 65 anos)
‘Sonho de uma noite de verão’
- Sherry Shourds (única indicação – faleceu em 1991 aos 84 anos)
Bibliografia:
www.assimerahollywood.wordpress.com
- site:
www.atocinematografico.blogspot.com
- site: www.wikipedia.com
- site: www.imdb.com
- site: www.filmenow.com
- site: www.ontemnatv.com.br
- site:
www.osmusicaisdomundo.blogspot.com
- site:
www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com
Livros:
- ‘O Oscar e eu’, de Rubens
Ewald Filho
- ’85 anos de Oscar’, de
Robert Osborne
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