1 9º O S C A R

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                                                    (Ray Milland entrega o Oscar a Olivia De Havilland)

No dia 13 de março de 1947 aconteceu a 19ª cerimônia da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, em Los Angeles, sob a presidência de Jean Hersholt (entre 1945-1949), no Shrine Auditorium, com Jack Benny como mestre de cerimônia. Benny era muito conhecido como comediante, ator de vaudeville, depois de TV e cinema. Seu programa de rádio, The Jack Benny Program, levado ao ar semanalmente pela NBC entre 1932 e 1948 e pela CBS entre 1949 e 1955, foi sempre um dos líderes de audiência no país por décadas e o tornaram uma das mais conhecidas e influentes personalidades do mundo do entretenimento nos Estados Unidos.

O atual prédio do Shrine Auditorium é de 1926. Ele serviu de locação para o filme ‘King Kong’ de 1933 e como local de realização das cerimônias do Oscar, Grammy, MTV Awards, People´s Choice Awards, durante muitos anos. Foi nele que o cantor Michael Jackson queimou o cabelo em uma gravação do comercial da Pepsi Cola em 1984. Em 2002 o auditório foi reformado e em 2006 foi palco do Miss Universo.

Essa edição foi a primeira vez que o público em geral foi autorizado a comprar os ingressos para assistir à premiação. Foi também a primeira vez que a categoria de Melhor Documentário em longa-metragem não foi apresentada.

Seis filmes ingleses tiveram influência em Hollywood em 1946, recebendo um total de onze indicações. Pela primeira vez, os filmes do exterior eram quase tão importantes quanto os filmes americanos. Um prenúncio do que estava por vir.

França e Itália também se faziam representar, abrindo espaço futuro para uma categoria em de filmes em língua não inglesa.

Houve uma modificação no modo de votar neste ano. Em vez dos quase dez mil eleitores selecionarem os indicados e elegerem os vencedores, como ocorreu nos últimos nove anos, agora somente os membros da Academia poderiam decidir na eleição final. Por isso, imediatamente, o número de membros aumentou, passando de 700 para 1.675, ocasionando duas outras consequências. Uma boa: os votos eram de pessoas realmente envolvidas com os filmes, e outra lamentável: campanhas publicitárias em revistas e jornais para atrair atenção para votos.

As categorias de direção de arte e fotografia que viviam abarrotadas de indicações, só tiveram 3 e 2 nomeações, respectivamente. Assim também ocorreu com melhores efeitos especiais com somente 2 indicados. Estabeleceu-se um limite nas categorias musicais, com apenas cinco indicados. Até na categoria de som, só apareceram 3 concorrentes. Isso pode ter ocorrido devido à crise provocada pela Guerra.

O número de indicados para melhor filme e direção também continuou em cinco.

O comediante Jack Benny apresentou a cerimônia.

Amputado da vida real, Harold Russell, com as mãos substituídas por ganchos – tipo de prótese da época - ganhou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante. Ele também recebeu um Oscar honorário (provavelmente concebido para ser um prêmio de consolação, pois pensava-se que ele perderia o prêmio maior) - ele se tornou o único artista a levar para casa dois Oscars por um único papel em um filme. A vitória de Russell também marcou a primeira vez que um ator ganhava um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em seu filme de estreia.

Com 49 anos, Fredric March ganhou o seu segundo Oscar num intervalo de 14 anos. Laurence Olivier e Ernst Lubitsch também ganharam Oscars Honorários. Olivier pela sua criação de "Henrique V" e Ernst por suas contribuições ao cinema.

Entre os esnobados do ano estavam Cary Grant e Alfred Hitchcock pela atuação e direção no filme ‘Interlúdio’; o filme noir ‘À beira do abismo’ poderia ter sido indicado em várias categorias; Donna Reed como atriz coadjuvante por ‘A felicidade não se compra’, de Frank Capra; o filme ‘Desencanto’ de David Lean merecia uma indicação a melhor filme. Foi percebida preferências relacionadas a amizades, como no caso de Gregory Peck, que não merecia a indicação, entre muitos outros.

Rodrigo Giordano escreve no site www.planicritico.com.br sobre ‘Os melhores anos de nossas vidas’: “Apenas um ano depois do fim da Segunda Guerra Mundial, a produção cinematográfica americana apostou forte nas histórias de patriotismo e nacionalismo. Um caminho de certa forma natural e esperado, mas que não foi seguido pelo aclamado diretor William Wyler. Pelo contrário, em Os Melhores Anos de Nossas Vidas, ele aponta para as marcas deixadas pela guerra e para o trauma capaz de causar naqueles que dela participaram. O filme conta a história de três veteranos que voltam para sua pequena cidade natal e precisam lidar com a rotina pós-guerra. O fim de uma guerra naturalmente origina a esperança da volta para os entes queridos, para uma vida normal. No entanto, Al, Fred e Homer logo percebem que não é bem assim. Já no táxi que compartilham podemos perceber que, cada um a seu jeito, tentam atrasar o reencontro com seus familiares. Nos próximos dias, eles se dão conta que tudo está diferente: as pessoas, os lugares, os preços, os comportamentos. Voltar da guerra é como sair de um coma cujas lembranças são vivas e trágicas. O que temos diante de nós é, portanto, uma obra sobre desajuste, inadequação, desarranjo. Al tem dificuldades em lidar com o crescimento dos filhos e, consequentemente, com a passagem do tempo que ele não pode assistir e participar – acaba, então, encontrando na bebida o descarrego da frustração. Fred reencontra sua suposta esposa, que na verdade estava mais interessada em sua imagem de soldado do que em ter que encarar a realidade de estar casada com um veterano sem habilidades específicas, a quem resta voltar ao antigo emprego servindo soda em uma loja por $32,50 semanais. Já Homer se incomoda com a simpatia exagerada de sua família, a qual não consegue, inicialmente, disfarçar o choque com os ganchos no lugar das mãos do ex-soldado, perdidas em combate — o ator Harold Russell era um amador que de fato perdeu as mãos durante a guerra; ele venceu o Oscar de melhor ator coadjuvante por esse papel. O próprio Wyler era um veterano de guerra, tendo servido o Exército americano na Inglaterra. Ele perdeu a audição de um ouvido em batalha. Talvez isso ajude a explicar como a história de Homer ganha um foco diferenciado: ele é o único que volta com uma marca “material” da guerra, e o fardo psicológico parece ser bem maior. Ele entra numa espiral defensiva na qual tenta de qualquer forma afastar sua noiva, supondo que ela não conseguirá lidar com sua nova condição. Como um típico filme hollywoodiano dos anos 1940, Os Melhores Anos de Nossas Vidas confia muito na força de sua história. No entanto, a parceria de Wyler com o diretor de fotografia Gregg Toland — o mesmo de Cidadão Kane — cria um efeito de profundidade que permite a Wyler registrar a força de cada um dos três enredos individuais simultaneamente. Entrou para os manuais de linguagem cinematográfica a cena na qual ao mesmo tempo em que, num primeiro plano, Homer tenta aprender a tocar piano com seus ganchos, Fred faz uma ligação fundamental para o desenrolar de sua história numa cabine nos fundos do bar. O mesmo ocorre na cena final do casamento de Homer e Wilma, onde são colocados em foco tanto o suspense do “ele irá conseguir colocar a aliança?”, quanto a tensão sentimental entre Fred e Peggy. Apesar de seus 170 minutos deixarem a obra um tanto arrastada, impressiona a capacidade de Wyler de não cair no épico sentimental. Pelo contrário, seus personagens não são mostrados como extraordinários, mas sim homens comuns tendo que lidar com uma cicatriz deixada por decisões questionáveis daqueles que detém o poder. É exatamente por essa força crítica contra um patriotismo banal, aliada à primazia e eficiência técnica do efeito de profundidade, que Os Melhores Anos de Nossas Vidas sustenta sua relevância atual.”

‘O fio da navalha’, baseado no romance de Somerset Maugham foi levado às telas pela primeira vez em 1946. O site www.cinemaclassico.com.br traz uma resenha escrita por Carla Marinho Leal: “O drama trazia no elenco nomes fortes como Tyrone Power, Gene Tierney, Anne Baxter e Clifton Webb. Adaptar uma história com tantas fases entre a guerra, a viagem para a França, Índia e retorno tornou o filme excessivamente longo com 145 minutos. Mas envolve a história que inicia-se com o retorno de Larry da guerra. A narrativa é interessantemente contada sob um ponto de vista que seria do próprio autor, W. Somerset Maugham (interpretado por Herbert Marshall). Maugham desfila entre os personagens sempre com a palavra certa sobre cada um deles, entendendo suas naturezas frágeis ou egoístas. Tyrone nos entrega um Larry bonito, mas que carece de um tom de interpretação pedido para um personagem forte como este. Em 1984 John Byrum dirigiu uma outra versão da história, não tão conhecida do grande público quanto a primeira. Bill Murray surge no início de sua carreira como Larry, o belo homem com tantas dúvidas existenciais e vários caminhos a escolher. E se na primeira há uma carência de cenas sobre o fato que levou o personagem a se transformar em um peregrino em sua vida, aqui temos uma ênfase da guerra bastante importante. O filme de 1984 inicia-se justamente trazendo cenas do pré e pós guerra, e mostrando como mudam as relações dele tanto com Isabel quanto com o mundo que o cerca. E se Larry não está disposto a mudar sua busca por causa da noiva, tampouco ela está aberta a abrir mão de seus luxos apenas para servi-lo. A história traz essa reflexão deixada em aberto na primeira versão: estaria Isabel errada em abrir mão de tudo em que acredita quando Larry não estaria? E se Anne Baxter conseguiu trazer em seu rosto gélido uma das interpretações mais estupendas de sua carreira, Theresa Russell adicionou elementos dramáticos que tornam real o drama da mulher que descobre que está sozinha no mundo após a morte do filho e marido. Essa personagem é um mundo dentro da narrativa, alguém que vai do ápice da alegria ao calabouço da depressão. Embora a versão de Edmund Goulding permaneça como a mais conhecida, podemos considerar a lançada na década de 80 como complementar à história anterior, mostrando de maneira mais destacada os caminhos árduos e as lições que ele tem na Índia. Isto chama a atenção deveras na versão anterior, que dá pouquíssimo destaque às transformações que o levaram a se tornar um homem iluminado. É como se Tyrone Power de repente descobrisse a luz ao ficar dias olhando para as frestas de uma casa na montanha. Bill Murray, por sua vez, ouve, trabalha e se entrega a atividades que mostram que os anos se passaram antes que ele pudesse enfim captar algum sentido na vida. De qualquer forma, vale a pena conferir ambas as versões.”

David Lean, em sua primeira incursão com sucesso na indústria americana, levou o filme ‘Desencanto’ ao Oscar. Considerado uma obra-prima até hoje, Davi Lima escreve sobre essa produção no site www.planocritico.com.br: “O imaginário do pecado e a concretização do perdão. É mais ou menos isso que o diretor David Lean traz em seu filme Desencanto, na transição mágica da estação do trem, onde o romance de traição não existe pela falta ou pela compensação, mas quando ‘a trave’ é tirada do olho. A magia da estação de trem, tanto como fundamento espacial quanto social, é algo que se transforma aos olhos de quem assiste a obra. No quesito mais direto do audiovisual, tratando a imagem e o som com poder emotivo, das sinalizações da chegada do trem à mudança de iluminação da fotografia como imersão da protagonista Laura (Celia Johnson), coloca-se o espectador entre o temor e a paixão. O artifício narrativo da não-linearidade que o diretor David Lean parece gostar muito de buscar nos roteiros que dirige, começando suas histórias pelo final, exercitam a memória e a fantasia de quem assiste, considerando o que Laura conta para o esposo e o que ela faz nas quintas-feiras com o amante. Nisso é que cria-se um mundo alternativo no filme, um mundo onde a construção das cenas comparativas – como a presença de pessoas ou não na estação, entre outros lugares repetidos que vão indicar a mudança dos personagens – colocam uma ambiguidade poderosa em cada plano fotográfico escolhido por Lean e pelo diretor de fotografia Robert Krasker. Esse poder, a partir de uma montagem bastante sutil que não deixa fugir  o realismo dos acontecimentos – parece que não  estamos assistindo a um filme, mas  a uma história, por uma janela – entra em um delicioso conflito  sobre  até que ponto o romance é real. Pode-se perceber que a relação das pessoas com o segredo de Laura não parece reagir de maneira verossímil  ao  julgamento de que ela estaria traindo o esposo, a  ponto de  o filme se divertir – com isso, quando ela mesma fala para o esposo que está  indo para o cinema com um médico. Assim, o pecado que vai formando mentiras e fechando o cerco dos espelhos – David Lean começa a usar os espelhos como porta do reflexo do pecado imaginado/real – chega ao patamar mental da estação com o esvaziamento de pensamentos, centrado apenas no amante.

Todo o percurso do filme é a transformação do espaço na própria aventura romântica da protagonista, com o verbo e a imagem soando contrapostos e se complementando no relato de Laura para o esposo versus o que nós espectadores vemos. Se por um lado ela vira uma grande mentirosa, para nós, ela se torna verdadeira. Esse é o ponto chave do perdão, recolocando uma moral puramente social na profundidade sobrenatural, avassaladora, ao ponto de a personagem passar mal e pensar na morte pela transitoriedade da “liberdade”.

O tal pecado, na verdade, é a tentação por uma “eternidade” romântica e transitória, como o trem. O expurgo mental da protagonista se torna um confessionário mais libertador do que o cisco tirado de um olho. Muito se fala do perdão como esquecimento de experiências pecaminosas, pensando num crivo religioso e moral superficial, mas o perdão sobrenatural de David Lean é a junção harmônica entre o valioso julgamento como experiência, o cisco tirado do olho, como diria o Sermão do Monte, e a valiosa consequência de realmente pegar o trem que não julga para onde se vai porque conhece o verdadeiro caminho.”

‘Desencanto’ foi o único filme não indicado na categoria de Melhor Filme, mas teve seu diretor indicado no lugar de Laurence Olivier, por ‘Henrique V’. Com certeza seria mais justa a indicação de ‘Desencanto’ e ‘Henrique V’ na categoria de Melhor Filme no lugar de ‘Virtude selvagem’ e de seu diretor, Clarence Brown.

 

Luiz Santiago nos explica sobre o candidato inglês ‘Henrique V’, com 4 indicações: “Henrique V foi o primeiro filme dirigido por Laurence Olivier. Lançado em 1944, quando ele já era um ator bastante conhecido e estava em uma fase áurea de reconhecimento de seu trabalho — já tinha duas indicações ao Oscar de Melhor Ator, uma por O Morro dos Ventos Uivantes, 1939; e outra por Rebecca, A Mulher Inesquecível, 1940 –, Henrique V de Laurence Olivier marca um momento muito importante na carreira do ator e agora diretor. Além de ser um dos artistas mais elogiados da sua geração, Olivier passou a ter sucesso na direção de filmes, estabelecendo uma curta carreira nesse posto, mas sólida o bastante para influenciar as grandes adaptações feitas de Shakespeare para o cinema que viriam nas décadas posteriores, como a fase shakespeariana de Kenneth Branagh, por exemplo, que inclusive iria fazer a sua própria versão de Henrique V, em 1989. O Henrique V de Olivier marca uma tradição de Dramas Históricos shakespearianos no cinema que jamais foi superada, no sentido de atentar ao máximo para o rei-(anti)-herói e o julgo de ser rei, levando em consideração os jogos políticos e as vontades pessoais do monarca retratado. Perceba que estamos falando de um filme de 1944 e, embora já àquela época tivéssemos muitas adaptações cinematográficas para as obras do bardo, raras tratavam de seus Dramas Históricos. Até então, Henrique V só tinha sido tido uma versão de 1915, chamada England’s Warrior King. É nesse contexto que Olivier planta sua semente dramática e traz para as telas a interessantíssima, heroica e transformadora jornada de Henrique V, a peça final da Henriad Tetralogy. Quem conhece a história, sabe que na primeira parte de Henrique IV, Shakespeare trata o Príncipe de Gales ou Hal (futuro Henrique V) como um boêmio incorrigível, motivo de vergonha e preocupação do pai. Historicamente falando é importante lembrar que este era um período importantíssimo para a Inglaterra (início do século XV), ainda às voltas com a formulação exata de um Reino Unido e em conflito com a França, na longa Guerra dos Cem Anos. Henrique V foi coroado aos 27 anos de idade e, tanto na história quanto na obra de Shakespeare, assumiu o louvável posto de rei-soldado e estabeleceu um reinado curto (apenas 9 anos) mas grandioso, interrompido com sua morte, em 1422. O que Olivier faz em seu Henrique V é dar atenção para a crônica história relacionada à Batalha de Azincourt, a clássica e quase lendária batalha decisiva para o lado dos ingleses, que, em número muitíssimo menor que o dos franceses, lograram uma retumbante vitória e ainda conseguiram arranjar o casamento de Henrique V com Catarina de Valois, princesa da França. Ao fazer o recorte temático especialmente para esse evento, Olivier tem o seu primeiro grande acerto. Ele não suprime em demasia o texto original, dando início à peça no Globe Theatre literalmente como um teatro filmado e, em seguida, partindo para os campos franceses, onde a campanha de guerra e a batalha se desenrola. Podemos ver em Henrique V a semente da explosão de cores e a ânsia de grandiosidade que o diretor iria explorar em Ricardo III, alguns anos depois. O orçamento módico e menor acesso a técnicas de efeitos especiais não fizeram com que Olivier desistisse de linkar dois espaços cênicos e geográficos distintos, realizando, com isso, uma ponte entre o teatro e o cinema, feito simplesmente incrível, tanto na concepção quanto na execução levada a cabo. Com Henrique V, Olivier aposta na reflexão do rei-soldado em sua atuação, trazendo um pouco da culpa e do pensamento filosófico-moral ligado à justiça da guerra que o bardo escreveu. Suas melhores cenas estão no final do filme; a primeira, mais delicada e sensível, no campo de batalha, à noite. A sequência é longa e começa de maneira bastante despreocupada, mas ganha força quando o rei, disfarçado, encontra alguns soldados esperando o dia amanhecer, em volta de uma fogueira. Já a segunda sequência, mais ousada em termos de enredo e concepção textual, mostra o cortejo que Henrique faz a Catarina, após vencida a Batalha de Azincourt. É uma sequência de delicadeza própria, mas com uma agressividade própria do flerte masculino em tempos pré-modernos. ‘Para um diretor de primeira viagem, Laurence Olivier faz um trabalho inacreditável em Henrique V. Ele consegue um bom diálogo entre teatro em cinema e traz uma série de novidades na abordagem dramática e história para a obra de Shakespeare, tanto em termos estéticos quanto conceituais. O seu erro está na execução de parte do segmento no palco, especialmente a transição de imagem do Globe para os campos franceses e de lá para o Globe, na cena final do filme. A isso soma-se um leve tropeço na contextualização para os dois momentos, nada tão grave que impeça Henrique V de ser um grande filme, mas ainda assim, algo a ser observado. Henrique V iniciava uma trilha muito especial de adaptações de dramas históricos shakespearianos para o cinema que só viriam a melhorar ao longo dos anos, nas mãos de bons realizadores, principalmente quando ganhou espaço nas tragédias, primeiro, com o Hamlet do próprio Olivier e depois, sendo remodulada e reescrita nas mãos de diretores como Orson Welles em Othello e Macbeth, adicionando a este capítulo da história do cinema mais um espaço notável de ligação entra as várias artes, a História, a tragédia humana e os percalços do poder, fossem eles fictícios ou não.”

‘A felicidade não se compra’, clássico hoje em dia, que não é esquecido em uma época de natal, dirigido por Frank Capra e indicado em 5 categorias, possui uma crítica escrita por Leonardo Campos, no site www.planocritico.com.br: “Mesmo após sete décadas de seu lançamento, A Felicidade Não Se Compra é um filme bastante atual. A sua temática não envelheceu, tampouco a estrutura. Uma produção dos anos 1940 que ainda dialoga com as plateias contemporâneas, apesar de sua evidente falta de contato com a geração que vive apenas da montagem pós-MTV. Quando lançado, o cinema clássico passava por uma fase de transição, haja vista a massificação televisiva nos anos 1950 e as mudanças de estilo com a nova onda cultural dos anos 1960, circuito de manifestações e posturas estéticas e políticas que encontrou na indústria cinematográfica um espaço prolífico. Experiente em narrativas edificantes, Frank Capra, responsável pelos lacrimejantes Aconteceu Naquela Noite, O Galante Mr. Deeds, Do Mundo Nada Se Leva, A Mulher Faz o Homem, dentre outros, era um exímio contador de histórias, tendo sempre como base um texto simples. Ao acumular as funções de diretor, produtor, financiador e coautor do roteiro, escrito juntamente com Frances Goodrich e Albert Hackett, adaptado do conto The Greatest Gift, do escritor estadunidense Philip Van Doren Stern, Capra entregou mais uma produção ao estilo “feel good movie”, isto é, filme que geralmente trata de uma figura humana idealizada e que tem como pano de fundo a crença na humanidade em tempos tão difíceis.  Mergulhados na arrogância, na corrupção e na descrença nas instituições, A Felicidade Não Se Compra traduz o ideal de mundo que os mais céticos sonham para o contemporâneo, mesmo que tal desejo simbolize “um sonho impossível” e “distante”. A trama é a seguinte: George Baily (James Stewart) é um homem respeitoso e referenciado como modelo de bom marido em sua cidade. Preocupado com o bem estar de todos, ele frequentemente coloca os interesses dos outros à frente das suas necessidades. Ele precisa abdicar de seus sonhos, entre eles, viajar pelo mundo e cursar uma universidade, tendo em vista assumir o controle dos negócios da família após a morte do seu pai (Samuel S. Hinds). Casado com Mary Hatch (Donna Reed), uma esposa exemplar, ele um dia encontra o infortúnio quando o seu tio Billy (Thomas Mitchell) perde uma grande quantia em dinheiro e coloca a vida de todos em risco. Em cena há Mr. Potter (Lionel Barrymore), antagonista que tem como plano dominar a cidade em todas as instâncias possíveis. O maquiavélico idoso pode se gabar de quase conseguir colocar o seu plano em prática, pois ele domina o capital, algo que segundo a ótica crítica de Capra, corrompe as relações e formam indivíduos frios e exageradamente ambiciosos. George é o seu contraponto. Apesar de trabalhar com empréstimos e financiamentos, ele constantemente demonstra interesse em ajudar as pessoas, sem precisar fazê-las se sentir ameaçadas diante dos acordos financeiros. Com a perda do dinheiro e a prisão iminente, George entra em desespero e encontra solução numa medida fora do comum: preocupado em deixar a sua família longe da miséria, ele decide que é preciso ganhar o dinheiro do seguro de vida, mas para isso, precisa se suicidar. E para deixar tudo mais dramático, eis a cereja dramática do bolo: na noite de Natal. Como se diz no popular, “é Deus que” o anjo Clarence (Henry Travers) desce dos céus e entra em ação, impedindo que George ceife a sua vida. Diante do exposto, não é preciso muito para compreender como o final vai se desenvolver: George vai aprender uma lição, os habitantes da cidade também, o antagonista vai pagar pelos seus erros e todos viverão felizes para sempre, com suas contas equilibradas e possibilidades de crédito reajustadas, afinal, com o herói de volta, a cidade poderá contar com seu aquecimento econômico sem a exploração do dominador Mr. Potter. Isso, caro leitor, não é ironia, tá? Acredite: A Felicidade Não Se Compra é um filme natalino, repleto de mensagens edificantes, mas não deixa de ser também uma peça publicitária para o mundo, tendo como foco o estilo de vida estadunidense. Não é “vulgar” como um panfleto, mas é incisivo e sofisticado como um flyer. Popular por conta de suas exibições televisivas durante o período natalino há relatos de que não havia interesse em tornar o filme uma produção específica para o Natal. Esta é uma questão que fora da diegese fílmica, construída com base nos elementos que regem a estética da recepção. Filmado em um imenso estúdio, há todos os símbolos que se tornaram a marca registrada dos “filmes natalinos”: a neve, as lâmpadas enfileiradas, a árvore de natal, ícones bem significativos, mesmo diante de uma fotografia preta e branca. Junto aos elementos físicos que constituem o período, há também os substantivos abstratos que designam os desejos desta época: do outro lado do capitalismo selvagem e destruidor, temos sentimentos como amor, respeito, compaixão e amizade para contrapor a “maldade” estabelecida dentro deste mundo criado na fictícia Beford Falls. Moralmente conservador e híbrido de discreto panfleto para o american way of life com crítica social ao sistema capitalista opressor, o filme já acerta o tom na abertura, com créditos iniciais estabelecendo o clima com suas cartelas estilizadas, o que nos remete aos cartões natalinos. Com discussões sobre otimismo, celebração do amor e da amizade, combate ao egoísmo e importância dos laços familiares, a produção ousa em alguns elementos narrativos (destaque para as transições entre os numerosos flashbacks), fatores que juntamente com sua linguagem “universal”, o tornaram uma referência para a Era de Ouro de Hollywood, pois também discutia a necessidade de consciência diante da tarefa transformadora de cada indivíduo numa sociedade, questão que urgia nos tempos nebulosos do pós-guerra. A eficiente direção de fotografia da dupla formada por Joseph Biroc e Joseph Walker, a direção de arte de Jack Okey, juntamente com a montagem de Dimitri Tiomki, foram setores da equipe técnica que tornaram a ‘A Felicidade Não Se Compra’ uma fábula encantadora, típica do Natal, clássico que hoje possui o mesmo patamar de importância de filmes como ‘O Mágico de Oz’, um fenômeno industrial e crítico. No que diz respeito ao roteiro, não há grandes observações. O foco está mesmo na construção do protagonista. Em American Vision: The Films of Frank Capra, de Ray Carney, o autor diz que nos filmes do cineasta, “o indivíduo é quem modela o sistema, não o contrário”. O que Carney estabelece é que “o indivíduo é o único gerador legítimo de valores do universo”, isto é, há pessoas por detrás deste sistema, por mais que nós busquemos institucionalizá-los. São pessoas que regem o sistema e no caso do filme em questão, as pressões sociais e a presença do ambicioso e “maligno” antagonista, Mr. Mercedes. ‘A Felicidade Não Se Compra’ é um filme que sobreviveu graças ao resgate memorialístico da crítica. Ganhadora do Globo de Ouro de Melhor Diretor, a produção concorreu ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (James Stewart), Melhor Edição e Melhor Som, mas apesar de todo o respeito nas premiações, naufragou na bilheteria, ofuscado pelo eclipsante ‘Os Melhores Anos de Nossas Vidas’, de William Wyler, drama que tratava de pessoas que buscavam ajustar as suas vidas após os conflitos da Segunda Guerra Mundial. Tema que dialogava com a realidade da época, afinal, as produções situavam-se em 1946, a produção de Wyler destacou-se e fez o filme de Capra, realização muito cara para os padrões, amargar uma bilheteria bastante abaixo do esperado. Inspiração para diversos filmes que se baseiam em toda a sua estrutura, tais como Click e Um Homem de Família, a produção é um marco do tema “Natal no cinema”, tendo influenciado, de alguma maneira, praticamente todos os filmes que tenha essa temática. ‘A Felicidade Não Se Compra’ está para ‘Anjo de Vidro’, ‘O Amor Não Tira Férias’, ‘Simplesmente Amor’, ‘O Natal dos Coopers’ e ‘Tudo em Família’ o que ‘Psicose’ foi para ‘Atração Fatal’, ‘Cabo do Medo’, ‘Os Estranhos’, ‘Um Tiro na Noite’: uma referência direta ou indireta que se faz presente nem que seja em um frame da narrativa.”

Talvez, o filme mais fraco indicado na categoria de melhor filme seja ‘Virtude selvagem’, uma produção incluída entre aquelas realizadas sobre animais que pululavam na década de 1940. Foi dirigido por Clarence Brown e roteirizado por Paul Osborn baseado no romance homônimo de Marjorie Kinnan Rawlings, publicado em 1938 e ganhador do Prêmio Pulitzer de ficção. Lançado em 1946, o filme ganhou o Oscar nas categorias de Melhor Fotografia em Cores e Melhor Direção de Arte. Também foi indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Edição. A trama se passa na Flórida de 1870, logo após Guerra Civil Americana. Acompanhamos a história de Jody (Claude Jarman Jr.), um garoto de 11 anos de idade que vive com seus pais, Penny (Gregory Peck) e Ma Baxter (Jane Wyman), em uma isolada propriedade em Everglades, na região dos pântanos. A MGM teve muitos problemas com essa produção, que foi iniciada em 1941 com Spencer Tracy no papel principal, mas uma briga com o então diretor Victor Fleming, fez com que o diretor se demitisse. King Vidor assumiu a direção, mas nuvens de insetos atrasaram a produção. Finalmente, Louis B. Mayer suspendeu o projeto e só o retomou cinco anos depois.

No site www.cinemarden.com.br há uma resenha sobre o longa-metragem colorido: “O americano Clarence Brown é um dos pioneiros do cinema hollywoodiano, onde iniciou sua carreira em 1915 trabalhando como assistente de direção. Ele, que se formou em Engenharia Mecânica e Elétrica, abandonou o trabalho na indústria automobilística e abraçou a sétima arte tendo sido aluno do cineasta francês Maurice Tourneur no período em que este morou nos Estados Unidos. Virtude Selvagem, de 1946, é apenas um dos poucos mais de 50 filmes que Brown dirigiu em quase 40 anos atrás das câmeras. O roteiro de Paul Osborn tem por base o romance premiado com o Pulitzer de Marjorie Kinnan Rawlings e conta a história de Jody Baxter (Claude Jarman Jr.). Jody é um garoto sem amigos que pede aos seus pais (Gregory Peck e Jane Wyman) um filhote de cervo para criar como bicho de estimação. Inicialmente, o que parecia bom, se transforma por inteiro, à medida que o animal cresce e afloram seus instintos naturais. Clássico da antiga Sessão da Tarde, Virtude Selvagem é sensível e tocante em sua abordagem. Apresenta um elenco excepcional e uma direção impecável. Além, é claro, da requintada produção vencedora do Oscar em duas categorias: direção de arte e fotografia. Ambas para filmes coloridos.”

O famoso produtor Samuel Goldwyn recebeu o Prêmio Jean Hersholt. No site da Academia, pode-se ler sobre ele: “Famoso por sua ambição implacável, mau humor e gênio para a publicidade, Samuel Goldwyn tornou-se o principal produtor "independente" de Hollywood - em grande parte porque nenhum de seus parceiros poderia tolerá-lo por muito tempo. Nascido Shmuel (ou Schmuel) Gelbfisz, provavelmente em 1879, na seção judaica de Varsóvia, ele era o mais velho de seis filhos de um negociante de móveis usados ​​em dificuldades. Em 1895 ele foi para a Inglaterra, onde parentes anglicizaram seu nome para Samuel Goldfish. Lá ele implorou (ou roubou) dinheiro suficiente para uma passagem na terceira classe através do Atlântico. Ele chegou aos EUA, provavelmente via Canadá, em 1898. Ele gravitou para Gloversville, Nova York, no sopé de Adirondack, que era então a capital da indústria de luvas de couro dos EUA; ele se tornou um dos vendedores de luvas mais bem sucedidos do país.Jesse L. Lasky , que era então um produtor teatral, Goldfish convenceu Lasky e Cecil B. DeMille a entrar na produção cinematográfica. O primeiro filme da nova companhia, Amor de Índio (1914), foi um dos primeiros longas realizados em Hollywood; a empresa mais tarde se tornou o núcleo do que mais tarde se tornaria a Paramount Pictures. Como seu casamento desmoronou, Goldfish dissolveu sua parceria com Lasky. Sua próxima empresa foi a Goldwyn Co., fundada em 1916 e batizada em homenagem a ele e seus sócios, os irmãos Edgar Selwyn e Archibald Selwyn - Goldfish gostou tanto do nome que o tomou como seu. As estrelas da Goldwyn Co. incluíam Mabel Normand, Madge Kennedy e Will Rogers, mas seu legado mais famoso foi a marca "Leo the Lion", que foi adotada por sua empresa sucessora, Metro-Goldwyn-Mayer (MGM). O próprio Goldwyn foi expulso de sua própria empresa antes da fusão, razão pela qual seu nome se tornou parte da MGM, embora ele próprio não tivesse nada a ver com a empresa. Após sua demissão, Goldwyn não teve nada a ver com parceiros e entrou na produção independente por conta própria, e por 35 anos foi o chefe e único proprietário de sua própria produtora, um mini-estúdio especializado em filmes caros de "qualidade", distribuídos inicialmente pela United Artists e mais tarde pela RKO. Seus atores contratados em vários momentos incluíram Vilma Bánky, Ronald Colman, Eddie Cantor, Gary Cooper, David Niven, Danny Kaye. Em alguns casos, Goldwyn cobrava taxas substanciais por "emprestar" suas estrelas a outros produtores. Elogiado por publicitários por seu "toque Goldwyn" e detestado por muitos de seus mercenários por seu hábito de ordenar filmes reformulados, reescritos e recortados, Goldwyn é mais lembrado por seus filmes que uniram o diretor William Wyler e o diretor de fotografia Gregg Toland.”

 

O Prêmio para astros juvenis com expectativa de longa carreira no cinema foi entregue naquele ano ao adolescente Claude Jarman Jr., de 12 anos. Ele foi descoberto durante uma busca nacional de talentos da MGM para seu próximo filme, ‘Virtude Selvagem’, e ganhou o cobiçado papel de Jody Baxter. Os críticos elogiaram a estreia tremendamente comovente de Claude, e o menino foi premiado com um Oscar em miniatura na cerimônia. Sua família se mudou para a Califórnia permanentemente, e Claude estudou na escola de estúdio da MGM enquanto era construído como uma estrela infantil. É triste dizer que seu sucesso no cinema não duraria tanto tempo. Ele parecia não ter a beleza necessária e o apelo natural de menino necessários para seguir em frente. Seus filmes de acompanhamento foram medíocres, no entanto, incluindo ‘Ilha Encantada’ (1947) com Van Johnson, ‘Sol da Manhã’ (1949) com Jeanette MacDonald e ‘Viagem Sangrenta’ (1949), estrelado por Robert Sterling. Seu próximo e melhor papel seria em ‘O Mundo não Perdoa’ (1949) com David Brian e Juano Hernandez, mas não foi suficiente para sustentar sua carreira. No início dos anos 1950, a MGM estava emprestando-o para a Republic Studios em programas menores e o então desajeitado adolescente perdeu terreno. Desanimado, Claude voltou a Nashville para concluir o ensino médio e depois frequentou a Universidade Vanderbilt, onde fez um curso de Direito. Após seus estudos, ele serviu três anos na Marinha. Quando ele voltou para Hollywood em 1959, ele não encontrou nenhum trabalho no cinema, mas conseguiu ser convidado em alguns programas de TV. Mais tarde, ele se mudou para o trabalho nos bastidores e fez pequenos avanços como produtor e diretor executivo em festivais de cinema.” Em 2024 ele completará 90 anos.

O grande ator britânico Laurence Olivier, aos 40 anos, já havia sido indicado duas vezes ao Oscar, pelas atuações em ‘O morro dos ventos uivantes’ e ‘Rebeca, a mulher inesquecível’. Mas em 1947 ele foi alçado a ator shakespeareano com sua superprodução ‘Henrique V’, sendo indicado a melhor ator e ganhando um prêmio Honorário.

Uma presença marcante na cerimônia foi a indicação do italiano ‘Roma, cidade aberta’ na categoria de melhor roteiro. O filme, marca do movimento do neo-realismo italiano, com direção de Roberto Rossellini, é um dos mais importantes do cinema. A abordagem de Rossellini é a mais realista e desconfortável possível, tocando cedo na ferida (o filme saiu em 1945, o mesmo ano em que a Segunda Guerra terminou), com um olhar mais íntimo, focando nas questões sociais dos habitantes da capital. Em meio ao caos e à falta de esperança, mesmo que os nazistas a tenham em certo momento, o longa se submete a encarar os eventos sem embelezamentos estéticos, uma das características do Neo-realismo, em um estilo quase documental, se não fosse pela música não-diegética. Isso nos deixa com sequências envolvendo a rotina das famílias que precisam correr e enfrentar filas para conseguir um pedaço de pão antes que acabe; ou das crianças, passando a maior parte de seu tempo jogando bola na igreja, quando não estão tentando compreender e participar do que pode ser um novo futuro.  ‘Roma, Cidade Aberta’ é um manifesto, a própria resistência, reconstruindo um momento lamentável da História. É uma experiência brutal, não só por conter uma das sequências mais longas e angustiantes de interrogação do cinema, mas por mostrar como uma pessoa é insubstituível, não importa quantas vezes o fascismo tente tomar conta.

 

Outros filmes se destacaram nessa temporada, embora com poucas indicações, como ‘Interlúdio’, de Hitchcock, ‘O boulevard do crime’, filme francês de Michel Carné e ‘Assassinos’, de Robert Siodmak.

O ator Frederic March venceu seu segundo Oscar por ‘Os melhores anos de nossas vidas’. Ele não estava na cerimônia e quem recebeu o prêmio em seu nome foi Cathy O´Donnell. Todos os outros 4 indicados teriam um Oscar, exceto Larry Parks, que obteve sua única indicação nessa temporada.

‘Sonhos dourados’ era um filme sobre a carreira de Al Jolson, dirigido por Alfred E, Green. A película recebeu 6 indicações e venceu 2 prêmios. Mas o filme com maior número de indicações foi ‘Os melhores anos de nossas vidas’ com 8; seguido por ‘Virtude selvagem’ com 7 e ‘Sonhos dourados’ com 6. A versão do musical ‘Ana e o rei de Sião’, que teria mais sucesso na década de 1950, foi realizada em preto e branco e obteve 5 indicações.

Finalmente a atriz Olivia de Havilland venceu seu Oscar. O primeiro de sua extensa carreira. Ela personificou uma mãe solteira que precisava desistir de seu filho para evitar escândalos. Uma novela lacrimosa como no título do filme ‘Só resta uma lágrima’, com direção de Michael Leisen, e que recebeu essa e outra indicação para melhor História. Apesar da atriz ter muito talento, parece que o Oscar a premiou por outros motivos nesse ano. Percebia-se claramente que as interpretações de Celia Johnson ou Rosalind Russell tinham sido melhores. No entanto, a produção foi escrita e produzida por Charles Brackett, e cobre 27 anos entre as duas primeiras grandes guerras do século XX. O filme marcou a volta de Halliand às telas depois de dois anos afastada por causa de um processo judicial que moveu contra a Warner, que lhe exigia mais seis meses de trabalho. Ela venceu o processo e o contrato padrão de sete anos com suspensões foi modernizado.

Luisa Pécora escreveu para o site www.mulhernocinema.com.br: “Filha de pais britânicos, De Havilland nasceu em Tóquio em 1916 e mudou-se ainda criança para a Califórnia, nos Estados Unidos. Sua irmã mais nova também se tornou atriz, usando o nome artístico de Joan Fontaine – e a notória rivalidade das duas durou até a morte de Fontaine, em 2013. Descoberta no teatro, aos 18 anos De Havilland assinou um contrato com a Warner Bros. e em 1935 estreou no cinema com ‘Sonho de Uma Noite de Verão’. Durante os sete anos de contrato com o estúdio, ela fez uma série de filmes com o ator Errol Flynn, incluindo ‘A Carga de Cavalaria Ligeira’ (1936) e ‘As Aventuras de Robin Hoo’d (1938). O sucesso destes longas, porém, não assegurou melhores oportunidades para a atriz, que foi suspensa várias vezes pela Warner por recusar trabalhos. Quando era “emprestada” a outros estúdios, a atriz se sentia mais realizada. Foi justamente o caso de ‘E o Vento Levou…’, no qual interpretou Melanie Hamilton, a cunhada de Scarlett O’Hara, contraponto delicado para o furacão da protagonista. O filme rendeu a De Havilland uma indicação ao Oscar, que perdeu para Hattie McDaniel, sua colega de elenco e a primeira atriz negra a ganhar a estatueta em toda a história. A segunda indicação ao Oscar veio por ‘A Porta de Ouro’ (1941), outro trabalho que De Havilland conseguiu graças ao empréstimo entre estúdios. Em seu primeiro papel principal, De Havilland perdeu o prêmio para a irmã, que concorria por ‘Suspeita’ (1941). Quando o contrato com a Warner finalmente expirou, a artista estava pronta para mudar de ares, mas o estúdio afirmou que ela devia seis meses de trabalho pelo tempo que havia sido suspensa. De Havilland, por sua vez, argumentou na justiça que o contrato se referia a sete anos corridos, e não apenas aos dias em que ela tinha de fato trabalhado. Em 1944, a justiça ficou do lado da atriz, numa decisão legal que está entre as mais importantes da história de Hollywood. A vitória aumentou o poder dos artistas quanto a suas próprias carreiras e representou um forte golpe para o chamado studio system, o período de maior poder dos estúdios, também enfraquecido por outras decisões legais, pelo fortalecimento dos sindicatos e pelo surgimento da televisão. De Havilland ganhou muito respeito dos colegas, continuou trabalhando e finalmente ganhou o Oscar por ‘Só Resta Uma Lágrima’ (1946), repetindo o feito pouco tempo depois com ‘Tarde Demais’ (1949). Além dela, só outras 13 mulheres venceram mais de uma vez na categoria de melhor atriz.”

A atriz morreu com 104 anos em 2020, e fez sua última aparição no Oscar em 2003, ao apresentar o álbum de família do Oscar.

O diretor William Wyller, já acumulava 4 indicações a melhor direção e um Oscar por ‘Rosa da esperança’ em 1943. Wyller nasceu na França, então um território alemão, e mudou=se para os EUA em 1920, residindo em Nova Iorque. Em 1928 naturalizou-se estadunidense. Começou a se destacar no cenário hollywoodiano nos anos 1930, quando comandou o romance ‘Fogo de Outono’ (1936), que lhe rendeu sua primeira indicação ao prêmio da Academia, e ‘Jezebel’ (1938), obra condecorada no Festival de Veneza. Em seguida, iniciou a construção de uma sólida carreira cinematográfica. Ao realizar obras consagradas do cinema norte-americano, tais como ‘Os Melhores Anos de Nossa Vida’ (1946), ‘A Princesa e o Plebeu’ (1953), ‘Da Terra Nascem os Homens’ (1958) e ‘Ben-Hur’ (1959), entre os anos 1940 e 1960, tornou-se detentor do recorde de nomeações ao Oscar de Melhor Direção, com 13, saindo vencedor em três oportunidades. O cineasta é frequentemente citado como um dos maiores realizadores da história de Hollywood.

O Oscar de 1947 foi o único com uma indicação para a atriz inglesa Celia Johnson. A carreira e a vida pessoal de Johnson foram prejudicadas pela Segunda Guerra Mundial. Um papel de sucesso como a segunda Sra. Winter em uma adaptação teatral de 1940 de "Rebecca", de Daphne du Maurier, foi interrompido. O teatro onde Johnson estava se apresentando foi danificado pelo bombardeio de Londres pela Luftwaffe. A irmã e a cunhada viúvas de Johnson foram morar com ela, trazendo seus filhos. Ter que cuidar de 7 filhos (seus próprios filhos e sobrinhos). Buscando uma maneira de complementar sua renda durante a guerra, Johnson começou a aparecer em filmes teatrais. Ela começou com pequenos papéis, mas conseguiu seu primeiro grande sucesso com o drama familiar "The Happy Breed" (1944), que seguiu os altos e baixos na vida de uma família (fictícia) por um período de várias décadas. Para este papel, Johnson recebeu um National Board of Review Award de Melhor Atriz. Em 1945, Johnson estava estrelando outro filme de sucesso, o drama romântico "Desencanto". Ele a apresentava no papel de Laura Jesson, uma dona de casa presa em um casamento monótono e monótono. Laura se apaixona por um novo homem em sua vida, Dr. Alec Harvey, e ele se apaixona por ela. Com as circunstâncias mantém essa relação platônica, até que Harvey deixa o país para trabalhar no exterior. Laura pensa em suicídio, mas é forçada a retornar à sua vida monótona. O papel rendeu a Johnson um prêmio do New York Film Critics Circle de Melhor Atriz e uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Durante a maior parte do final da década de 1940, Johnson estava em semi-aposentadoria. Ela havia dado à luz duas filhas e sentia que precisava dedicar mais tempo à família. Da década de 1950 até sua morte, Johnson apareceu principalmente em peças teatrais e papéis na televisão. Seus papéis no cinema foram poucos, mas criticamente bem recebidos. Em 1982, Johnson, de 76 anos, estava ocupado com outra turnê teatral. Durante um dia de folga da turnê, Johnson voltou para sua casa em Nettlebed, Oxfordshire. Ela convidou amigos para jogar bridge, mas sofreu um derrame durante o jogo. Ela morreu algumas horas depois, ainda em sua casa.

                                                    (Anne Baxter com o Oscar - foto da internet)

Quem venceu o Oscar de melhor atriz coadjuvante foi uma então nova atriz, em sua primeira indicação ao prêmio: Anne Baxter, com 24 anos. Em 1937, Anne fez sua primeira incursão em Hollywood para testar seus dotes cinematográficos. Como ela era considerada jovem demais para uma carreira no cinema, ela fez as malas e voltou para os palcos de Nova York com sua mãe, onde continuou a atuar na Broadway e em ações de verão na Costa Leste. Sem se intimidar com o fracasso de seu esforço anterior para quebrar Hollywood, Anne voltou à Califórnia dois anos depois para tentar novamente. Ela fez um teste de tela que acabou sendo visto pelos magnatas da 20th Century-Fox, e assinou um contrato de sete anos. No entanto, antes que pudesse fazer um filme com a Fox, Anne foi emprestada à MGM para fazer ‘Punhos de Ferro’ (1940). Com apenas 17 anos de idade, ela já estava no tipo de filme que outras estrelas teriam que se escravizar por anos como figurante antes de conseguir. De volta à Fox, naquele mesmo ano, Anne interpretou Mary Maxwell em ‘O Eterno Don Juan’ (1940), que foi um fracasso de bilheteria. No ano seguinte, ela interpretou Amy Spettigue no remake de ‘A Tia de Carlitos’ (1941). Ainda não era um grande papel, mas era melhor do que um pequeno papel. O único outro trabalho cinematográfico de Anne naquele ano foi em ‘O Segredo do Pântano’ (1941). Os críticos não ficaram tão impressionados com o filme. Em 1942 Anne interpretou a filha de Joseph Cotten, Lucy Morgan, em ‘Soberba’ (1942). No ano seguinte, ela apareceu em ‘Estrela do Norte’ (1943), o primeiro filme com maior faturamento. Sucesso de crítica e bilheteria, Anne teve sua parcela de aplausos da crítica. ‘A Hipócrita’ e ‘Um Sonho de Domingo’ em 1944, tiveram boa recepção pelo público, embora massacrados pela crítica. Anne estrelou com John Hodiak, que se tornaria seu primeiro marido em 1947 (Anne se divorciaria de Hodiak em 1954. Seus outros dois maridos eram Randolph Galt e David Klee). Em 1946, ela interpretou Sophie MacDonald em ‘O Fio da Navalha’, um filme que lhe renderia um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Ela havia percorrido um longo caminho em tão pouco tempo, mas nos dois filmes seguintes foi apenas a narradora: ‘...E os Anos Passaram’ e ‘Quatro Irmãos a Queriam’, ambos de 1947. Seria em 1950 que ela receberia outro papel importante - Eve Harrington em ‘A Malvada’. Este filme lhe rendeu sua segunda indicação, mas perdeu o Oscar para Judy Holliday por ‘Nascida Ontem’. Depois de vários filmes na década de 1950, Anne conseguiu o que muitos consideraram a personagem mais popular - a rainha Nefretiri em ‘Os Dez Mandamentos’ de Cecil B. DeMille. Nunca em sua carreira em Hollywood Anne ficou tão bonita quanto a rainha egípcia, ao lado de Charlton Heston e Yul Brynner. Depois desse épico, as ofertas de emprego diminuíram porque ela não estava vinculada a um estúdio, optando por trabalhos independentes. Depois de nenhuma aparição em 1958, ela fez um filme em 1959 ‘O Amor de Sua Vida’ e outro em 1960, ‘Cimarron - Jornada da Vida’. Depois de ‘Pelos Bairros do Vício’ (1962), ela fez uma pausa nas filmagens pelos próximos quatro anos. Apareceu muitas vezes no palco e na televisão. Ela não estava particularmente preocupada em ser uma celebridade ou uma personalidade, mas sim, preocupada em ser apenas uma atriz e se esforçando para produzir o melhor desempenho que era capaz. Depois de várias aparições notáveis ​​na TV, Anne se tornou um marco em duas séries de televisão, ‘East of Eden’ (1981) e ‘Hotel’ (1983). Seu último momento diante dos olhos do público foi como Irene Adler no filme de TV ‘Máscaras Da Morte’ (1984). Em 12 de dezembro de 1985, Anne morreu de derrame cerebral em Nova York. Ela tinha 62 anos.

Muitos pensavam que os norte-americanos não iriam querer ver um file sobre a guerra recém-terminada, e lembrarem dos acontecimentos, mas a produção de Samuel Goldwyn, com tamanha sensibilidade, provou o contrário. O filme obteve grande sucesso tanto nos EUA quanto no estrangeiro. A ideia do filme partiu do produtor quando leu um artigo sobre a volta para a casa dos veteranos de guerra na revista Time. Pediu, então a Mackinlay Kantor, que servira como correspondente na guerra, que transformasse suas experiências numa história de ficção. O resultado foi um livro de mais de 400 páginas chamado Glory for me. O filme chegou às telas dois anos e meio após sua concepção. Além de mostrar como foi a volta para casa dos combatentes da segunda Guerra Mundial, o filme também mostrou o cotidiano de um americano comum. Tornou-se um filme humanista.

‘Os melhores anos de nossas vidas’ ganhou o BAFTA, o Globo de Ouro, os prêmios de filme e direção dos Críticos de Nova Iorque, além do Oscar. A produção foi refilmada em 1975 com Tom Selleck.

 



Indicados e vencedores

 

Melhor Filme

‘Os melhores anos de nossas vidas’ – Samuel Goldwyn Company

‘Henrique V’ – Two Cities Films

‘A felicidade não se compra’ – RKO e Liberty Films

‘O fio da navalha’ – 20th Century Fox

‘Virtude selvagem’ - MGM

 

Melhor Diretor

William Wyler – ‘Os melhores anos de nossas vidas’ (venceu 3 prêmios, como diretor por ‘Rosa da esperança’ em 1943; ‘Os melhores anos de nossas vidas’ em 1946; e 'Ben-Hur’ em 1960; ganhou um Prêmio Honorário em 1966; foi indicado por ‘Fogo de outono’ em 1937; ‘O morro dos ventos uivantes’ em 1940; ‘A carta’ em 1941; ‘Pérfida’ em 1942; ‘A herdeira’ em 1950; ‘Chaga de fogo’ em 1952; produtor e diretor por ‘A princesa e o plebeu em 1954; produtor e diretor por ‘Sublime tentação’ em 1957; ‘O colecionador’ em 1966 – faleceu em 1981 aos 79 anos)

Clarence Brown – ‘Virtude selvagem’ (indicado por ‘Romance’ e ‘Anna Christie’ em 1930; ‘Uma alma livre’ em 1931; ‘A comédia humana’ em 1944; ‘A mocidade é assim mesmo’ em 1946; e ‘Virtude selvagem’ em 1947 – faleceu em 1987 aos 97 anos)

Frank Capra – ‘A felicidade não se compra’ (venceu 3 prêmios, por ‘Aconteceu naquela noite’ em 1935; ‘O galante Mr. Deeds’ em 1937; e ‘Do mundo nada se leva’ em 1939; foi indicado por ‘Dama por um dia’ em 1934; ‘A mulher faz o homem’ em 1940; e ‘A felicidade não se compra’ em 1947 – faleceu em 1991 aos 94 anos)

David Lean – ‘Desencanto’ (venceu 2 prêmios, por ‘Lawrence da Arábia’ em 1963; e por ‘A ponte do Rio Kwai’, em 1958; foi duplamente indicado como roteirista e diretor por ‘Desencanto’ em 1947; e também duplamente indicado como roteirista e diretor por ‘Grandes esperanças’ em 1948; melhor diretor por ‘Quando o coração floresce’, em 1956; e ‘Doutor Jivago’ em 1966; e triplamente indicado em 1985, pelo roteiro, montagem e direção de ‘Passagem para a Índia’ – faleceu em 1991 aos 83 anos)

Robert Siodmak – ‘Assassinos’ (única indicação – faleceu em 1973 aos 72 anos)

 

Melhor Ator

Fredric March – ‘Os melhores anos de nossas vidas’ (venceu 2 prêmios, por ‘O médico e o monstro’ em 1933; e por ‘Os melhores anos de nossas vidas’ em 1947; foi indicado por ‘A família real da Broadway’ em 1931; ‘Nasce uma estrela’ em 1938; ‘A morte do caixeiro viajante’ em 1952 – faleceu em 1975 aos 77 anos)

Laurence Olivier – ‘Henrique V’ (venceu 1 Oscar por ‘Hamlet’, em 1949; e ganhou um Prêmio Honorário em 1947, por ter dirigido, produzido e atuado em ‘Henrique V’, e outro pela carreira em 1979; foi indicado por ‘O morro dos ventos uivantes’, em 1940; ‘Rebeca, a mulher inesquecível’, em 1941; ‘Henrique V’ em 1947; melhor diretor por ‘Hamlet’ em 1949; melhor ator por ‘Ricardo III’, em 1957; por ‘Vida de artista’ em 1961; ‘Otelo’ em 1966;  ‘Jogo mortal’ em ‘1973; ‘Maratona da morte’ em 1977; ‘Os meninos do Brasil’, em 1979 – faleceu em 1989 aos 82 anos)

Larry Parks – ‘Sonhos dourados’ (única indicação – faleceu em 1975 aos 60 anos)

Gregory Peck – ‘Virtude selvagem’ (venceu o Oscar por ‘O sol é para todos’ em 1963; ganhou o Prêmio Jean Hersholt em 1968; indicado 4 vezes, por ‘As chaves do reino’ em 1946; ‘Virtude selvagem’ em 1947; ‘A luz é para todos’ em 1948; e ‘Almas em chamas’ em 1950 – faleceu em 2003 aos 87 anos)

James Stewart – ‘A felicidade não se compra’ (venceu um Oscar em 1941 por ‘Núpcias de escândalo’ e ganhou um Prêmio Honorário em 1985; foi indicado por ‘A mulher faz o homem’ em 1940; ‘A felicidade não se compra’ em 1947; ‘Meu amigo Harvey’ em 1951; ‘Anatomia de um crime’ em 1960 – faleceu em 1997 aos 89 anos)

 

Melhor Atriz

Olivia de Havilland – ‘Só resta uma lágrima’ (venceu 2 prêmios de melhor atriz, por ‘Só resta uma lágrima’ em 1947; e ‘A herdeira’ em 1950; foi indicada como coadjuvante por ‘...E o vento levou’ em 1940; como melhor atriz por ‘A porta de ouro’ em 1942; e ‘Na cova da serpente’ em 1949 – faleceu em 2020 aos 104 anos)

Celia Johnson – ‘Desencanto’ (única indicação – faleceu em 1982 aos 73 anos)

Jennifer Jones – ‘Duelo ao sol’ (foi indicada por ‘Desde que você foi embora’ em 1945; ‘Um amor em cada vida’ em 1946; ‘Duelo ao sol’ em 1947; e ‘Suplício de uma saudade’ em 1956 – faleceu em 2009 aos 90 anos)

Rosalind Russell – ‘Sacrifício de uma vida’ (ganhou o Prêmio Jean Hersholt em 1973; foi indicada 4 vezes, por ‘Solteiras às soltas’ em 1943; ‘Sacrifício de uma vida’ em 1947; ‘Conflito de paixões’ em 1948; ‘A mulher do século’ em 1959 – faleceu em 1976 aos 69 anos)

Jane Wyman – ‘Virtude selvagem’ (venceu um Oscar em 1949 por ‘Belinda’; foi indicada por ‘Virtude selvagem’ em 1947; ‘Ainda há sol em minha vida’ em 1952; e ‘Sublime obsessão’ em 1955 – faleceu em 2007 aos 90 anos)

 

Melhor Ator Coadjuvante

Harold Russell – ‘Os melhores anos de nossas vidas’ (ganhou um Prêmio Honorário em 1947; única indicação e vitória – faleceu em 2002 aos 88 anos)

Charles Coburn – ‘Anos de ternura’ (venceu um Oscar de coadjuvante por ‘Original pecado’ em 1944; foi indicado por ‘O diabo e a mulher’ em 1942; e ‘Anos de ternura’ em 1947 – faleceu em 1961 aos 84 anos)

William Demarest – ‘Sonhos dourados’ (única indicação – faleceu em 1983 aos 91 anos)

Claude Rains – ‘Interlúdio’ (indicado 4 vezes, por ‘A mulher faz o homem’ em 1940; ‘Casablanca’ em 1944; ‘Vaidosa’ em 1945; e ‘Interlúdio’ em 1947 – faleceu em 1967 aos 77 anos)

Clifton Webb – ‘O fio da navalha’ (indicado 3 vezes, por ‘Laura’ em 1945; ‘O fio da navalha’ em 1947; e por melhor ator em ‘Ama-seca por acaso’ em 1949 – faleceu em 1966 aos 76 anos)

 

Melhor Atriz Coadjuvante

Anne Baxter – ‘O fio da navalha’ (venceu um Oscar em 1947 por ‘O fio da navalha’ e foi indicada por melhor atriz em ‘a malvada’ em 1951 – faleceu em 1985 aos 62 anos)

Ethel Barrymore – ‘Silêncio nas trevas’ (venceu um Oscar de coadjuvante por ‘Apenas um coração solitário’ em 1945; e foi indicada como coadjuvante por ‘Silêncio nas trevas’ em 1947; ‘Agonia de amor’ em 1948; e ‘O que a carne herda’ em 1950 – faleceu em 1959 aos 79 anos)

Lillian Gish – ‘Duelo ao sol’ (ganhou um Prêmio Honorário em 1971; única indicação – faleceu em 1993 aos 99 anos)

Flora Robson – ‘Mulher exótica’ (única indicação – faleceu em 1984 aos 82 anos)

Gale Sondergaard – ‘Ana e o rei de Sião’ (venceu um Oscar por ‘Adversidade’ em 1937 – faleceu em 1985 aos 86 anos)

 

Melhor Roteiro Original

‘O sétimo véu’ - Muriel Box (única indicação e vitória – faleceu em 1991 aos 85 anos) e Sydney Box (única indicação e vitória – faleceu em 1983 aos 76 anos)

‘A dália azul’ - Raymond Chandler (indicado 2 vezes, por ‘Pacto de sangue ‘me 1945 e ‘A dália azul’ em 1947 – faleceu em 1959 aos 79 anos)

‘Interlúdio’ - Ben Hecht (venceu 2 prêmios, por ‘O energúmeno’ em 1936 e por ‘Paixão e sangue’ em 1929; foi indicado por ‘Viva Vila!’ em 1935; ‘O morro dos ventos uivantes’ em 1940; ‘Anjos da Broadway’ em 1941; e ‘Interlúdio’ em 1947 – faleceu em 1964 aos 70 anos)

‘Dois malandros e uma garota’ - Norman Panama (indicado 3 vezes, por ‘Dois malandros na gangorra’ em 1947; ‘Cabeça de pau’ em 1955; e ‘O jogo proibido do amor’ em 1961 – faleceu em 2003 aos 88 anos) e Melvin Frank (indicado 5 vezes, como roteirista pelo mesmo filme neste ano, e como roteirista por ‘Dois malandros e uma garota’, em 1947; ‘Cabeça de pau’, em 1955; e ‘O jogo proibido do amor’, em 1961 e produtor de ‘Um toque de classe’ em 1974 – faleceu em 1988 aos 75 anos)

‘O boulevard do crime’ - Jacques Prévert (única indicação – faleceu em 1977 aos 77 anos)

 

Melhor Roteiro Adaptado

Os melhores anos de nossas vidas’ – Robert E. Sherwood (indicado também por ‘Rebeca, a mulher inesquecível’ em 1941 – faleceu em 1955 aos 59 anos)

‘Roma, cidade aberta’ - Sergio Amidei (indicado 4 vezes, por ‘Roma, cidade aberta’ em 1947; ‘Vítimas da tormenta’ em 1948; ‘Paisá’ em 1950; e ‘De crápula a herói’ em 1962 – faleceu em 1981 aos 76 anos) e Federico Fellini (ganhou um Prêmio Honorário em 1993; indicado pelo roteiro de ‘Roma, cidade aberta’ em 1947; ‘Paisá’ em 1950; ‘A estrada’ em 1957; ‘Os boas vidas’ em 1958; pelo roteiro e direção de ‘A doce vida’ em 1962; pelo roteiro e direção de ‘Oito e meio’ em 1964; como diretor por ‘Satyricon de Fellini’ em 1971; pelo roteiro e direção de ‘Amarcord’ em 1976; pelo roteiro de ‘Casanova de Fellini’ em 1977 – faleceu em 1993 aos 73 anos)

‘Anna e o rei de Sião’ - Sally Benson (única indicação – faleceu em 1972 aos 74 anos) e Talbot Jennings (indicado 2 vezes, por ‘O grande motim’ em 1936 e ‘Ana e o rei de Sião’ em 1947 – faleceu em 1985 aos 90 anos)

‘Desencanto’ - Anthony Havelock-Allan (indicado por ‘Desencanto’ em 1947; ‘Grandes esperanças’ em 1948; e ‘Romeu e Julieta’ em 1969- faleceu em 2003 aos 98 anos), David Lean (venceu 2 prêmios, por ‘Lawrence da Arábia’ em 1963; e por ‘A ponte do Rio Kwai’, em 1958; foi duplamente indicado como roteirista e diretor por ‘Desencanto’ em 1947; e também duplamente indicado como roteirista e diretor por ‘Grandes esperanças’ em 1948; melhor diretor por ‘Quando o coração floresce’, em 1956; e ‘Doutor Jivago’ em 1966; e triplamente indicado em 1985, pelo roteiro, montagem e direção de ‘Passagem para a Índia’ – faleceu em 1991 aos 83 anos) e Ronald Neame (recebeu 3 indicações, por ‘E um avião regressou’ em 1943; ‘Desencanto’ em 1947; e ‘Grandes esperanças’ em 1948 – faleceu em 2010 aos 99 anos)

‘Assassinos’ - Anthony Veiller (indicado 2 vezes, por ‘No teatro da vida’ em 1938 e ‘Assassinos’ em 1947 – faleceu em 1965 aos 52 anos)

 

Melhor História Original

‘Longe dos olhos’ - Clemence Dane (única indicação e vitória – faleceu em 1965 aos 77 anos)

‘Só resta uma lágrima’ - Charles Brackett (venceu 3 prêmios, por ‘Farrapo humano’ em 1946;’Crepúsculo dos deuses’ em 1951; e ‘Titanic’ em 1954; ganhou um Prêmio Honorário em 1958; foi indicado por ‘Ninotchka’ em 1940; ‘A porta de ouro’ em 1942; ‘Só resta uma lágrima’ em 1947; ‘A mundana’ em 1949; como produtor de ‘Crepúsculo dos deuses’ em 1951 e por ‘O rei e eu’ em 1957 – faleceu em 1969 aos 76 anos)

‘O tempo não apaga’ - John Patrick (única indicação – faleceu em 1995 aos 90 anos)

‘Espelho d´alma’ - Vladimir Pozner (única indicação – faleceu em 1992 aos 87 anos)

‘O estranho’ - Victor Trivas (única indicação – faleceu em 1970 aos 73 anos)

 

Melhor Documentário em Curta-metragem

‘Seeds of Destiny’ - U.S. Army Pictorial ServicesU.S. Army Signal CorpsU.S. War Department

‘Atomic Power’ – 20th Century Fox

‘Life at the Zoo’ – da União Soviética

‘Paramount News Issue #37’ – Paramount Pictures

‘Traffic with the Devil’ - MGM

 

Melhor Curta-metragem em Uma Bobina

‘Facing Your Danger’ - Gordon Hollingshead (venceu 6 prêmios, como diretor assistente em 1934; pelos curtas ‘I Won't Play’ em 1945; ‘Star in the Night’ em 1946; ‘Facing Your Danger’ e ‘A Boy and His Do’ em 1947; ‘Grandad of Races’ em 1951; foi indicado por ‘Women at War’ neste mesmo ano; ‘Jammin' the Blues’ em 1945; ‘Story of a Dog’ em 1946; ‘Smart as a Fox’ em 1947; ‘So You Want to Be in Pictures’ 1948; ‘Calgary Stampede’ em 1949; ‘So You Want to Be on the Radio’ e ‘Cinderella Horse’ em 1949; ‘Snow Carnival’ em 1950; ‘The Grass Is Always Greener’ em 1950; ‘So You Think You're Not Guilty’ em 1950; ‘My Country 'Tis of Thee’ em 1951;’ The Seeing Eye’ em 1952; ‘Thar She Blows!’ e ‘Desert Killer’ em 1953 – faleceu em 1952 aos 60 anos)

‘Dive-Hi Champs’ - Jack Eaton (venceu um Oscar em 1950 por ‘Aquatic House Party’; foi indicado 4 vezes, por ‘‘Dive-Hi Champs’ em 1947; ‘Ridin' the Rails’ em 1952; ‘Athletes of the Saddle’ em 1953 e ‘Wee Water Wonders’ em 1954 – faleceu em 1968 aos 80 anos)

‘Golden Horses’ - Edmund Reek (venceu 3 prêmios em curta-metragem, por ‘Människor i stad’ em 1949; ‘Why Korea?’ em 1951; e ‘Survival city’ em 1956; ffoi indicado por ‘Champions carry on’ em 1944; ‘Blue-grass gentleman’ em 1945; ‘Along the Rainbow trail’ em 1946; e ‘Golden Horses’ em 1947 – faleceu em 1971 aos 74 anos)

‘Smart as a Fox’ - Gordon Hollingshead (ver acima)

‘Sure Cures’ - Pete Smith (venceu 2 prêmios, por ‘Penny wisdom’ em 1938; e ‘Quicker´n a wink’ em 1941; ganhou um Oscar Honorário em 1954; foi indicado por ‘Menu’ em 1934; ‘Strikes and Spares’ em 1935; ‘Audioscopiks’ em 1936; ‘Wanted -- A Master’ em 1937; ‘Romance of Radium’ em 1938; ‘Army Champions’ em 1942; ‘Marines in the Making’ em 1943; ‘Seeing Hands’ em 1944; ‘Movie Pests’ em 1945; ‘Sure Cures’ em 1947; ‘Now You See It’ em 1948; ‘Você pode vencer’ em 1949; ‘Water Trix’ em 1950; ‘Wrong Way Butch’ em 1951 – faleceu em 1979 aos 86 anos)

 

Melhor Curta-metragem em Duas Bobinas

‘A Boy and His Dog’ - Gordon Hollingshead (ver acima)

‘College Queen’ - George Templeton (indicado 2 vezes, por ‘The little witch’ em 1946 e ‘College queen’ em 1947 – faleceu em 1980 aos 73 anos)

‘Hiss and Yell’ - Jules White (indicado 4 vezes, por ‘Man in black’ em 1935; ‘Oh, my nerves’ em 1936; ‘The Jury Goes Round 'n' Round’ em 1946; ‘Hiss and Yell’ em 1947 – faleceu em 1985 aos 84 anos)

‘The Luckiest Guy in the World’ - Jerry Bresler (venceu um Oscar em 1943 pelo curta metragem Heavenely music’; foi indicado 2 vezes, por ‘Main street today’ em 1945 e por ‘The luckiest guy in the world’ em 1947 – faleceu em 1977 aos 29 anos)

 

Melhor Animação em Curta-metragem

‘Concerto para gato e piano’ - Fred Quimby (venceu 8 prêmios, por ‘The Milky Way’ em 1941; ‘Ratinho Patriota’ em 1944; ‘A caça ao rato’ em 1945; ‘Fique quietinho’ em 1946; ‘Concerto para Gato e Piano’ em 1947; ‘The Little Orphan’ em 1949; ‘Os dois mosqueteiros’ em 1952; e ‘Johan Mouse’ em 1954; e foi indicado por ‘Dr. Jekyll and Mr. Mouse’ em 1948; ‘Hatch Up Your Troubles’ em 1950; ‘O Primo de Jerry’ em 1951; ‘Little Johnny Jet’ em 1954; ‘Touché, Pussy Cat!’ em 1955; ‘Good Will to Men’ em 1956 – faleceu 1965 aos 79 anos)

‘Miniaturas musicais’ – trechos musicais de Chopin - Walter Lantz (indicado 10 vezes, ganhou um Oscar Honorário em 1979; foi indicado por ‘The merry old soul’ em 1934; ‘Jolly little Elves’ em 1935; ‘Boogie Woogie Bugle Boy of Company 'B'’ em 1942; ‘A vitrola maluca’ em 1943; ‘O acorbata maluco’ em 1944; ‘Fish fry’ em 1945; ‘O poeta e o camponês’ em 1946; ‘Miniaturas Musicais - Trechos Musicais de Chopin’ em 1947; ‘Misturada louca’ em 1955; ‘A Lenda do Pico da Canção de Ninar’ em 1956 – faleceu em 1994 aos 94 anos)

‘John Henry and the Inky Poo’ - George Pal (ganhou um Oscar Honorário em 1944; foi indicado 7 vezes, por ‘Rhythm in the Ranks’ em 1942; ‘Tulips Shall Grow’ em 1943; ‘The 500 Hats of Bartholomew Cubbins’ em 1944; ‘And to Think That I Saw It on Mulberry Street’ em 1945; ‘Jasper and the Beanstalk’ em 1946; ‘John Henry and the Inky-Poo’ em 1947; ‘Tubby the Tuba’ em 1948 – faleceu em 1980 aos 72 anos)

‘Squatter's Rights’ - Walt Disney (ganhou um Prêmio Honorário pela criação do Mickey Mouse em 1932; outro Prêmio Honorário pela criação do desenho animado em longa-metragem ‘Branca de neve e os sete anões’ em 1939; Prêmio Honorário pela realização do filme ‘Fantasia’ em 1942; Prêmio Irving G. Thalberg em 1942; venceu 22 prêmios, por ‘Flores e árvores’ em 1932; ‘Os três porquinhos’ em 1934; ‘A tartaruga e a lebre’ em 1935; ‘Três gatinhos órfãos’ em 1936; ‘Primo da roça’ em 1937; ‘O velho moinho’ em 1938; ‘Ferdinando o Touro’ em 1939; ‘O patinho feito’ em 1940; ‘Me dê uma pata’ em 1942; ‘A face do Fuher’ em 1943; ‘Seal Island’ em 1949; ‘O vale do castor’ em 1951; ‘Nature's Half Acre’ em 1952; ‘Water birds’ em 1953;  ‘O deserto vivo’, ‘O esquimó do Alaska’, ‘Bear country’ e ‘Toot Whistle Plunk and Boom’, todos em 1954; ‘A planície imensa’ em 1955; ‘Men Against the Arctic’ em 1956; ‘Grand Canyon’ em 1959; ‘Ursinho Puff e o dia chuvoso’ em 1969; foi indicado por ‘Pai de órfãos’ em 1932; ‘Arranhando o céu’ em 1934; ‘A flecha do amor’ em 1936; ‘Bons escoteiros’, ‘Mamãe Ganso’ e ‘O alfaiatezinho valente’ em 1939; ‘Como treinar um pointer’ em 1940; ‘Truant Officer Donald’ em 1942; ‘The New Spirit’ e ‘The Grain That Built a Hemisphere’ em 1943; ‘Reason and Emotion’ em 1944; ‘Como jogar futebol’ em 1945; ‘O crime de Donald ‘me 1946; ‘Squatter's Rights’ em 1947; ‘Pluto's Blue Note’ em 1948; ‘Chip an' Dale’ em 1948; ‘Tea for Two Hundred’ em 1949; ‘Mickey e a foca’ em 1949; ‘Guerra de brinquedos’ em 1950; ‘Cordeiro, o Leão Medroso’ em 1952; ‘Ben e eu’ em 1954; ‘Rugged Bear’ em 1954; ‘Siam’ em 1955; ‘Pigs is pigs’ em 1955; ‘Suíça’ em 1956; ‘No hunting’ em 1956; ‘Samoa’ em 1957; ‘A verdade sobre mamãe Ganso’ em 1958; ‘Paul Gunyan’ em 1959; ‘Donald no país da matemática’ em 1960; ‘Mistérios nas profundezas’ em 1960; ‘A arca de Noé’ em 1960; ‘Islands of the Sea’ e ‘Golias II’ em 1961; ‘Aquamania’ em 1962; ‘A Symposium on Popular Songs’ em 1963; ‘produtor de ‘Mary Poppins’ em 1965 – faleceu em 1966 aos 65 anos)

‘A primeira caça às galinhas’ - Edward Selzer (venceu 5 prêmios, por ‘Tweetie Pie’ em 1948; duplamente em 1950, por ‘So Much for So Little’ (empatado) e ‘For Scent-imental Reasons’; ‘Speedy Gonzales’ em 1956; e ‘Birds Anonymous’ em 1958; foi indicado por ‘Life with Feathers’ em 1946; ‘Walky Talky Hawky’ em 1947; ‘Mouse Wreckers’ em 1949; ‘Canary Row’ em 1950; ‘From A to Z-Z-Z-Z’ em 1954; ‘Sandy Claws’ em 1955; ‘Tabasco Road’ em 1958 – faleceu em 1970 aos 77 anos)

 

Melhor Montagem

‘Os melhores anos de nossas vidas’ – Daniel Mandell (venceu 3 prêmios, por ‘Ídolo, amante e herói’ em 1943; ‘Os melhores anos de nossas vidas’ em 1947; e ‘Se meu apartamento falasse’ em 1961; foi indicado por ‘Pérfida’ em 1942; e por ‘Testemunha de acusação’ em 1958 – faleceu em 1987 aos 91 anos)

‘Assassinos’ - Arthur Hilton (única indicação – faleceu em 1979 aos 82 anos)

‘A felicidade não se compra’ - William Hornbeck (venceu por ‘Um lugar ao sol’ em 1952; foi indicado 3 vezes, por ‘A felicidade não se compra’ em 1947; ‘Assim caminha a humanidade’ em 1957; e ‘Quero viver’ em 1959 – faleceu em 1983 aos 82 anos)

‘Virtude selvagem’ - Harold F. Kress (venceu 2 prêmios, por ‘A conquista do oeste’ em 1964 e ‘Inferno na Torre’ em 1975; foi indicado por ‘O médico e o monstro’ em 1942; ‘Rosa da Esperança’ em 1943; ‘Virtude selvagem’ em 1947; ‘O destino do Poseidon’ em 1973 – faleceu em 1999 aos 86 anos)

‘Sonhos dourados’ - William A. Lyon (venceu 2 prêmios, por ‘A um passo da eternidade’ em 1954; e ‘Férias de amor’ em 1956; e foi indicado por ‘Sonhos dourados’ em 1947; ‘A nave da revolta’ em 1955; ‘Como nasce um bravo’ em 1959; ‘O segredo de Santa Vitória’ em 1970 – faleceu em 1974 aos 71 anos)

 

Melhor Trilha Sonora Comédia ou Drama

‘Os melhores anos de nossas vidas’ - Hugo Friedhofer (venceu um Oscar em 1947 por ‘Os melhores anos de nossas vidas’; foi indicado por ‘Um retrato de mulher’ em 1946; ‘Um anjo caiu do céu’ em 1948; ‘Joana D´Arc’ em 1949; ‘Seu nome e sua honra’ em 1954; ‘Entre o céu e o inferno’ em 1957; ‘A lenda da estátua nua’ em 1958; ‘Tarde demais para esquecer’ em 1958; ‘Os deuses vencidos’ em 1959 – faleceu em 1981 aos 80 anos)

‘Anna e o rei de Sião’ - Bernard Herrmann (venceu um Oscar por ‘O homem que vendeu sua alma’ em 1942; foi indicado no mesmo ano por ‘Cidadão Kane’; foi também indicado por ‘Ana e o rei de Sião’ em 1947; e duplamente de forma póstuma em 1977 por ‘Taxi Driver’ e ‘Trágica obsessão’ – faleceu em 1975 aos 64 anos)

‘Assassinos’ - Miklós Rózsa (venceu 3 prêmios, por ‘Quando fala o coração’ em 1946; ‘Fatalidade’ em 1948; e ‘Ben-Hur’ em 1960; foi indicado por ‘O ladrão de Bagdá’ em 1941; ‘O entardecer’ e ‘Lidya’ em 1942; ‘Mogli, o menino lobo’ em 1943; ‘A mulher da cidade’ e ‘Pacto de sangue’ em 1945; ‘À noite sonhamos’ e ‘Farrapo humano’ em 1946; ‘Os assassinos’ em 1947; ‘Quo Vadis?’ em 1952; ‘Ivanhoé, o vingador do rei’ em 1953; ‘Júlio César’ em 1954;  pela trilha e canção "Love Theme from El Cid (The Falcon and the Dove)" de ‘El Cid’ em 1962 – faleceu em 1995 aos 88 anos)

‘Henrique V’ - William Walton (indicado 2 vezes, por ‘Henrique V’ em 1947; e ‘Hamlet’ em 1949 – faleceu em 1983 aos 80 anos)

‘Acordes do coração’ - Franz Waxman (venceu 2 prêmios, por ‘Crepúsculo dos deuses’ em 1951; e ‘Um lugar ao sol’ em 1952; foi indicado pela trilha original e melhor música por ‘Jovem no coração’ em 1939; ‘Rebeca, a mulher inesquecível’ em 1941; ‘Suspeita’ e ‘O médico e o monstro’ em 1942; ‘Um punhado de bravos’ em 1946; ‘Acordes do coração’ em 1947; ‘O cálice sagrado’ em 1955; ‘Uma cruz à beira do abismo’ em 1960; ‘Taras Bulba’ em 1963 – faleceu em 1967 aos 60 anos)

 

Melhor Trilha Sonora Musical

‘Sonhos dourados’ - Morris Stoloff (venceu 3 prêmios, por ‘Modelos’ em 1945; ‘Sonhos dourados’ em 1947; ‘Sonho de amor’ em 1961; e foi indicado por ‘Horizonte perdido’ em 1938; ‘Flores da primavera’ em 1939; ‘Ao compasso do amor’ em 1942; ‘Mistério de um amor’ em 1942; ‘E a vida continua’ em 1943; ‘Canta coração’ e ‘Os comandos atacam de madrugada’ em 1944; ‘Endereço desconhecido’ em 1945; ‘O coração de uma cidade’ e ‘À noite sonhamos’ em 1946; ‘O trovador inolvidável’ em 1950; ‘Os cinco mil dedos de Dr. T’ em 1954; ‘Melodia imortal’ em 1957; ‘A um passo da eternidade em 1954; e ‘Fanny’ em 1962 – faleceu em 1980 aos 81 anos)

‘Romance inacabado’ - Robert Emmett Dolan (indicado 8 vezes, por ‘Sinfonia bárbara’ em 1942; ‘Duas semanas de prazer’ em 1943; ‘Coquetel de estrelas’ em 1944; ‘A mulher que não sabia amar’ em 1945; ‘Chispa de fogo’ e ‘Os sinos de Santa Maria’ em 1946; ‘Romance inacabado’ em 1947; e ‘A caminho do Rio’ em 1948 – faleceu em 1972 aos 66 anos)

‘As garçonetes de Harvey’ - Lennie Hayton (venceu 2 prêmios, por ‘Um dia em Nova Iorque’ em 1950; e ‘Hello, Dolly’ em 1970; foi indicado por ‘As garçonetes de Harvey’ em 1947; ‘O pirata’ em 1949; ‘Cantando na chuva’ em 1953; ‘A estrela’ em 1969- faleceu em 1971 aos 63 anos)

‘Canção inesquecível’ - Ray Heindorf (venceu outros 2 prêmios, por ‘A canção da vitória’ em 1943; e ‘Vendedor de ilusões’ em 1963; foi indicado por ‘Sonhando de olhos abertos’ e ‘Um sonho em Hollywood’ em 1945; ‘Um rapaz do outro mundo’; ‘Rapsódia azul’ e a canção “Some Sunday Morning" de ‘Cidade sem lei’ em 1946; ‘Canção inesquecível’ em 1947; ‘Minha rosa silvestre’ em 1948; ‘Romance em alto-mar’ em 1949; ‘Crepúsculo de uma glória’ em 1950; ‘Conquistando West Point’ em 1951; ‘O cantor de jazz’ em 1953; ‘Ardida como pimenta’ em 1954; ‘Nasce uma estrela’ em 1955; ‘O parceiro de Satanás’ em 1959; ‘O caminho do arco-íris’ em 1969 – faleceu em 1980 aos 71 anos) e Max Steiner (venceu 3 prêmios, por ‘O informante’ em 1936; ‘A estranha passageira’ em 1943; e ‘Desde que partiste’ em 1945; foi indicado por ‘a patrulha perdida’ em 1935; ‘A divorciada’ em 1935; ‘O jardim de Allah’ em 1937; ‘Jezebel’ em 1939; ‘E o vento levou’ em 1940; ‘Vitória amarga’ em 1940; ‘A carta’ em 1941; ‘Sargento York’ em 1942; ‘A estranha passageira’ em 1943; ‘Casablanca’ em 1944; ‘As aventuras de Mark Twain’ em 1945; ‘Desde que partiste’ em 1945; ‘Rapsódia azul’ em 1946; ‘Canção inesquecível’ em 1947; ‘Minha rosa silvestre’ em 1948; ‘Nossa vida com papai’ em 1948; ‘Belinda’ em 1949; ‘A filha de Satanás’ em 1950; ‘O gavião e a flecha’ em 1951; ‘O cantor de jazz’ e ‘O milagre de Fátima’ em 1953; ‘A nave da revolta’ em 1955; e ‘Qual será nosso amanhã?’ em 1956 – faleceu em 1971 aos 83 anos)

‘Noites de verão’ - Alfred Newman (venceu 9 prêmios, por ‘A epopeia do Jazz’, em 1939; ‘A vida é uma canção’, em 1941; ‘A canção de Bernadete’ em 1944; ‘E os anos passaram...’ em 1948; ‘Meu canção canta’, em 1953; ‘Sua excelência, a embaixatriz’, em 1954; ‘Suplício de uma saudade’, em 1956; ‘O rei e eu’, em 1957; e ‘Camelot’ em 1968; e foi indicado 36 vezes, por ‘O prisioneiro de Zenda’ e ‘O furacão’, em 1938; ‘O cowboy e a granfina’ e ‘Goldwyn Follies’, em 1939; por ‘O morro dos ventos uivantes’, ‘As chuvas estão chegando’, ‘Música, divina música’ e ‘O corcunda de Notredame’ em 1940; ‘A marca do Zorro’, em 1941; ‘Como era verde o meu vale’ e ‘Bola de fogo’ em 1942; ‘Minha namorada favorita’ e ‘O cisne negro’ em 1943; por ‘Turbilhão’, em 1944; por ‘Olhos travessos’ e ‘Wilson’ em 1945; ‘Corações enamorados’ e ‘As chaves do Reino’, em 1946; ‘Noites de verão’ em 1947; ‘Capitão de Castela’, em 1948; por ‘ When my baby smiles at me’ e ‘Na cova da serpente’ em 1949; pela canção "Through a Long and Sleepless Night" de ‘Falem os sinos’, em 1950;  por ‘A malvada’, em 1951; ‘Escândalos na Riviera’ e ‘Davi e Betsabá’, em 1952; por ‘O mundo da fantasia’, em 1955; ‘Papi pernilongo’, em 1956; ‘Anastácia, a princesa prometida’, em 1957; ‘No Pacífico sul’, em 1959;  ‘O diário de Anne Frank’ e pela canção "The Best of Everything" de ‘Sob o signo do sexo’, em 1960;  ‘Flor de lótus’ em 1962; ‘A conquista do Oeste’, em 1964; por ‘A maior história de todos os tempos’ em 1966; e ‘Aeroporto’ em 1971 – faleceu em 1970 aos 69 anos)

 

Melhor Canção original

"On the Atchison, Topeka and the Santa Fe" por ‘As garçonetes de Harvey’ - Harry Warren (venceu outros 2 prêmios, pelas canções  "Lullaby of Broadway" de ‘Mordedoras de 1935; e "On the Atchison, Topeka and Santa Fe" de ‘As garçonetes de Harvey’ em 1947; foi indicado por "Remember Me" de ‘O preço da fama’ em 1938; "Jeepers Creepers" de ‘Coragem a muque’ em 1939; "Down Argentine Way” de Serenata tropical’ em 1941; "Chattanooga Choo Choo" de ‘Explosão musical’ em 1942; "I've Got a Gal in Kalamazoo" de ‘Serenata azul’ em 1943; "Zing a Little Zong" de ‘Filhos esquecidos’ em 1953; "That's Amore" de ‘Sofrendo da bola’ em 1954; "An Affair to Remember” de ‘Tarde demais para esquecer’ em 1958 – faleceu em 1981 aos 87 anos) e Johnny Mercer (venceu 4 prêmios, por "On the Atchison, Topeka and Santa Fe" de ‘as garçonetes de Harvey’ em 1947; "In the Cool, Cool, Cool of the Evening" de ‘Órfãos da tempestade’ em 1952; "Moon River" de ‘Bonequinha de luxo’ em 1962; e "Days of Wine and Roses" de ‘Vício maldito’ em 1963; foi indicado por "Jeepers Creepers" por ‘Coragem a muque’ em 1939; "Love of My Life" por ‘amor da minha vida’ em 1941; "I'd Know You Anywhere" por ‘O palácio dos espíritas’ em 1941; "Blues in the Night" por ‘Uma canção para você’ em 1942; "Dearly Beloved" por ‘Bonita como nunca’ em 1943; "My Shining Hour" por ‘Tudo por ti’ em 1944; "Accentuate the Positive" por ‘Tentação da sereia’ em 1946; "Something's Gotta Give" por ‘Papai Pernilongo’ em 1956; “The Facts of Life" por ‘O jogo proibido do amor’ em 1961;  "Charade" por ‘Charada’ em 1964; "The Sweetheart Tree" por ‘A corrida do século’ em 1966; pela trilha e canção "Whistling Away the Dark" por ‘Lili, minha adorável espiã’ em 1971; "Life Is What You Make It" por ‘ainda há fogo sob as cinzas’ em 1972 – faleceu em 1976 aos 66 anos)

"All Through the Day" por ‘Noites de verão’ - Jerome Kern  (venceu 2 prêmios, por ‘"The Way You Look Tonight" de ‘Ritmo louco’ em 1937; e "The Last Time I Saw Paris” de ‘Se você fosse sincera’ em 1942; foi indicado por "Lovely to Look at" de ‘Roberta’ em 1936; "Dearly Beloved" de ‘Bonita como nunca’ em 1943; "Long Ago and Far Away” de ‘Modelos’ em 1945; pela trilha sonora e canção "More and More" de ‘Vivo para antar’ em 1946; "All Through the Day" de ‘Noites de verão’ em 1947 – faleceu em 1945 aos 60 anos) e Oscar Hammerstein II  (venceu 2 prêmios, por "The Last Time I Saw Paris" de ‘Se você fosse sincera’ em 1942; e "It Might as Well Be Spring" de ‘Corações enamorados’ em 1946; foi indicado em 1939 por ‘A mist over the moon’ por ‘The lady objects’; "All Through the Day" de Noites de verão’ em 1947; e "A Kiss to Build a Dream On" de ‘Amei e errei’ em 1952 – faleceu em 1960 aos 65 anos)

"I Can't Begin to Tell You" por ‘As irmãs Dolly’ - James V. Monaco (indicado outras 3 vezes, por "Only Forever" de ‘Melodia roubada’ em 1941; "I'm Making Believe" de ‘Explosão musical’ em 1945; e "I Can't Begin to Tell You" de ‘As irmãs Dolly’ em 1947 – faleceu em 1945 aos 60 anos) e Mack Gordon (venceu por "You'll Never Know" por ‘Aquilo sim, era vida’ em 1944; foi indicado pelas canções "Down Argentine Way” de ‘serenata tropical’ em 1941; "Chattanooga Choo Choo" de ‘Quero casar-me contigo’ em 1942; "I've Got a Gal in Kalamazoo" em ‘Serenata azul’ em 1943; "I'm Making Believe" de ‘Explosão musical’ em 1945; "I Can't Begin to Tell You" de ‘As irmãs Dolly’ em 1946; "You Do" de ‘E os anos passaram’ em 1948; "Through a Long and Sleepless Night" de ‘Falam os sinos’ em 1950; "Wilhelmina" de ‘Noiva que não beija’ em 1951 – faleceu em 1959 aos 54 anos)

"Ole Buttermilk Sky" por ‘Paixão selvagem’ - Hoagy Carmichael (venceu pela canção "In the Cool, Cool, Cool of the Evening" de ‘Órfãos da tempestade’ em 1952; foi indicado por "Ole Buttermilk Sky" por ‘Paixão selvagem’ em 1947 – faleceu em 1981 aos 82 anos) e Jack Brooks (indicado 3 vezes, por ‘"Ole Buttermilk Sky" por ‘Paixão selvagem’ em 1947; "Am I in Love" de ‘O filho de Treme-Treme’ em 1953; e "That's Amore” de ‘Sofrendo da bola’ em 1954 – faleceu em 1971 aos 59 anos)

"You Keep Coming Back Like a Song" por ‘Romance inacabado’ - Irving Berlin (venceu um Oscar pela canção “White Christmas" de ‘Duas semanas de prazer’ em 1943; foi indicado por "Now It Can Be Told" de ‘A epopeia do jazz’ e "Change Partners and Dance with Me" por ‘Dance comigo’ em 1939; "I Poured My Heart Into a Song" de ‘Dúvidas de um coração’ em 1940; foi indicado pelo roteiro original de ‘Duas semanas de prazer’ em 1943; "You Keep Coming Back Like a Song" por ‘Romance inacabado’ em 1947; "Count Your Blessings Instead of Sheep" de ‘Natal branco’ em 1955 – faleceu em 1989 aos 101 anos)

 

Melhor Mixagem de Som

‘Sonhos dourados’ - John P. Livadary (venceu 3 prêmios, ‘Um sonho de amor ‘me 1935; ‘Sonhos dourados’ em 1947; e ‘A um passo da eternidade’ em 1954; foi indicado por ‘Ama-me sempre’ em 1936; ‘O galante Mr Deeds’ em 1937; ‘Horizonte perdido’ em 1938; ‘Do mundo nada se leva’ em 1939; ‘A mulher faz o homem’ em 1940; ‘Maridos em profusão’ em 1941; ‘Os homens de minha vida’ em 1942; ‘Bonita como nunca’ em 1943; ‘Modelos’ em 1945; ‘À noite sonhamos’ em 1946; ‘A nave da revolta’ em 1955; ‘Melodia imortal’ em 1957; ‘Meus dois carinhos’ em 1958 – faleceu em 1987 aos 90 anos) Columbia

‘A felicidade não se compra’ - John Aalberg (ganhou um Prêmio Especial Gordon E. Mayer em 1983; foi indicado 9 vezes, por ‘A parisiense’ em 1937; ‘Nas asas da fama’ em 1938; ‘O corcunda de Notredame’ em 1940; ‘Robinson suíço’ e ‘Kitty Foyle’ em 1941; ‘Cidadão Kane’ em 1942; ‘A felicidade não se compra’ em 1947; ‘Vinho, mulheres e música’ em 1952; e ‘Romance da minha vida’ em 1955 – faleceu em 1984 aos 87 anos) RKO

‘Os melhores anos de nossas vidas’- Gordon Sawyer (venceu 3 prêmios, ‘Um anjo caiu do céu’ em 1948; ‘O álamo’ em 1961; ‘Amor, sublime amor’ em 1962; ganhou uma Medalha de Recomendação em 1978; foi indicado por ‘Um rapaz do outro mundo’ em 1946; ‘Os melhores anos do resto de nossas vidas’ em 1947; ‘Vida de minha vida’ em 1951; ‘Não quero dizer-te adeus’ em 1952; ‘Hans Christian Andersen’ em 1953; ‘Sublime tentação’ em 1957; ‘Testemunha de acusação’ em 1958; ‘Quero viver’ em 1959; ‘Porgy e Bess’ em 1960; ‘Se meu apartamento falasse’ em 1961; ‘Infâmia’ em 1962; ‘Deu a louca no mundo’ em 1964; ‘Havaí’ em 1967 – faleceu em 1980 aos 74 anos) Samuel Goldwyn

 

Melhor Direção de Arte em Preto & Branco

‘Ana e o rei de Sião’ - Lyle R. Wheeler (venceu 5 prêmios, por ‘E o vento levou’ em 1940; ‘Ana e o rei de Sião’ em 1947; ‘O manto sagrado’ em 1954; ‘O rei e eu’ em 1957; e ‘O diário de Ane Frank’ em 1960; foi indicado por ‘O prisioneiro de Zenda’ em 1938; ‘as aventuras de Tom Sawyer’ em 1939; ‘Rebeca, a mulher inesquecível’ em 1941; ‘Laura’ em 1945; ‘Amar foi minha ruína’ em 1946; ‘Débil é a carne’ em 1948; ‘Falam os sinos’ em 1950; ‘A malvada’ em 1951; ‘Escândalos na Riviera’ em 1952; ‘Davi e Betsabá’ em 1952; ‘Terrível suspeita’ e ‘Horas intermináveis’ em 1952; ‘Viva Zapata’ em 1953; ‘Eu te matarei, querida’ e ‘As neves do Kilimanjaro’ em 1953; ‘Titanic’ e ‘O destino me persegue’ em 1954; ‘Desiré, o amor de Napoleão’ em 1955; ‘Papai pernilongo’ e Tarde demais para esquecer’ em 1956; ‘Alma rebelde’ em 1957; ‘Um certo sorriso’ em 1959; ‘Jornada ao centro da Terra’ em 1960; ‘O cardeal’ em 1964 – faleceu em 1990 aos 84 anos), William S. Darling (venceu outros 2 prêmios, por ‘Cavalgada’ em 1934; e ‘Ana e o rei de Sião’ em 1947; foi indicado por ‘Loyds of London’ em 1937; ‘Queridinha do vovô’ em 1938; ‘As chuvas chegaram’ em 1940; ‘As chaves do reino’ em 1946 – faleceu em 1963 aos 81 anos), Thomas Little (venceu 6 prêmios, por ‘Como era verde meu vale’ em 1942; ‘Minha namorada favorita’ em 1944; ‘Isto acima de tudo’ em 1943; ‘A canção de Bernadete’ em 1944; ‘Wilson’ em 1945; ‘Ana e o rei de Sião em 1947; foi indicado por ‘Sangue e areia’ em 1942; ‘Entre a loira e a morena’ em 1944; ‘Laura’ em 1945; ‘Amar foi minha ruína’ em 1946; ‘As chaves do reino’ em 1946; ‘O fio da navalha’ em 1946; ‘Débil é a carne’ em 1948; ‘Falam os sinos’ em 1950; ‘a malvada’ em 1951; ‘Escândalos na Riviera’ em 1952; Davi e Betsabá’ em 1952; ‘Terrível suspeita’ em 1952; ‘Horas intermináveis’ em 1952; ‘As neves do Kilimanjaro’ em 1953; e ‘Viva Zapata!’ em 1953 – faleceu em 1985 aos 98 anos), Frank E. Hughes (foi indicado por ‘As chaves do reino’ em 1946- faleceu em 1947 aos 53 anos)

‘O fia da navalha’ - Richard Day (venceu 7 prêmios, por ‘O anjo das trevas’, em 1936; ‘Fogo de outono’, em 1937; ‘Como era verde meu vale’, em 1942; ‘Minha namorada favorita’, em 1943; ‘Isto acima de tudo’, em 1943; ‘Uma rua chamada pecado’, em 1952; ‘Sindicato de ladrões’, em 1955; e foi indicado outras 12 vezes, por ‘Whoopee!’ em 1931; ‘Médico e amante’, em 1932; ‘As aventuras de Cellini’, em 1935; ‘Beco sem saída’, em 1938; ‘Goldwyn Follies’, em 1939; ‘Serenata Tropical’, em 1941; ‘A bela Lillian Russell’, em 1941; ‘Sangue e areia’, em 1942; ‘O fio da navalha’, em 1947; ‘Joana D´Arc’, em 1949; ‘Hans Christian Andersen’, em 1953; ‘A maior história de todos os tempos’, em 1966 – faleceu em 1972 aos 76 anos), Nathan Juran (venceu por ‘Como era verde meu vale’ em 1942 – faleceu em 2002 aos 95 anos), Thomas Little (veja acima), Paul S. Fox (venceu outros 2 prêmios, por ‘O manto sagrado’ em 1955; e ‘O rei e eu’ em 1957; e foi indicado por ‘O fio da navalha’ em 1947; ‘Débil é a carne’ em 1948; ‘Falam os sinos’ em 1950; Davi e Betsabá’ em 1952; ‘Terrível suspeita’ em 1952; ‘As neves do Kilimanjaro’ em 1953; ‘O destino me persegue’ em 1954; ‘Desirré, o amor de Napoleão’ em 1955; ‘papai pernilongo’ em 1956; ‘Um certo sorriso’ em 1959 – faleceu em 1972 aos 73 anos)

‘Flor do lodo’ - Hans Dreier (venceu 3 prêmios, por ‘Gaivota negra’ em 1946; ‘Sansão e Dalila’ e ‘Crepúsculo dos deuses’ em 1951. Foi indicado duplamente em 1930, por ‘Alvorada do amor’ e O rei vagabundo’; ‘Alta traição’ na outra cerimônia de 1930; ‘Adeus às armas’ em 1934; ‘Lanceiros da Índia’ em 1936; ‘Almas no mar’ em 1938; ‘Se eu fora rei’ em 1939; ‘Beau geste’ em 1940; duplamente indicado em 1941 por ‘Legião de heróis’ e ‘Levanta-te, meu amor!’;  ‘A porta de ouro’ em 1942; duplamente indicado em 1943, por ‘Vendaval de paixões’ e ‘Ela e o secretário’; também duplamente indicado em 1944 por ‘Por quem os sinos dobram?’ e ‘Cinco covas no Egito’; em 1945 também foi indicado 2 vezes, por ‘A mulher que não sabia amar’ e ‘Sem tempo para amar’; em 1946 também recebeu 2 indicações, vencendo uma delas, e sendo indicado por ‘Um amor em cada vida’; e ‘Flor do lodo’ em 1947 – faleceu em 1966 aos 81 anos), Walter H. Tyler (venceu 1 Oscar por ‘Sansão e Dalila’ em 1951; foi indicado por ‘Flor do lodo’ em 1947; ‘A princesa e o plebeu’ em 1954; ‘Sabrina’ em 1955; ‘Os dez mandamentos’ em 1957; ‘Calvário da glória’ em 1960; ‘Rabo de foguete’ em 1961; ‘Anjo de pedra’ em 1962; ‘A ilha no topo do mundo’ em 1975 – faleceu em 1990 aos 81 anos), Sam Comer (venceu 4 prêmios, por ‘Gaivota negra’ em 1946; ‘Sansão e Dalila’ e ‘Crepúsculo dos deuses’ em 1951; e ‘a rosa tatuada’ em 1956; foi indicado por ‘A porta de ouro’ em 1942; ‘Ela e o secretário’ em 1943; ‘Sem tempo para amar’ em 1944; ‘Um amor em cada vida’ em 1946; ‘Flor do lodo’ em 1947; ‘Sabrina’, ‘Amar é sofrer ‘Ligas encarnadas’ em 1955; ‘Ladrão de casaca’ em 1956; ‘Os dez mandamentos’ em 1957; ‘O fruto do pecado’ em 1957; ‘Funny Face, a garota genial’ em 1958; ‘Um corpo que cai’ em 1958; ‘Calvário da glória’ em 1960; ‘Começou em Nápoles’ em 1961; ‘Rabo de foguete’ em 1961; ‘O anjo de pedra’ em 1962; ‘Bonequinha de luxo’ em 1962; ‘O pombo que conquistou Roma’ em 1963; ‘O indomado’, ‘O preço de um prazer’ e ‘O bem-amado’ em 1964 – faleceu em 1974 aos 81 anos) e Ray Moyer (venceu 3 prêmios, por ‘ Crepúsculo dos deuses’, em 1951; ‘Sansão e Dalila’ em 1951; e ‘Cleópatra’ em 1964; e foi indicado por ‘A mulher que não sabia amar’, em 1941; ‘Um amor em cada vida’ em 1946; ‘Flor do lodo’ em 1947; ‘Ligas encarnadas’ em 1955; ‘Sabrina’ em 1955; ‘Os 10 mandamentos’ em 1957; ‘Cinderela em Paris’ em 1958; ‘Bonequinha de luxo’ em 1961; ‘a maior história de todos os tempos’ em 1966 – faleceu em 1986 aos 87 anos)

 

Melhor Direção de Arte em cores

‘Virtude selvagem’ - Cedric Gibbons (venceu 11 prêmios,  por ‘A ponte de São Luís Rey’ em 1930; ‘A viúva alegre’ em 1935; ‘Orgulho e preconceito’ em 1941; ‘Flores do pó’ em 1942; ‘À meia luz’ em 1945; ‘Virtude selvagem’ em 1947; ‘Quatro destinos’ em 1950; ‘Sinfonia em Paris’ em 1952; ‘Assim estava escrito’ em 1953; ‘Júlio César’ em 1954; ‘Alguém lá em cima gosta de mim’ em 1957; foi indicado por  ‘A rival da esposa’ em 1934; ‘Romeu e Julieta’ e ‘O grande Ziegfeld’ em1937; ‘O romance de Madame Waleska’ em 1938; ‘Maria Antonieta’ em 1939; ‘O mágico de OZ’ em 1940; ‘Divino tormento’ em 1941; ‘De mulher para mulher’ em 1942; ‘Na noite do passado’ em 1943; ‘A filha do comandante’ e ‘Madame Curie’ em 1944; ‘Kismet’ em 1945; ‘A mocidade é assim’ e ‘O retrato de Dorian Gray’ em 1946; ‘Madame Bovary’ em 1950; ‘Bonita e valente’ e ‘Danúbio vermelho’ em 1951; ‘Quo vadis’ e ‘Cedo para beijar’ em 1952; ‘A viúva alegre’ em 1953; ‘A rainha virgem’, ‘A história de três amores’ e ‘Lili’ em 1954; ‘A lenda dos beijos perdidos’ e ‘Um homem e dez destinos’ em 1955; ‘Eu chorarei amanhã’ e ‘Sementes da violência’ em 1956; ‘sede de viver’ em 1957 – faleceu em 1960 aos 67 anos), Paul Groesse (venceu 3 prêmios, por ‘Orgulho e preconceito’, em 1941; ‘Virtude selvagem’ em 1947; e ‘Quatro destinos’, em 1950; e foi indicado  por ‘Madame Curie’, em 1943; ‘Bonita e valente’, em 1951; ‘Cedo para beijar’, em 1952; ‘A viúva alegre’, em 1953; ‘Lili’, em 1954; ‘Vendedor de ilusões’, em 1963; ‘O crime é homicídio’, em 1964; ‘A mulher sem rosto’ em 1967 – faleceu em 1987 aos 81 anos), Edwin B. Willis (venceu 8 prêmios, por ‘Flores do pó’ em 1942; ‘À meia luz’ em 1945; ‘Virtude selvagem’ em 1947; ‘Quatro destinos’ em 1950; ‘Sinfonia de Paris’ em 1952; ‘Assim estava escrito’ em 1953; ‘Júlio César’ em 1954; ‘Marcado pela sarjeta’ em 1957; foi indicado por ‘Romeu e Julieta’ em 1937; ‘O grande Ziegfeld’ em 1937; ‘De mulher para mulher’ em 1942; ‘Na noite do passado’ em 1943; ‘A filha do comandante’ e ‘Madame Curie’ em 1944; ‘Kismet’ em 1945; ‘A mocidade é assim mesmo’ e ‘O retrato de Dorian Gray’ em 1946; ‘Madame Bovary’ em 1950; ‘Bonita e valente’ e ‘Danúbio vermelho’ em 1951; ‘Cedo para beijar’ em 1952; ‘A viúva alegre’ em 1953; ‘A rainha virgem’ em 1954; ‘A história de 3 amores’ e ‘Lili’ em 1954; ‘A lenda dos beijos perdidos’ e ‘Um homem e dez destinos’ em 1955; ‘Eu chorarei amanhã’ em 1956; ‘Sementes de violência’ em 1956; ‘Sede de viver’ em 1957; ‘A árvore da vida’ em 1958; e ‘Les girls’ em 1958 – faleceu em 1963 aos 70 anos)

‘César e Cleópatra’ - John Bryan (venceu por ‘Grandes esperanças’ em 1948; foi indicado por ‘Cásar e Cleópatra’ em 1947 e por ‘Becket’ em 1965 – faleceu em 1969 aos 57 anos)

‘Henrique V’ - Paul Sheriff (venceu por ‘Moulin Rouge’ em 1953; foi indicado por ‘Hnrique V’ em 1947 – faleceu em 1960 aos 56 anos) e Carmen Dillon (venceu por ‘Hamlet’ em 1949 – foi indicado por ‘Henrique V’ em 1947 – faleceu em 2000 aos 91 anos)

 

Melhor Fotografia em Preto & Branco

‘Ana e o rei de Sião’ - Arthur C. Miller (venceu 3 prêmios, por ‘Como era verde meu vale’ em 1942; ‘A canção de Bernadete’ em 1944; e ‘Ana e o rei de Sião’ em 1947; foi indicado por ‘O pássaro azul’ em 1941; ‘Isto, acima de tudo’ em 1943; e ‘As chaves do reino’ em 1946 – faleceu em 1970 aos 75 anos)

‘Anos de ternura’ - George J. Folsey (indicado 13 vezes, por ‘Reunião em Viena’ em 1934; ‘A espiã 13’ em 1935; ‘Mulher sublime’ em 1937; ‘A filha do comandante’ em 1944; ‘agora seremos felizes’ em 1945; ‘Evocação’ em 1945; ‘Anos de ternura’ em 1947; ‘A rua do Delfim verde’ em 1948; ‘A rainha do mar’ em 1953; ‘Todos os irmãos eram valentes’ em 1954; ‘Sete noivas para sete irmãos’ em 1955; ‘Um homem e dez destinos’ em 1955; e ‘O balcão’ em 1964 – faleceu em 1988 aos 90 anos)

 

Melhor Fotografia em cores

‘Virtude selvagem’ - Charles Rosher (venceu 2 prêmios, por ‘Aurora’, em 1929; e por ‘Virtudo selvagem’ em 1947; foi indicado por ‘Os amores de Cellini’ em 1935; ‘Kismet’ em 1945; ‘Bonita e valente’ em 1951; e ‘O barco das ilusões’ em 1952 – faleceu em 1974 aos 88 anos), Leonard Smith (venceu um Oscar por ‘Virtude selvagem’ em 1947; foi indicado por ‘Gentil tirano’ em 1942; ‘A força do coração’ em 1944; e ‘A mocidade é assim mesmo’ em 1946 – faleceu em 1947 aos 53 anos) e Arthur E. Arling (venceu por ‘Virtude selvagem’ em 1947 e foi indicado por ‘Eu chorarei amanhã’ em 1956 – faleceu em 1991 aos 85 anos)

‘Sonhos dourados’ - Joseph Walker (ganhou o Prêmio Gordon E. Sawyer em 1982; foi indicado 3 vezes, por ‘Do mundo nada se leva’ em 1939; ‘Que espere o céu’ em 1942; ‘Sonhos dourados’ em 1947 – faleceu em 1985 aos 92 anos)

 

Melhores Efeitos Especiais

‘Uma mulher do outro mundo’ - Tom Howard (venceu 2 prêmios, por ‘Uma mulher do outro mundo’ em 1947 e por ‘O pequeno polegar’ em 1959 – faleceu em 1985 aos 75 anos)

‘Uma vida roubada’ - William C. McGann (única indicação – faleceu em 1977 aos 84 anos) e Nathan Levinson (venceu um Oscar por ‘a canção da vitória’  em 1943; ganhou um Prêmio Honorário em 1941; foi indicado por melhor som por ‘O fugitivo’, Cavadoras de ouro’ e Rua 42’ em 1934; ‘Miss Generala’ em 1935; ‘Capitão Blood’ em 1936; ‘A carga da Brigada Ligeira’ em 1937; ‘A vida de Emile Zola’ em 1938; ‘Quatro filhas’ em 1939; pelos efeitos e som de ‘Meu reino por um amor’ em 1940; som e efeitos de ‘O gavião do mar’ em 1941; som de ‘Sargento York’ em 1942; efeitos por ‘O lobo do mar’ em 1942; ‘Fugitivos do inferno’ em 1943; ‘Águias americanas’ em 1944; som por ‘Forja de heróis’ em 1944; efeitos de ‘As aventuras de Mark Twain’ em 1945; som em ‘Um sonho em Hollywood’ em 1945; ‘Rapsódia azul’ em 1946; efeitos de ‘Uma vida roubada’ em 1947; som por ‘Belinda’ em 1949 e ‘Uma rua chamada pecado’ em 1952 – faleceu em 1952 aos 64 anos)

 

 

Prêmio Juvenil

Claude Jarmam Jr. por ‘Virtude Selvagem’

 

 

Prêmios Honorários

 

Ernst Lubitsch – diretor indicado 3 vezes ao Oscar. Ele morreria em novembro de 1947.

Laurence Olivier – pela produção, direção e atuação em ‘Henrique V’

Harold Russell – pela coragem levar a esperança às telas em ‘Os melhores anos de nossas vidas’.

 

 

Prêmio Irving G. Thalberg

 

Samuel Goldwyn – produtor – recebeu 2 prêmios Irving Thalberg, sendo o primeiro em 1939 e um Jean Hersholt em 1958. Nunca foi indicado ao Oscar diretamente.

 

 

Referências bibliográficas:

- site: www.atocinematografico.blogspot.com

- site: www.wikipedia.com

- site: www.imdb.com

- site: www.filmenow.com

- site: www.ontemnatv.com.br

- site: www.osmusicaisdomundo.blogspot.com

- site: www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com

- site: www.termometrodooscar.com

- site: www.papodecinema.com.br

Livros:

- FILHO, Rubens Ewald. O Oscar e eu. 2003.

- OSBORNE, Robert. 85 anos de Oscar.

-ALBAGLI, Fernando. Tudo sobre o Oscar. 2003

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