Oscar 1948 - 20 anos de premiação

 

2 0º O S C A R

1 9 4 8

 

 

(imagem da internet)

 

A cerimônia do vigésimo Oscar ocorreu em Los Angeles, no auditório Shrine, no dia 20 de março de 1948. Entre os mestres de cerimônia estavam a atriz Agnes Moorehead e Dick Powell. Esta foi a primeira edição em que se premiou um filme falado em outro idioma que não o inglês, iniciando um processo que culminaria na categoria de Melhor Filme estrangeiro. A primeira produção a receber esse prêmio especial foi ‘Vítimas da tormenta’, dirigida pelo italiano Vittorio De Sica. O filme foi um grande sucesso em todo o mundo, menos na Itália. O teor do filme era humanitário e realista. Contava a história de dois jovens abandonados pelos pais, Pasquale e Giuseppe, que lutam pela sobrevivência numa Itália arrasada pela Segunda Guerra Mundial. Enquanto engraxam as botas dos soldados americanos, eles sonham possuir um cavalo branco em um futuro róseo. Envolvidos com o mercado negro, acabam enviados para um reformatório. A produção também foi indicada na categoria de melhor roteiro original.

Em meados da década de 1940, os filmes de guerra se tornaram tão populares que Hollywood não quis parar de produzi-los, mesmo tendo a guerra acabado. Porém, o foco havia mudado um pouco no final da década para assuntos não tão militares. Em 1946, ‘Os melhores anos de nossas vidas’ não retratava as batalhas militares, mas a volta para casa dos soldados. E com o conhecimento doas campos de concentração e o genocídio de vários grupos pelos nazistas, resolveu-se escrever sobre tais assuntos, que nunca haviam sido abordados em grandes produções. Foi o caso do antissemitismo, um tema que nunca foi esquecido, E nem deve ser. ‘A luz é para todos’ pode ser considerado um ancestral de ‘A lista de Schindler’ de Steven Spielberg.

A propaganda e os críticos ajudaram a alavancar o sucesso de ‘A luz é para todos’. Primeiro, devido à contundente mensagem, segundo, por causa da audácia do tema e do ótimo roteiro e realização. É preciso lembrar que a maioria dos empreendedores do cinema americano são de origem judaica.

Nesses anos finais de 1940, Hollywood começou a surfar na onda dos filmes de sucesso europeus.

A categoria de melhor filme estrangeiro só existiria em 1956. Até lá, todos os anos a Academia daria um Prêmio Especial para uma produção estrangeira.

Depois de dois anos com vencedores de Melhor Filme abrangendo temas socialmente conscientes no período do pós-guerra, o ano de 1947 não foi muito diferente. "A Luz é Para Todos" explorava a intolerância racial, preconceito e o ataque do antissemitismo na sequência do horror do Holocausto.

‘A luz é para todos’ possui uma resenha escrita por Luiz Santiago no sítio do Plano Crítico. Vejamos: “Mesmo com o impacto social causado à época de seu lançamento – apenas dois anos após o término da II Guerra Mundial –, A Luz é Para Todos foi recebido com bastante entusiasmo pela comunidade cinematográfica e pelo público. O filme adicionou lenha à fogueira da discussão sobre o antissemitismo e sobre o preconceito em geral, abrindo as portas para uma série de longas que abordariam o mesmo assunto nos anos seguintes. Seu reconhecimento no Oscar daquele ano – cerimônia da qual saiu com 3 estatuetas: Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Celeste Holm) e Melhor Diretor – é um exemplo do valor imediato que ganhou nos Estados Unidos e permitiu que fosse visto e divulgado de forma crescente, a ponto de se tornar um dos filmes icônicos e um dos mais conhecidos de Elia Kazan. Gregory Peck – que havia sido advertido por seu agente para não aceitar o papel – vive um jornalista que se muda para Nova York e começa a trabalhar em um artigo sobre antissemitismo para uma revista de circulação nacional. Sua abordagem deveria ser “diferenciada”, mas ele não encontra um caminho para fazer isso de modo que diga algo diferente de tudo o que já havia sido dito. É então que tem a ideia de assumir-se como judeu por 2 meses e então escrever o artigo sob um outro ponto de vista. Diante dessa interessante premissa, baseada na obra de Laura Z. Hobso, o roteiro adota uma curiosa apresentação (que hoje pode nos parecer batida) para trabalhar o impacto do preconceito na vida de uma pessoa e como esse preconceito é exercido e disseminado, não apenas no caso dos judeus, mas este é o principal foco discutido na obra e o texto perpassa as várias interpretações e identidades que se podem assumir no caso de um segregador antissemita ou vítima que, acostumada às várias agressões, piadas, recusas e exclusões, acaba por adotar o palco do algoz como se fosse seu, utilizando sua própria condição como piada agressiva, algo que podemos não só aplicar ao “judeuzinho” mas também aos “inocentes” termos tão bem conhecidos por todos. O curioso é que com o passar dos anos a proposta discutida em 1A Luz é Para Todos1 se tornou mais viva e necessária, porém, ganhou um outro contorno em sociedade. Hoje, ela passa pela acusação do politicamente correto, da ideia de que “não é preconceito, é apenas a minha opinião. Desde quando ter opinião é uma forma de preconceito?” e assim por diante. Parece-nos que a intolerância e necessidade de diminuir, massacrar e condenar um grupo de pessoas às chamas do inferno, ao ostracismo social, ao extermínio ou à periferia da lei é palavra de ordem para um outro grupo de pessoas, aqueles que se acham superiores por estarem na maioria ou simplesmente por acreditarem estar no caminho dos santos rumo à salvação – e agindo como se fosse perfeitamente caridoso pisotear e condenar os que não seguem o mesmo caminho. O problema em ‘A Luz é Para Todos’ é que essa discussão se perde nos meandros do exagero temático (posto no texto como medida de destacar uma situação, mas que nos aprece descaradamente estranho) e na linha dupla do romance que se fixa em dado momento da fita, além da direção pouco dinâmica de Kazan, um trabalho um tanto inferior em relação ao seu excelente trabalho no leme de ‘Laços Humanos’. Algumas preferências e ambientações do diretor voltam a aparecer aqui, seguindo um pouco o modelo de contexto geográfico visto em seu filme de estreia e em O Justiceiro. A cidade é apresentada como palco para uma crônica qualquer, partindo-se de um campo macro e diminuindo o espaço até chegar ao lar, aos cômodos da casa onde os segredos familiares nos são compartilhados. Um outro ponto curioso e a presença de crianças no elenco desses seus três primeiros filmes, todas elas bem dirigidas e com um importante papel na história. ‘A Luz é Para Todos’ aborda um tema árduo até para os dias de hoje, com todas as nuances vindas dos dois lados da moeda. O espectador adota o papel de juiz, júri e até vítima, incomodando-se aqui e ali no modo como o texto guia determinado ponto da história, mas encontrando elementos positivos na visão geral do problema. O filme consegue então vencer os pontos mais fracos de seu desenvolvimento e sobressair-se pela interessante soma de seu todo.”

O filme foi indicado em oito categorias e venceu em somente três: Filme, ator e atriz coadjuvante. O popular ator Gregory Peck, que começava a decolar na carreira, foi indicado para o Oscar, mais pela campanha do estúdio do que por merecimento. Apesar disso, ele se viu estampando capas de revistas importantes e recebeu convites para ótimos papéis a partir daí.

Outro candidato a Melhor Filme que também combatia o antissemitismo era "Rancor" (Crossfire), do diretor Edward Dmytryk e dos estúdios RKO. O filme mostra como a intolerância e o preconceito estão introjetados na sociedade, em um claro caso de antissemitismo. A história é uma adaptação do livro "The Brick Foxhole" de Richard Brooks, que trata de um tema diferente relacionado ao antissemitismo: fala sobre homofobia. Porém o tema caiu na censura do Código Hays, um código criado no início dos anos 1930 com o propósito de censurar produções do teatro e cinema, tentando encaixá-las nos padrões conservadores da sociedade. Temas como uso de drogas, adultério, suicídio, sexo, homossexualidade, nudez, eram totalmente barrados por este código que teve seu auge em 1934. É interessante o fato de o filme retratar o preconceito da sociedade em relação a um grupo, ao mesmo tempo sendo censurado por essa mesma sociedade que não acha aceitável ver a realidade como é. O diretor e os produtores foram hostilizados pelas autoridades e convocados a prestar depoimentos no Congresso. Eles não compareceram e foram acusados de desrespeito. Não houve solução a não ser a demissão de todos pelo estúdio. Isso reduziu drasticamente a possibilidade do filme vencer em qualquer categoria no Oscar. Mesmo assim, a produção foi indicada ao Oscar de filme, diretor, ator coadjuvante, atriz coadjuvante e roteiro adaptado, além de ser indicado a melhor filme no Bafta Awards, e melhor filme e temática social no Festival de Cannes, recebendo o prêmio.

A RKO ainda teve o filme ‘Conflito de paixões, com Rosalind Russel. Somente a atriz foi indicada. O tema do longa-metragem era muito pesado para aquela sociedade. Mas a atriz contratou um marqueteiro para conseguir o Oscar.

Já a produção britânica de David Lean, ‘Grandes esperanças’, baseada no livro de Charles Dickens, recebeu 5 indicações (filme, direção, roteiro, fotografia e direção em preto e branco). Venceu nestas duas últimas categorias. A história edificante serviu de base para vários roteiros na indústria cinematográfica. ‘Grandes Esperanças’ traz uma história que ocorre entre 1812 e 1840, esquema que nos remete ao romance de formação, com evolução de personagens de acordo com suas mudanças físicas, sociais e psicológicas dentro dos acontecimentos descritos pelo narrador em primeira pessoa. Em suma, observaremos os detalhes narrativos sob o prisma da sua lente captadora enquanto criança e também enquanto adulto, mais adiante, em sua maturidade. Foi o primeiro grande papel de Alec Guinness, que havia participado de uma adaptação teatral do livro em 1939. Guinness voltaria a trabalhar com o diretor David Lean em outros cinco filmes: ‘Oliver Twist’ (1947), ‘A Ponte do Rio Kwai’ (1957), Lawrence da Arábia (1962), ‘Doutor Jivago’ (1965) e ‘Passagem Para a Índia’ (1984). O tratamento que o diretor dá a produção é clássico, com grandes atuações, direção de arte e fotografia em preto e branca. Lean foi indicado como produtor e diretor. No ano anterior, ele também havia recebido duas indicações por ‘Desencontro’ (direção e roteiro).

Uma leve comédia romântica com produção da Companhia de Samuel Goldwyn, indicada a melhor filme foi ‘Um anjo caiu do céu’, com direção de Henry Koster, com roteiro sobre uma história sobre um bispo, Henry Brougham (David Niven), que mesmo tendo trabalhado exaustivamente para construir uma nova catedral para seu povo, não consegue convencer Agnes Hamilton (Gladys Cooper), uma senhora rica, porém amarga. Ela tem o dinheiro suficiente para lhe ajudar, mas nega até o último momento. Nesse ínterim, Henry acaba, não por maldade, deixando de lado sua linda esposa Julia (Loretta Young) e a filha de lado. Mas são tantas as preocupações. Esse é um daqueles filmes que renovam nossas esperanças na vida, nas pessoas boas e em nós mesmos. As questões não se referem apenas às finanças, ‘Um Anjo Caiu do Céu’ (The Bishop’s Wife), mostra que devemos seguir sempre em frente. Produções com cunho religioso faziam sucesso na segunda metade da década de 1940.  Recebeu 5 indicações e venceu melhor som.

‘De ilusão também se vive’ é o quinto filme indicado na categoria de melhor filme. Entretanto, seu diretor e roteirista, George Seaton, não foi lembrado na categoria de direção, o que diminuía suas chances contra os concorrentes. Mas isso não atrapalhou a trajetória do longa, que veio a tornar-se um clássico nos natais americanos. Esse drama natalino é também muito lembrado pela estreia da atriz Natalie Wood. Recebeu 4 indicações e venceu 3: ator coadjuvante, roteiro original e melhor História. Na verdade, ele não deveria estar presente na categoria de melhor filme. Uma daquelas injustiças da Academia, que retirou chances de outros longas mais competentes.

(Ronald Colman - imagem da internet)


O ator britânico indicado como melhor ator, Ronald Colman, um dos grandes da Idade de Ouro do Cinema, fez sua carreira na era muda com pequenos papéis na indústria americana. O diretor Henry King o viu em um show na Broadway e o escalou como o protagonista de Lillian Gish em ‘Irmã Branca’ (1923). Seu sucesso no filme levou a um contrato com Samuel Goldwyn, e sua carreira como protagonista de Hollywood estava em andamento. Ele se tornou uma estrela muito popular de filmes mudos, tanto em romances quanto em filmes de aventura. A chegada do som tornou sua voz extraordinariamente bonita ainda mais importante para a indústria cinematográfica. Ele interpretou personagens sofisticados, pensativos e íntegros com enorme desenvoltura, e arrojado habilmente quando chamado a fazê-lo em filmes como ‘O Prisioneiro de Zenda’ (1937). Em 1948 ele recebeu um Oscar por sua esplêndida interpretação de ator atormentado em ‘Fatalidade’. Ele tinha 57 anos e já havia sido indicado 3 vezes ao prêmio. Grande parte de sua carreira posterior foi dedicada a "The Halls of Ivy", um programa de rádio que mais tarde foi transferido para a televisão em 1954. Ele continuou a trabalhar até quase o fim de sua vida, quando faleceu em 1958 após uma doença pulmonar iniciada na Primeira Guerra Mundial. Ele tinha 67 anos. Transpareceu que o Oscar lhe entregue nesta cerimônia era um prêmio que homenagearia toda sua carreira. Quem lhe entregou a estatueta foi a vencedora do ano anterior, Olivia De Havilland.

A vitória de Loretta Young em Melhor Atriz foi considerada a grande surpresa da noite. Ela era considerada a quinta colocada, para não dizer a ‘zebra’. Foi a maior surpresa da noite e uma das maiores da história do Oscar. Ela competia com Joan Crawford, Susan Hayward, Rosalind Russell e Dorothy McGuire. Rosalind Russell era a grande favorita por ‘Conflito de paixões’, segundo a revista ‘Daily Variety’, especialista em prováveis vencedores. Dizem que Russell chegou a se levantar quando o apresentador abriu o envelope, porém, o nome lido fora de Young. Após a cerimônia, Young, grande amiga de Russell, declarou aos jornalistas: “Para dizer a verdade, eu nunca esperei isto em minha vida. Pensei que Rosalind fosse ganhar’.

(Loretta Young - imagem da internet)


Loretta Young teve uma vida conturbada quando, devido a um estupro, ficou grávida. O público pensou por muito tempo que a criança era adotada. Mas a verdade veio tona três meses após a morte da artista, com a publicação de uma biografia não autorizada sobre a trajetória dela. O livro é Forever Young: The Life, Loves, and Enduring Faith of a Hollywood Legend. Lançado no ano 2000, a obra retrata como Young teria vivido um affair com Clark Gable, que era casado na época. Mas acontece que não era um caso consensual — foi, na verdade, uma agressão sexual. O estupro ocorreu durante as rodagens do lendário filme de 1935, ‘O grito da selva’. Protagonizado por Clark Gable e Loretta Young. Ambos estavam dentro de um comboio, voltando para Los Angeles. Em 2015, Linda Lewis, nora da atriz de Hollywood, afirmou em entrevista ao site Buzzfeed que Clark Gable (1901-60) havia estuprado Young. Lewis ainda disse que Loretta só conseguiu falar sobre o ocorrido quando tinha 85 anos de idade. Young conseguiu reconhecer o abuso quando estava assistindo um programa de TV sobre violações sexuais. Ela então só entendeu que Clark Gable a havia abusado sexualmente, quando perguntou sobre o termo date rape (do inglês, estupro cometido por um conhecido da vítima). Ao descobrir o que a terminologia significava, a atriz teria dito: "É o que aconteceu comigo e Clark". A artista então contou tudo aquilo à nora. E a estrela ainda revelou que Judy Lewis, a filha que ela teve com o ator de E o vento levou (1939), foi concebida do estupro. Judy faleceu aos 76 anos de idade, em 2011, e só ficou sabendo que Gable era seu pai após ele morrer, em 1960. Judy tinha cinco anos quando sua mãe se casou com Tom Lewis, um produtor de rádio, de quem ela adotou o sobrenome. Gable nunca reconheceu a filha, mas era visível uma semelhança física entre ambos. A atriz era uma católica fervorosa e escondeu a gravidez o máximo que pôde. Abandonou a filha em um orfanato por um tempo. E depois, para simular uma adoção, voltou para buscá-la antes da criança completar dois anos de idade. O abuso sexual sofrido por Loretta Young ocorreu quando ela tinha apenas 22 anos de idade e Clark Gable, 30. O trauma acarretado do episódio fez com que ela mantivesse o segredo acerca da filha até a sepultura. A nora de Young só resolveu contar aquela informação sigilosa quando tanto a atriz, quanto Gable, já haviam morrido.

Outra atriz que se tornaria lenda mais tarde, vencedora do Oscar de coadjuvante por ‘A luz é para todos’, Celest Holm, faleceu aos 95 anos em 2012. Ela se dedicou ao cinema por mais de 70 anos. A atriz também se tornou imensamente conhecida por interpretar Karen Richards, melhor amiga de Margo Channing (Bette Davis) em ‘A Malvada’. Afiada, não se negava a contar várias histórias sobre companheiros da indústria que conhecia melhor que ninguém. Dentre as histórias, seu encontro com Leslie Howard. Em entrevista concebida a Susan King, a atriz contou que ele era um mulherengo notório: “Eu estava usando um vestido vermelho com uma touca cor de ouro. Howard olhou para mim, e antes que eu pudesse dizer algo, me tomou em seus braços e me beijou de uma forma como eu nunca tinha sido beijada antes ou depois. Eu estava totalmente despreparada. Eu só o tinha visto uma vez, na noite anterior.” Howard era míope, e a teria confundido com uma atriz com quem tinha um romance. Os dois atuaram juntos em ‘Hamlet’, produção teatral que marcou a estreia dela nos palcos.

James Baskett foi o primeiro homem afro-americano a receber um Prêmio Honorário por sua atuação – no filme ‘A canção do sul’ -, e o primeiro ator da Disney a receber um prêmio da Academia - embora fosse não-competitiva.

Algo curioso ocorreu na categoria de melhor montagem, onde todos os indicados eram estreantes, e somente um iria ser indicado novamente.

A atriz Jean Simmons teve de subir ao palco quatro vezes para receber os prêmios das produções inglesas, pois os concorrentes não estavam presentes.

Foi o ano em que o grande diretor grego naturalizado estadunidense Elia Kazan recebeu o seu primeiro Oscar. No sítio www.palnocritico.com.br há uma resenha sobre a biografia desse grande artista. Vejamos.

“Nascido Elia Kazanjoglous, em uma família grega residente no Império Otomano (hoje Turquia), Kazan teve pouco tempo de convivência com os costumes de sua terra natal. Sua família emigrou para os Estados Unidos quando ele tinha 4 anos e toda a sua educação ocorreu nas escolas públicas da cidade de Nova York, onde sua família se estabeleceu. Depois de graduar-se na Yale University em 1932, Kazan aderiu por um breve período (1934 – 1936) ao Partido Comunista e, paralelamente, começou a trabalhar com o Grupo Experimental de Teatro em Nova York, onde, de meados para o final dos anos 30, daria os primeiros passos no mundo da produção dramatúrgica, que acabaria lavando-o para o cinema. Atraído pelo método de atuação criado por Stanislavski — método que teve contato via Harold Clurman e Lee Strasberg, no Group Theatre — Kazan iniciou sua jornada como diretor de teatro, onde desde muito cedo alcançou notoriedade. Em 1947, ao lado de Robert Lewis e Cheryl Crawford, criou o Actors Studio, baseado no “método” e na ideia dos “laboratórios” de preparação, dando início à escola de toda uma geração de atores americanos, muitos dos quais trabalhariam em seus filmes. Stanislavski nos convinha porque não tornava magnífico o homem heroico, mas o herói em cada homem. Essa ideia russa da alma profunda em um ser apagado combina bem com o temperamento americano. Em 1945, Kazan estreou no cinema com ‘Laços Humanos’, dando início a uma jornada cinematográfica fortemente influenciada pelo neorrealismo italiano e por problemas sociais diversos, influências que, de uma forma ou de outra, levaria até o final da carreira. A vida pessoal e artística do diretor mudaria por completo em 1952, quando depôs ao Comitê de Investigações sobre Atividades Antiamericanas, em plena caça aos comunistas nos Estados Unidos. Sua delação lhe custou muitos amigos e criou uma série de desafetos ao longo dos anos. Em 1999, quando recebeu o Oscar Honorário por sua carreira, vemos a recepção fria e recusa de alguns atores da academia em aplaudi-lo.” Kazan ainda venceria outro Oscar em 1955.

Geore Cukor estava em sua terceira indicação a direção, sem sucesso, apesar de muitos longas de sucesso.

Charlie Chaplin conseguiu uma indicação a melhor roteiro original por ‘Monsieur Verdoux’.

As categorias técnicas receberam, estranhamente, menos de cinco indicados, como se não houvesse filmes habilitados ou competentes para serem indicados.

Os casos de esnobes mais claros nesse ano foram a ausência do diretor Joseph Mankiewicz por ‘O fantasma apaixonado’, Chaplin nas categorias de direção e ator, por ‘Monsieur Verdoux’, a lembrança de ‘Fuga ao passado’ em várias categorias e Deborah Kerr como melhor atriz por ‘Narciso negro’.

 

 

 

Indicados e vencedores

 

Melhor Filme

‘A luz é para todos’ - 20th Century Fox

‘Um anjo caiu do céu’ – Samuel Goldwyn Company

‘Rancor’ – RKO Pictures

‘Grandes esperanças’ - Cineguild

‘De ilusão também se vive’ – 20th Century Fox

 

Melhor Diretor

Elia Kazan – ‘A luz é para todos’ (venceu 2 prêmios como melhor diretor, por ‘A luz é para todos’ em 1948; e por ‘Sindicato de ladrões’ em 1955; ganhou um Prêmio Honorário em 1999; foi indicado como diretor por ‘Uma rua chamada pecado’ em 1952; ‘Vidas amargas’ em 1956; e pela produção, direção e roteiro de ‘Terra do sonho distante’ neste mesmo ano – faleceu em 2003 aos 94 anos)

George Cukor – ‘Fatalidade’ (venceu um Oscar em 1965 por ‘Minha bela dama’; foi indicado por ‘Quatro irmãs’ em 1934; ‘Núpcias de escândalo’ em 1941; ‘Fatalidade’ em 1948; ‘Nascida ontem’ em 1951 – faleceu em 1983 aos 83 anos)

Edward Dmytryk – ‘Rancor’ (única indicação – faleceu em 1999 aos 90 anos)

Henry Koster – ‘Um anjo caiu do céu’ (única indicação – faleceu em 1988 aos 83 anos)

David Lean – ‘Grandes esperanças’ (venceu 2 prêmios, por ‘Lawrence da Arábia’ em 1963; e por ‘A ponte do Rio Kwai’, em 1958; foi duplamente indicado como roteirista e diretor por ‘Desencanto’ em 1947; e também duplamente indicado como roteirista e diretor por ‘Grandes esperanças’ em 1948; melhor diretor por ‘Quando o coração floresce’, em 1956; e ‘Doutor Jivago’ em 1966; e triplamente indicado em 1985, pelo roteiro, montagem e direção de ‘Passagem para a Índia’ – faleceu em 1991 aos 83 anos)

 

Melhor Ator

Ronald Colman – ‘Fatalidade’ (venceu um Oscar por ‘Fatalidade’ em 1948; foi indicado duplamente por ‘Condenados’ e ‘Amante de emoções’ em 1930; e por ‘Na noite do passado’ em 1943 – faleceu em 1958 aos 67 anos)

John Garfield – ‘Corpo e alma’ (indicado por ‘Quatro filhas’ em 1939 – faleceu em 1952 aos 39 anos)

Gregory Peck – ‘A luz é para todos’ (venceu o Oscar por ‘O sol é para todos’ em 1963; ganhou o Prêmio Jean Hersholt em 1968; indicado 4 vezes, por ‘As chaves do reino’ em 1946; ‘Virtude selvagem’ em 1947; ‘A luz é para todos’ em 1948; e ‘Almas em chamas’ em 1950 – faleceu em 2003 aos 87 anos)

William Powell – ‘Nossa vida com papai’ (indicado 3 vezes, por ‘A ceia dos acusados’ em 1935; ‘Irene, a teimosa’ em 1937; e ‘Nossa vida com papai’ em 1948 – faleceu em 1984 aos 91 anos)

Michael Redgrave – ‘Conflito de paixões’ (única indicação – faleceu em 1985 aos 77 anos)

 

Melhor Atriz

Loretta Young – ‘Ambiciosa’ (indicada também em 1950 por ‘Falem os sinos’ – faleceu em 2000 aos 87 anos)

Joan Crawford – ‘Fogueira de paixão’ (venceu um Oscar por ‘Almas em suplício’ em 1946; e foi indicada por ‘Fogueira de paixão’ em 1948 – faleceu em 1977 aos 71 anos)

Susan Hayward – ‘Desespero’ (venceu por ‘Quero viver!’ em 1959; foi indicada por ‘Desespero’ em 1948; ‘Meu amor maior’ em 1950; ‘Meu coração canta’ em 1953; ‘Eu chorarei amanhã’ em 1956 – faleceu em 1975 aos 57 anos)

Dorothy McGuire – ‘A luz é para todos’ (única indicação – faleceu em 2001 aos 85 anos)

Rosalind Russell – ‘Conflito de paixões’ (ganhou o Prêmio Jean Hersholt em 1973; foi indicada 4 vezes, por ‘Solteiras às soltas’ em 1943; ‘Sacrifício de uma vida’ em 1947; ‘Conflito de paixões’ em 1948; ‘A mulher do século’ em 1959 – faleceu em 1976 aos 69 anos)

 

Melhor Ator Coadjuvante

Edmund Gwenn – ‘De ilusão também se vive’ (indicado em 1951 como coadjuvante por ‘Senhor 880’ – faleceu em 1959 aos 81 anos)

Charles Bickford – ‘Ambiciosa’ (Indicado por ‘a canção de Bernadete’ em 1944; ‘Ambiciosa’ em 1947; e ‘Belinda’ em 1949 – faleceu em 1967 aos 76 anos)

Thomas Gomez – ‘Do lodo brotou uma flor’ (única indicação – faleceu em 1971 aos 65 anos)

Robert Ryan – ‘Rancor’ (única indicação – faleceu em 1973 aos 63 anos)

Richard Widmark – ‘O beijo da morte’ (única indicação – faleceu em 2008 aos 93 anos)

 

Melhor Atriz Coadjuvante

Celeste Holm – ‘A luz é para todos’ (venceu um Oscar por coadjuvante por ‘A luz é para todos’ em 1948; foi indicada por ‘Falem os sinos’ em 1950 e ‘A malvada’ em 1951 – faleceu em 2012 aos 95 anos)

Ethel Barrymore – ‘Agonia do amor’ (venceu um Oscar de coadjuvante por ‘Apenas um coração solitário’ em 1945; e foi indicada como coadjuvante por ‘Silêncio nas trevas’ em 1947; ‘Agonia de amor’ em 1948; e ‘O que a carne herda’ em 1950 – faleceu em 1959 aos 79 anos)

Gloria Grahame – ‘Rancor’ (venceu um Oscar de coadjuvante por ‘Assim estava escrito’ em 1953 – faleceu em 1981 aos 57 anos)

Marjorie Main – ‘O ovo e eu’ (única indicação – faleceu em 1975 aos 85 anos)

Anne Revere – ‘A luz é para todos’ (venceu um Oscar por ‘A mocidade é assim mesmo’ em 1946; e foi indicada por ‘A canção de Bernadete’ em 1944 e ‘A luz é para todos’ em 1948 – faleceu em 1990 aos 87 anos)

 

Melhor Roteiro Original

‘Solteirão cobiçado’ - Sidney Sheldon (única indicação e vitória – faleceu em 2007 aos 89 anos)

‘Vítimas da tormenta’ - Sergio Amidei (indicado 4 vezes, por ‘Roma, cidade aberta’ em 1947; ‘Vítimas da tormenta’ em 1948; ‘Paisá’ em 1950; e ‘De crápula a herói’ em 1962 – faleceu em 1981 aos 76 anos), Adolfo Franci (única indicação – faleceu em 1954 aos 58 anos), Cesare Giulio Viola (única indicação – faleceu em 1971 aos 71 anos) e Cesare Zavattini (foi indicado 3 vezes, por ‘Vítimas da tormenta’ em 1948; ‘Ladrões de bicicleta’ em 1950; e ‘Umberto D’ em 1957 – faleceu em 1989 aos 87 anos)

‘Monsieur Verdoux’ - Charles Chaplin (venceu um Oscar pela trilha sonora dramática de ‘Luzes da ribalta’ em 1973; e um Prêmio Honorário em 1929 pela atuação, roteiro, direção e produção do filme ‘O circo’ em 1929; e um Oscar Honorário em 1972; foi indicado como melhor ator por ‘O grande ditador’ em 1941; pelo roteiro de ‘Monsieur Verdoux’ em 1948 – faleceu em 1977 aos 88 anos)

‘Fatalidade’ - Ruth Gordon (venceu por melhor atriz coadjuvante em ‘O bebê de Rosemary’ em 1969; foi indicada pelos roteiros de ‘Fatalidade’ em 1948; ‘A costela de Adão’ em 1951; ‘A mulher absoluta’ em 1953; ‘À procura do destino’ em 1966 – faleceu em 1985 aos 88 anos) e Garson Kanin (indicado por ‘Fatalidade’ em 1948; ‘A costela de Adão’ em 1951; ‘A mulher absoluta’ em 1953 – faleceu em 1999 aos 86 anos)

‘Corpo e alma’ - Abraham Polonsky (única indicação – faleceu em 1999 aos 88 anos)

 

Melhor Roteiro

De ilusão também se vive’ - George Seaton (venceu 2 prêmios, por ‘Milagre na Rua 34’ em 1948; e ‘Amar é sofrer’ em 1955; ganhou Prêmio Jean Hersholt em 1962; foi indicado como diretor por ‘Amar é sofrer’ em 1955; e pelo roteiro de ‘Aeroporto’ em 1971 – faleceu em 1979 aos 68 anos)

‘Grandes esperanças’ - David Lean (venceu 2 prêmios, por ‘Lawrence da Arábia’ em 1963; e por ‘A ponte do Rio Kwai’, em 1958; foi duplamente indicado como roteirista e diretor por ‘Desencanto’ em 1947; e também duplamente indicado como roteirista e diretor por ‘Grandes esperanças’ em 1948; melhor diretor por ‘Quando o coração floresce’, em 1956; e ‘Doutor Jivago’ em 1966; e triplamente indicado em 1985, pelo roteiro, montagem e direção de ‘Passagem para a Índia’ – faleceu em 1991 aos 83 anos), Ronald Neame (recebeu 3 indicações, por ‘E um avião regressou’ em 1943; ‘Desencanto’ em 1947; e ‘Grandes esperanças’ em 1948 – faleceu em 2010 aos 99 anos) e Anthony Havelock-Allan (indicado por ‘Desencanto’ em 1947; ‘Grandes esperanças’ em 1948; e ‘Romeu e Julieta’ em 1969- faleceu em 2003 aos 98 anos)

‘O justiceiro’ - Richard Murphy (indicado 2 vezes, por ‘O justiceiro’ em 1948; e ‘Ratos do deserto’ em 1954 – faleceu em 1993 aos 81 anos)

‘Rancor’ - John Paxton (única indicação – faleceu em 1985 aos 73 anos)

‘A luz é para todos’ – Moss Hart (indicado por ‘Melodia na Broadway de 1936’ em 1936 – faleceu em 1961 aos 57 anos)

 

Melhor História

‘De ilusão também se vive’ – Valentine Davies (venceu por ‘De ilusão também se vive’ em 1948; foi indicada por ‘Todas as primaveras’ em 1950; ‘Música e lágrimas’ em 1955; e ‘A casa sem nome’ em 1957 – faleceu em 1961 aos 55 anos)

‘A Cage of Nightingales’ - Georges Chaperot (única indicação – faleceu em 1970 aos 68 anos) e René Wheeler (única indicação – faleceu em 2000 aos 88 anos)

‘Aconteceu na quinta avenida’ - Herbert Clyde Lewis (única indicação – faleceu em 1950 aos 41 anos) e Frederick Stephani (única indicação – faleceu em 1962 aos 59 anos)

‘O beijo da morte’ - Eleazar Lipsky (única indicação – faleceu em 1993 aos 81 anos)

‘Desespero’ - Dorothy Parker (indicada por ‘Nasce uma estrela’ em 1938 e por ‘Desespero em 1948 – faleceu em 1967 aos 73 anos) e Frank Cavett (venceu 2 prêmios, por ‘O bom pastor’ em 1945 e ‘O maior espetáculo da Terra’ em 1953; foi indicado por ‘Desespero’ em 1948 – faleceu em 1973 aos 67 anos)

 

Melhores Efeitos Especiais

‘A rua do Delfim verde’ - A. Arnold Gillespie (venceu 3 prêmios, por ’30 segundos sobre Tóquio’ em 1945; ‘A rua do golfinho verde’ em 1948; e ‘Ben-Hur’ em 1960; foi indicado por ‘O mágico de Oz’ em 1940; ‘Fruto proibido’ em 1941; ‘Asas nas trevas’ em 1942; ‘Rosa da esperança’ em 1943; ‘Fomos os sacrificados’ em 1946; ‘Planeta proibido’ em 1957; ‘Torpedo’ em 1959; ‘O grande motim’ em 1963 – faleceu em 1978 aos 78 anos), Warren Newcombe (venceu 2 prêmios por ‘Trinta segundos sobre Tóquio’ em 1945; e ‘A rua do Delfim Verde’ em 1948; foi indicado por ‘Rosa de esperança’ em 1943 – faleceu em 1960 aos 66 anos), Douglas Shearer (venceu 7 prêmios, por ‘O presídio’ em 1930; ‘Oh Marieta!’ em 1936; ‘São Francisco, a cidade do pecado’ em 1937; ‘O rei da alegria’ em 1941; ’30 segundos sobre Tóquio’ em 1945; ‘A rua do Delfim verde’ em 1948; ‘O grande Caruso’ em 1952; foi pelo som e efeitos especiais de alguns dos filmes citados: ‘Viva Vila!’ em 1935; ‘Primavera’ em 1938; ‘Canção de amor’ em 1939; ‘O mágico de Oz’ em 1940; ‘Balalaika’ em 1940; ‘Fruto proibido’ em 1941; ‘asas nas trevas’ em 1942; ‘O soldado de chocolate’ em 1942; pelo som e efeitos especiais em ‘Rosa de esperança’ em 1943; ‘Madame Curie’ em 1944; ‘Kismet’ em 1945; ‘Fomos os sacrificados’ em 1946; pelo som de ‘A rua do Delfim verde’ em 1948 – faleceu em 1971 aos 71 anos) e Michael Steinore (venceu um Oscar por ‘A rua do golfinho verde’ em 1948; foi indicado por ‘Fomos os sacrificados’ em 1946 – faleceu em 1961 aos 60 anos)

‘Os inconquistáveis” - Farciot Edouart (ganhou um Prêmio Honorário por ‘Lobos do norte’ em 1939; venceu 2 prêmios, por ‘Revoada das águias’ em 1942; ‘Vendaval de paixões’ em 1943; e foi indicado por ‘Aliança de aço’ em 1940; ‘A deusa da floresta’ em 1941; ‘O delírio de um sábio’ em 1941; ‘Aloma, a virgem prometida’ em 1942; ‘Pelo vale das sombras’ em 1945; ‘Os inconquistáveis’ em 1948 – faleceu em 1980 aos 85 anos), Devereaux Jennings (única indicação – faleceu em 1952 aos 67 anos), Gordon Jennings (venceu 2 prêmios por ‘Revoadas de águias’ em 1942; e ‘Vendaval de paixões’ em 1943; ganhou um Oscar Honorário em 1939 por ‘Lobos do norte’; foi indicado por ‘Aliança de aço’ em 1940; duplamente por ‘A deusa da floresta’ e ‘O delírio de um sábio’ em 1941; ‘Aloma, a virgem prometida’ em 1942; ‘A legião branca’ em 1944; ‘Pelo vale das sombras’ em 1945; ‘Os inconquistáveis’ em 1948 – faleceu em 1953 aos 56 anos), W. Wallace Kelley (única indicação – faleceu em 1982 aos 80 anos), Paul K. Lerpae (única indicação – faleceu em 1989 aos 89 anos) e George Dutton (Indicado 5 vezes, por ‘A legião branca’ em 1944; ‘Pelo vale das sombras’ em 1945; ‘Os inconquistáveis’ em 1948; ‘Sem lei e sem alma’ em 1958; e ‘Um corpo que cai’ em 1959 – faleceu em 1977 aos 77 anos)

 

Melhor Documentário em Longa-metragem

‘Design for Death’ - Sid Rogell (única indicação e vitória – faleceu em 1973 aos 73 anos), Theron Warth (única indicação e vitória – faleceu em 1973 aos 661 anos) e Richard Fleischer (única indicação e vitória – faleceu em 2006 aos 89 anos)

‘Journey Into Medicine’ – U.S. Department os State

‘The World Is Rich’ - Paul Rotha (única indicação – faleceu em 1984 aos 76 anos)

 

Melhor Documentário em Curta-metragem

‘First Steps’ – Divisão de Filmes e Educação das Nações Unidas - Canadá

‘Passport to Nowhere’ - Frederic Ullman Jr. (indicado 3 vezes, por ‘Letter to a hero’ em 1944; ‘Conquer by the clock’ em 1943; e ‘Passport to nowhere’ em 1948 – faleceu em 1948 aos 45 anos) (RKO Pictures)

‘School in the Mailbox’ – Austrália – Australian News & Information Bureau

 

Melhor Curta-metragem em Uma Bobina

‘Goodbye Miss Turlock’ - Herbert Moulton (venceu 2 prêmios, por ‘Stairway to light’ em 1946; e ‘Goodbye, miss Turlock’ em 1948; foi indicado por ‘Annie was a wonder’ em 1949 – faleceu em 1994 aos 71 anos)

‘Brooklyn, U.S.A.’ - Thomas Mead (indicado 4 vezes, por ‘Your National Gallery’ em 1946; ‘Fight of the Wild Stallions’ e ‘Brooklyn, U.S.A’ em 1948; e ‘Snow Capers’ em 1949 – faleceu em 1983 aos 78 anos)

‘Moon Rockets’ - Jerry Fairbanks (venceu por ‘Who's Who in Animal Land’ em 1945 – faleceu em 1995 aos 90 anos)

‘Now You See It’ - Pete Smith (venceu 2 prêmios, por ‘Penny wisdom’ em 1938; e ‘Quicker´n a wink’ em 1941; ganhou um Oscar Honorário em 1954; foi indicado por ‘Menu’ em 1934; ‘Strikes and Spares’ em 1935; ‘Audioscopiks’ em 1936; ‘Wanted -- A Master’ em 1937; ‘Romance of Radium’ em 1938; ‘Army Champions’ em 1942; ‘Marines in the Making’ em 1943; ‘Movie Pests’ em 1945; ‘Sure Cures’ em 1947; ‘Now You See It’ em 1948; ‘Você pode vencer’ em 1949; ‘Water Trix’ em 1950; ‘Wrong Way Butch’ em 1951 – faleceu em 1979 aos 86 anos)

‘So You Want to Be in Pictures’ - Gordon Hollingshead (venceu 6 prêmios, como diretor assistente em 1934; pelos curtas ‘I Won't Play’ em 1945; ‘Star in the Night’ em 1946; ‘Facing Your Danger’ e ‘A Boy and His Do’ em 1947; ‘Grandad of Races’ em 1951; foi indicado por ‘Women at War’ neste mesmo ano; ‘Jammin' the Blues’ em 1945; ‘Story of a Dog’ em 1946; ‘Smart as a Fox’ em 1947; ‘So You Want to Be in Pictures’ 1948; ‘Calgary Stampede’ em 1949; ‘So You Want to Be on the Radio’ e ‘Cinderella Horse’ em 1949; ‘Snow Carnival’ em 1950; ‘The Grass Is Always Greener’ em 1950; ‘So You Think You're Not Guilty’ em 1950; ‘My Country 'Tis of Thee’ em 1951;’ The Seeing Eye’ em 1952; ‘Thar She Blows!’ e ‘Desert Killer’ em 1953 – faleceu em 1952 aos 60 anos)

 

Melhor Curta-metragem em Duas Bobinas

‘Climbing the Matterhorn’ - Irving Allen (indicado por ‘Chase of death’ em 1950 – faleceu em 1987 aos 82 anos)

‘Champagne for Two’ - Harry Grey (indicado por ‘Samba-mania’ em 1949 – faleceu em 1963 aos 58 anos)

‘Fight of the Wild Stallions’ - Thomas Mead (indicado 4 vezes, por ‘Your National Gallery’ em 1946; duas vezes em 1948, por ‘Fight of the Wild Stallions’ e ‘Brooklyn, U.S.A’; e em 1949 por ‘Snow Capers’ – faleceu em 1983 aos 78 anos)

‘Give Us the Earth’ - Herbert Morgan (recebeu 5 indicações, por ‘Give Us the Earth’ em 1948; duas em 1949, por ‘Heart to Heart’ e ‘Going to Blazes’ e outra duas em 1953, por ‘Devil Take Us’ em documentário e documentário com 2 bobinas)

‘A Voice Is Born: The Story of Niklos Gafni’- Ben K. Blake (única indicação – faleceu em 1954)

 

Melhor Animação em Curta-metragem

‘Tweetie Pie’ - Edward Selzer (venceu 5 prêmios, por ‘Tweetie Pie’ em 1948; duplamente em 1950, por ‘So Much for So Little’ (empatado) e ‘For Scent-imental Reasons’; ‘Speedy Gonzales’ em 1956; e ‘Birds Anonymous’ em 1958; foi indicado por ‘Life with Feathers’ em 1946; ‘Walky Talky Hawky’ em 1947; ‘Mouse Wreckers’ em 1949; ‘Canary Row’ em 1950; ‘From A to Z-Z-Z-Z’ em 1954; ‘Sandy Claws’ em 1955; ‘Tabasco Road’ em 1958 – faleceu em 1970 aos 77 anos)

‘Tico e Teco’ – Walt Disney (ganhou um Prêmio Honorário pela criação do Mickey Mouse em 1932; outro Prêmio Honorário pela criação do desenho animado em longa-metragem ‘Branca de neve e os sete anões’ em 1939; Prêmio Honorário pela realização do filme ‘Fantasia’ em 1942; Prêmio Irving G. Thalberg em 1942; venceu 22 prêmios, por ‘Flores e árvores’ em 1932; ‘Os três porquinhos’ em 1934; ‘A tartaruga e a lebre’ em 1935; ‘Três gatinhos órfãos’ em 1936; ‘Primo da roça’ em 1937; ‘O velho moinho’ em 1938; ‘Ferdinando o Touro’ em 1939; ‘O patinho feito’ em 1940; ‘Me dê uma pata’ em 1942; ‘A face do Fuher’ em 1943; ‘Seal Island’ em 1949; ‘O vale do castor’ em 1951; ‘Nature's Half Acre’ em 1952; ‘Water birds’ em 1953;  ‘O deserto vivo’, ‘O esquimó do Alaska’, ‘Bear country’ e ‘Toot Whistle Plunk and Boom’, todos em 1954; ‘A planície imensa’ em 1955; ‘Men Against the Arctic’ em 1956; ‘Grand Canyon’ em 1959; ‘Ursinho Puff e o dia chuvoso’ em 1969; foi indicado por ‘Pai de órfãos’ em 1932; ‘Arranhando o céu’ em 1934; ‘A flecha do amor’ em 1936; ‘Bons escoteiros’, ‘Mamãe Ganso’ e ‘O alfaiatezinho valente’ em 1939; ‘Como treinar um pointer’ em 1940; ‘Truant Officer Donald’ em 1942; ‘The New Spirit’ e ‘The Grain That Built a Hemisphere’ em 1943; ‘Reason and Emotion’ em 1944; ‘Como jogar futebol’ em 1945; ‘O crime de Donald ‘me 1946; ‘Squatter's Rights’ em 1947; ‘Pluto's Blue Note’ em 1948; ‘Chip an' Dale’ em 1948; ‘Tea for Two Hundred’ em 1949; ‘Mickey e a foca’ em 1949; ‘Guerra de brinquedos’ em 1950; ‘Cordeiro, o Leão Medroso’ em 1952; ‘Ben e eu’ em 1954; ‘Rugged Bear’ em 1954; ‘Siam’ em 1955; ‘Pigs is pigs’ em 1955; ‘Suíça’ em 1956; ‘No hunting’ em 1956; ‘Samoa’ em 1957; ‘A verdade sobre mamãe Ganso’ em 1958; ‘Paul Gunyan’ em 1959; ‘Donald no país da matemática’ em 1960; ‘Mistérios nas profundezas’ em 1960; ‘A arca de Noé’ em 1960; ‘Islands of the Sea’ e ‘Golias II’ em 1961; ‘Aquamania’ em 1962; ‘A Symposium on Popular Songs’ em 1963; ‘produtor de ‘Mary Poppins’ em 1965 – faleceu em 1966 aos 65 anos)

‘Dr. Jekyll and Mr. Mouse’ - Fred Quimby (venceu 8 prêmios, por ‘The Milky Way’ em 1941; ‘Ratinho Patriota’ em 1944; ‘A caça ao rato’ em 1945; ‘Fique quietinho’ em 1946; ‘Concerto para Gato e Piano’ em 1947; ‘The Little Orphan’ em 1949; ‘Os dois mosqueteiros’ em 1952; e ‘Johan Mouse’ em 1954; e foi indicado por ‘Dr. Jekyll and Mr. Mouse’ em 1948; ‘Hatch Up Your Troubles’ em 1950; ‘O Primo de Jerry’ em 1951; ‘Little Johnny Jet’ em 1954; ‘Touché, Pussy Cat!’ em 1955; ‘Good Will to Men’ em 1956 – faleceu 1965 aos 79 anos)

‘Pluto's Blue Note’ – Walt Disney (ver acima)

‘Tubby the Tubba’ - George Pal (ganhou um Oscar Honorário em 1944; foi indicado 7 vezes, por ‘Rhythm in the Ranks’ em 1942; ‘Tulips Shall Grow’ em 1943; ‘The 500 Hats of Bartholomew Cubbins’ em 1944; ‘And to Think That I Saw It on Mulberry Street’ em 1945; ‘Jasper and the Beanstalk’ em 1946; ‘John Henry and the Inky-Poo’ em 1947; ‘Tubby the Tuba’ em 1948 – faleceu em 1980 aos 72 anos)

 

Melhor Montagem

‘Corpo e alma’ - Francis D. Lyon (única indicação e vitória – faleceu em 1996 aos 91 anos) e Robert Parrish (venceu um Oscar por ‘Corpo e alma’ em 1948 e foi indicado por ‘A grande ilusão’ em 1950 – faleceu em 1995 aos 79 anos)

‘Um anjo caiu do céu’ - Monica Collingwood (única indicação – faleceu em 1989 aos 81 anos)

‘A luz é para todos’ – Harmon Jones (única indicação – faleceu em 1972 aos 61 anos)

‘Condenado’ - Fergus McDonell (única indicação – faleceu em 1984 aos 73 anos)

‘A rua do Delfim verde’ - George White (única indicação – faleceu em 1998 aos 86 anos)

 

Melhor Trilha Sonora de Comédia ou Drama

‘Fatalidade’ - Miklós Rózsa (venceu 3 prêmios, por ‘Quando fala o coração’ em 1946; ‘Fatalidade’ em 1948; e ‘Ben-Hur’ em 1960; foi indicado por ‘O ladrão de Bagdá’ em 1941; ‘O entardecer’ e ‘Lidya’ em 1942; ‘Mogli, o menino lobo’ em 1943; ‘A mulher da cidade’ e ‘Pacto de sangue’ em 1945; ‘À noite sonhamos’ e ‘Farrapo humano’ em 1946; ‘Os assassinos’ em 1947; ‘Quo Vadis?’ em 1952; ‘Ivanhoé, o vingador do rei’ em 1953; ‘Júlio César’ em 1954;  pela trilha e canção "Love Theme from El Cid (The Falcon and the Dove)" de ‘El Cid’ em 1962 – faleceu em 1995 aos 88 anos)

‘Um anjo que caiu do céu’ - Hugo Friedhofer (venceu um Oscar em 1947 por ‘Os melhores anos de nossas vidas’; foi indicado por ‘Um retrato de mulher’ em 1946; ‘Um anjo caiu do céu’ em 1948; ‘Joana D´Arc’ em 1949; ‘Seu nome e sua honra’ em 1954; ‘Entre o céu e o inferno’ em 1957; ‘A lenda da estátua nua’ em 1958; ‘Tarde demais para esquecer’ em 1958; ‘Os deuses vencidos’ em 1959 – faleceu em 1981 aos 80 anos)

‘Capitão de Castela’ - Alfred Newman (venceu 9 prêmios, por ‘A epopeia do Jazz’, em 1939; ‘A vida é uma canção’, em 1941; ‘A canção de Bernadete’, em 1944; ‘E os anos passaram...’ em 1948; ‘Meu canção canta’, em 1953; ‘Sua excelência, a embaixatriz’, em 1954; ‘Suplício de uma saudade’, em 1956; ‘O rei e eu’, em 1957; e ‘Camelot’ em 1968; e foi indicado 36 vezes, por ‘O prisioneiro de Zenda’ e ‘O furacão’, em 1938; ‘O cowboy e a granfina’ e ‘Goldwyn Follies’, em 1939; por ‘O morro dos ventos uivantes’, ‘As chuvas estão chegando’, ‘Música, divina música’ e ‘O corcunda de Notredame’ em 1940; ‘A marca do Zorro’, em 1941; ‘Como era verde o meu vale’ e ‘Bola de fogo’ em 1942; ‘Minha namorada favorita’ e ‘O cisne negro’ em 1943; por ‘Turbilhão’, em 1944; por ‘Olhos travessos’ e ‘Wilson’ em 1945; ‘Corações enamorados’ e ‘As chaves do Reino’, em 1946; ‘Noites de verão’ em 1947; ‘Capitão de Castela’, em 1948; por ‘ When my baby smiles at me’ e ‘Na cova da serpente’ em 1949; pela canção "Through a Long and Sleepless Night" de ‘Falem os sinos’, em 1950;  por ‘A malvada’, em 1951; ‘Escândalos na Riviera’ e ‘Davi e Betsabá’, em 1952; por ‘O mundo da fantasia’, em 1955; ‘Papi pernilongo’, em 1956; ‘Anastácia, a princesa prometida’, em 1957; ‘No Pacífico sul’, em 1959;  ‘O diário de Anne Frank’ e pela canção "The Best of Everything" de ‘Sob o signo do sexo’, em 1960;  ‘Flor de lótus’ em 1962; ‘A conquista do Oeste’, em 1964; por ‘A maior história de todos os tempos’, em 1966; ‘Aeroporto’ em 1971 – faleceu em 1970 aos 69 anos)

‘Entre o amor e o pecado’ - David Raksin (indicado por ‘Vidas separadas’ em 1959 – faleceu em 2004 aos 92 anos)

‘Nossa vida com papai’ - Max Steiner (venceu 3 prêmios, por ‘O delator’ em 1936; ‘A estranha passageira’ em 1943; e ‘Desde que partiste’ em 1945; foi indicado por ‘a patrulha perdida’ em 1935; ‘A divorciada’ em 1935; ‘O jardim de Allah’ em 1937; ‘Jezebel’ em 1939; ‘E o vento levou’ em 1940; ‘Vitória amarga’ em 1940; ‘A carta’ em 1941; ‘Sargento York’ em 1942; ‘A estranha passageira’ em 1943; ‘Casablanca’ em 1944; ‘As aventuras de Mark Twain’ em 1945; ‘Rapsódia azul’ em 1946; ‘Canção inesquecível’ em 1947; ‘Minha rosa silvestre’ em 1948; ‘Nossa vida com papai’ em 1948; ‘Belinda’ em 1949; ‘A filha de Satanás’ em 1950; ‘O gavião e a flecha’ em 1951; ‘O cantor de jazz’ em 1953; ‘O milagre de Fátima’ em 1953; ‘a nave da revolta’ em 1955; e ‘Qual será nosso amanhã?’ em 1956 – faleceu em 1971 aos 83 anos)

 

Melhor Canção original

"Zip-a-Dee-Doo-Dah" por ‘A canção do Sul’ - Allie Wrubel (foi indicado por "I'll Buy That Dream” de ‘Canta-me teus amores’ em 1946- faleceu em 1973 aos 68 anos) e Ray Gilbert (única indicação e vitória – faleceu em 1976 aos 63 anos)

"A Gal in Calico" por ‘Um sonho e uma canção’ - Arthur Schwartz (duas vezes indicado, por "They're Either Too Young or Too Old" por ‘Graças a minha boa estrela’ em 1944 e por ‘A gal em Calico’ por ‘Um sonho, uma canção’ em 1948 – faleceu em 1984 aos 83 anos) e Leo Robin (venceu um Oscar por "Thanks for the Memory" de ‘Folia a bordo’ em 1939; e foi indicado por ‘Love in bloom’ em ‘Demônio louro’ em 1935; "Whispers in the Dark" de ‘Artistas e modelos’ em 1938; "Faithful Forever" de ‘As aventuras de Gulliver’ em 1940; "So in Love" de ‘Um rapaz do outro mundo’ em 1946; "A Gal in Calico" de ‘Um sonho, uma canção’ em 1947; "This Is the Moment" de ‘A condessa se rende’ e "For Every Man There's a Woman" de ‘Casbah, o reduto da perdição’ em 1949; “Zing a Little Zong” de ‘Filhos esquecidos’ em 1953; "My Flaming Heart" de ‘Senhorita inocência’ em 1954 – faleceu em 1984 aos 84 anos)

"I Wish I Didn't Love You So" por ‘Minha vida e meus amores’ - Frank Loesser (venceu por "Baby, It's Cold Outside" de ‘A filha de Netuno’ em 1950; foi indicado 4 vezes, por "Dolores" de ‘Noites de rumba’ em 1942; "They're Either Too Young or Too Old" por ‘Graças à minha boa estrela’ em 1944; "I Wish I Didn't Love You So" de ‘Minha vida e meus amores’ em 1948; "Thumbelina" de ‘Hans Christian Andersen’ em 1953 – faleceu em 1969 aos 59 anos)

"Pass That Peace Pipe" por ‘Tudo azul’ - Hugh Martin (indicado pela canção "The Trolley Song" de ‘Agora seremos felizes’ em 1945 – faleceu em 2011 aos 96 anos), Ralph Blane (indicado pela canção "The Trolley Song" de ‘Agora seremos felizes’ em 1945 – faleceu em 1995 aos 81 anos) e Roger Edens (venceu 3 prêmios, por ‘Desfile de Páscoa’ em 1949; ‘Um dia em Nova Iorque’ em 1950; e ‘Bonita e valente’ em 1951; foi indicado por ‘Sangue de artista’ em 1940; pela trilha e canção "Our Love Affair" de ‘O rei da alegria’ em 1941; pela trilha de ‘Idílio em dó-ré-mi’ em 1943; pela canção "Pass That Peace Pipe” de ‘Tudo azul’ em 1948 – faleceu em 1970 aos 64 anos) 

"You Do" por ‘...E os anos passaram’ - Josef Myrow (indicado 2 vezes, por ‘You do’ em ‘E os anos passaram’ em 1948; e "Wilhelmina" por ‘Noiva que não beija’ em 1951 – faleceu em 1987 aos 77 anos) e Mack Gordon (venceu por "You'll Never Know" por ‘Aquilo sim, era vida’ em 1944; foi indicado pelas canções "Down Argentine Way” de ‘serenata tropical’ em 1941; "Chattanooga Choo Choo" de ‘Quero casar-me contigo’ em 1942; "I've Got a Gal in Kalamazoo" em ‘Serenata azul’ em 1943; "I'm Making Believe" de ‘Explosão musical’ em 1945; "I Can't Begin to Tell You" de ‘As irmãs Dolly’ em 1946; "You Do" de ‘E os anos passaram’ em 1948; "Through a Long and Sleepless Night" de ‘Falam os sinos’ em 1950; "Wilhelmina" de ‘Noiva que não beija’ em 1951 – faleceu em 1959 aos 54 anos)

 

Melhor Trilha Sonora de Musical

‘...E os anos passaram’ - Alfred Newman (ver acima)

‘A canção do sul’ - Daniele Amfitheatrof (indicado 2 vezes, por ‘Esposa de dois maridos’ em 1946 e ‘A canção do sul’ em 1948 – faleceu em 1983 aos 81 anos), Paul J. Smith (venceu por ‘Pinóquio’ em 1941; foi indicado por ‘Branca de neve e os sete anões’ em 1938; ‘A vitória pela força aérea’ em 1944; ‘Você já foi à Bahia?’ em 1946; ‘A canção do sul’ em 1948; ‘Cinderela’ em 1951; ‘No coração da floresta’ em 1958 – faleceu em 1985 aos 78 anos) e Charles Wolcott (indicado 4 vezes, pela canção e trilha do filme "Saludos Amigos"; pela trilha de ‘Você já foi à Bahia?’ em 1946; e ‘A canção do sul’ em 1948 – faleceu em 1987 aos 80 anos)

‘A caminho do Rio’ - Robert Emmett Dolan (indicado 8 vezes, por ‘Sinfonia bárbara’ em 1942; ‘Duas semanas de prazer’ em 1943; ‘Coquetel de estrelas’ em 1944; ‘A mulher que não sabia amar’ em 1945; ‘Chispa de fogo’ e ‘Os sinos de Santa Maria’ em 1946; ‘Romance inacabado’ em 1947; e ‘A caminho do Rio’ em 1948 – faleceu em 1972 aos 66 anos)

‘Festa brava’ - Johnny Green (venceu outros 4 prêmios, por ‘Desfile de Páscoa’ em 1949; ‘Sinfonia de Paris’ em 1952; pelo curta-metragem ‘Abertura para The Merry Wives of Windsor’ em 1954; ‘Amor, sublime amor’ em 1962; e foi indicado por ‘Festa brava’ em 1948; ‘O grande Caruso’ em 1952; pelo curta metragem ‘Strauss Fantasy’ em 1955; pela trilha de ‘Viva Las Vegas’ em 1957; ‘Alta sociedade’ em 1957; ‘A árvore da vida’ em 1958; ‘Pepe’ em 1961; ‘adeus, amor’ em 1964; e ‘A noite dos desesperados’ em 1970 – faleceu em 1989 aos 80 anos)

‘Minha rosa silvestre’ – Ray Heindorf (venceu outros 2 prêmios, por ‘A canção da vitória’ em 1943; e ‘Vendedor de ilusões’ em 1963; foi indicado por ‘Sonhando de olhos abertos’ e ‘Um sonho em Hollywood’ em 1945; ‘Um rapaz do outro mundo’; ‘Rapsódia azul’ e a canção “Some Sunday Morning" de ‘Cidade sem lei’ em 1946; ‘Canção inesquecível’ em 1947; ‘Minha rosa silvestre’ em 1948; ‘Romance em alto-mar’ em 1949; ‘Crepúsculo de uma glória’ em 1950; ‘Conquistando West Point’ em 1951; ‘O cantor de jazz’ em 1953; ‘Ardida como pimenta’ em 1954; ‘Nasce uma estrela’ em 1955; ‘O parceiro de Satanás’ em 1959; ‘O caminho do arco-íris’ em 1969 – faleceu em 1980 aos 71 anos) e Max Steiner (ver acima)

 

Melhor Mixagem de Som

‘Um anjo caiu do céu’ - Gordon Sawyer (venceu 3 prêmios, ‘Um anjo caiu do céu’ em 1948; ‘O álamo’ em 1961; ‘Amor, sublime amor’ em 1962; ganhou uma Medalha de Recomendação em 1978; foi indicado por ‘Um rapaz do outro mundo’ em 1946; ‘Os melhores anos do resto de nossas vidas’ em 1947; ‘Vida de minha vida’ em 1951; ‘Não quero dizer-te adeus’ em 1952; ‘Hans Christian Andersen’ em 1953; ‘Sublime tentação’ em 1957; ‘Testemunha de acusação’ em 1958; ‘Quero viver’ em 1959; ‘Porgy e Bess’ em 1960; ‘Se meu apartamento falasse’ em 1961; ‘Infâmia’ em 1962; ‘Deu a louca no mundo’ em 1964; ‘Havaí’ em 1967 – faleceu em 1980 aos 74 anos) - Samuel Goldwyn

‘’A rua do Delfim verde’ - Douglas Shearer (MGM - venceu 7 prêmios, por ‘O presídio’ em 1930; ‘Oh Marieta!’ em 1936; ‘São Francisco, a cidade do pecado’ em 1937; ‘O rei da alegria’ em 1941; ’30 segundos sobre Tóquio’ em 1945; ‘A rua do Delfim verde’ em 1948; ‘O grande Caruso’ em 1952; foi pelo som e efeitos especiais de alguns dos filmes citados: ‘Viva Vila!’ em 1935; ‘Primavera’ em 1938; ‘Canção de amor’ em 1939; ‘O mágico de Oz’ em 1940; ‘Balalaika’ em 1940; ‘Fruto proibido’ em 1941; ‘asas nas trevas’ em 1942; ‘O soldado de chocolate’ em 1942; pelo som e efeitos especiais em ‘Rosa de esperança’ em 1943; ‘Madame Curie’ em 1944; ‘Kismet’ em 1945; ‘Fomos os sacrificados’ em 1946; pelo som de ‘A rua do Delfim verde’ em 1948 – faleceu em 1971 aos 71 anos)

‘Moeda falsa’ - Jack Whitney (Sound Service Inc.- venceu 2 prêmios, por ‘O ladrão de Bagdá’ em 1941 e ‘Lady Hamilton, a divina dama’ em 1942; foi indicado duplamente em 1941 também por ‘A flama da liberdade’ em melhor som; foi indicado por ‘Inimigos amistosos’ em 1943; ‘Os carrascos também morrem’ em 1944; ‘O tempo é uma ilusão’ em 1945; ‘Amor à terra’ em 1946; e ‘Moeda falsa’ em 1948, todos em Melhor Som – faleceu em 1992 aos 87 anos)

 

Melhor Direção de Arte em Preto & Branco

‘Grandes esperanças’ - John Bryan (venceu por ‘Grandes esperanças’ em 1948; foi indicado por ‘César e Cleópatra’ em 1947 e ‘Becket’ em 1965 – faleceu em 1969 aos 57 anos) e Wilfred Shingleton (única indicação e vitória – faleceu em 1983 aos 69 anos)

‘Débil é a carne’ - Lyle R. Wheeler (venceu 5 prêmios, por ‘E o vento levou’ em 1940; ‘Ana e o rei de Sião’ em 1947; ‘O manto sagrado’ em 1954; ‘O rei e eu’ em 1957; e ‘O diário de Ane Frank’ em 1960; foi indicado por ‘O prisioneiro de Zenda’ em 1938; ‘as aventuras de Tom Sawyer’ em 1939; ‘Rebeca, a mulher inesquecível’ em 1941; ‘Laura’ em 1945; ‘Amar foi minha ruína’ em 1946; ‘Débil é a carne’ em 1948; ‘Falam os sinos’ em 1950; ‘A malvada’ em 1951; ‘Escândalos na Riviera’ em 1952; ‘Davi e Betsabá’ em 1952; ‘Terrível suspeita’ e ‘Horas intermináveis’ em 1952; ‘Viva Zapata’ em 1953; ‘Eu te matarei, querida’ e ‘As neves do Kilimanjaro’ em 1953; ‘Titanic’ e ‘O destino me persegue’ em 1954; ‘Desiré, o amor de Napoleão’ em 1955; ‘Papai pernilongo’ e Tarde demais para esquecer’ em 1956; ‘Alma rebelde’ em 1957; ‘Um certo sorriso’ em 1959; ‘Jornada ao centro da Terra’ em 1960; ‘O cardeal’ em 1964 – faleceu em 1990 aos 84 anos), Maurice Ransford (indicado 3 vezes, por ‘Amar foi minha ruína’ em 1946; ‘Débil é a carne’ em 1948; e ‘Titanic’ em 1954 – faleceu em 1962 aos 72 anos), Thomas Little (venceu 6 prêmios, por ‘Como era verde meu vale’ em 1942; ‘Minha namorada favorita’ em 1944; ‘Isto acima de tudo’ em 1943; ‘A canção de Bernadete’ em 1944; ‘Wilson’ em 1945; ‘Ana e o rei de Sião em 1947; foi indicado por ‘Sangue e areia’ em 1942; ‘Entre a loira e a morena’ em 1944; ‘Laura’ em 1945; ‘Amar foi minha ruína’ em 1946; ‘As chaves do reino’ em 1946; ‘O fio da navalha’ em 1946; ‘Débil é a carne’ em 1948; ‘Falam os sinos’ em 1950; ‘a malvada’ em 1951; ‘Escândalos na Riviera’ em 1952; Davi e Betsabá’ em 1952; ‘Terrível suspeita’ em 1952; ‘Horas intermináveis’ em 1952; ‘As neves do Kilimanjaro’ em 1953; e ‘Viva Zapata!’ em 1953 – faleceu em 1985 aos 98 anos) e Paul S. Fox (venceu outros 2 prêmios, por ‘O manto sagrado’ em 1955; e ‘O rei e eu’ em 1957; e foi indicado por ‘O fio da navalha’ em 1947; ‘Débil é a carne’ em 1948; ‘Falam os sinos’ em 1950; Davi e Betsabá’ em 1952; ‘Terrível suspeita’ em 1952; ‘As neves do Kilimanjaro’ em 1953; ‘O destino me persegue’ em 1954; ‘Desirré, o amor de Napoleão’ em 1955; ‘papai pernilongo’ em 1956; ‘Um certo sorriso’ em 1959 – faleceu em 1972 aos 73 anos)

 

Melhor Direção de Arte em cores

‘Narciso negro’ - Alfred Junge (venceu por ‘Narciso negro’ em 1948; foi indicado por ‘Os cavaleiros da távola redonda – em 1954 – faleceu em 1964 aos 78 anos)

‘Nossa vida com papai’ - Robert M. Haas (indicado 2 vezes, por ‘Nossa vida com papai’ em 1948 e ‘Belinda’ em 1949 – faleceu em 1962 aos 73 anos) e George James Hopkins (venceu 4 prêmios, por ‘Uma rua chamada pecado’ em 1952; ‘Minha bela dama’ em 1965; ‘Quem tem medo de Virginia Woolf?’ em 1966; e ‘Hello, Dolly’ em 1970; e foi indicado por ‘Forja de heróis’ em 1944; ‘Missão em Moscou’ em 1944; ‘Nossa vida com papai’ em 1948; ‘Nasce uma estrela’ em 1955; ‘A mulher do século’ em 1959; ‘Dez passos imortais’ em 1961; ‘À procura do destino’ de 1966; ‘Vendedor de ilusões’ em 1963; ‘Vício maldito’ em 1963 – faleceu em 1985 aos 88 anos)

 

Melhor Fotografia em Preto & Branco

‘Grandes esperanças’ - Guy Green (única indicação e vitória – faleceu em 2005 aos 91 anos)

‘A rua do Delfim verde’ - George J. Folsey (indicado 13 vezes, por ‘Reunião em Viena’ em 1934; ‘A espiã 13’ em 1935; ‘Mulher sublime’ em 1937; ‘A filha do comandante’ em 1944; duplamente por ‘Agora seremos felizes’ e ‘Evocação’ em 1945; ‘Anos de ternura’ em 1947; ‘A rua do Delfim verde’ em 1948; ‘A rainha do mar’ em 1953; ‘Todos os irmãos eram valentes’ em 1954; ‘Sete noivas para sete irmãos’ em 1955; ‘Um homem e dez destinos’ em 1955; e ‘O balcão’ em 1964 – faleceu em 1988 aos 90 anos)

‘O fantasma apaixonado’ - Charles Lang (venceu 1 Oscar, por ‘Adeus às armas’ em 1934; e foi indicado outras 16 vezes, por , ‘O direito de amar’ em 1931; ‘Levanta-te, meu amor’ em 1941;  ‘O entardecer’ em 1942; ‘A legião branca’ em 1944; ‘O solar das almas perdidas’ em 1945; ‘O fantasma apaixonado’ em 1948; ‘A mundana’ em 1949; ‘Precipícios d´alma’ em 1953; ‘Sabrina’ em 1955; ‘Os amores secretos de Eva’ em 1956; ‘Vidas separadas’ em 1959; ‘Quanto mais quente melhor’, em 1960; ‘O jogo proibido do amor’ em 1961; ‘A face oculta’ em 1962; ‘A conquista do Oeste’ em 1964; ‘Bob e Carol, Ted e Alice’ em 1970; e ‘Liberdade para as borboletas’ em 1973 – faleceu em 1998 aos 96 anos)

 

Melhor Fotografia em cores

‘Narciso negro’ - Jack Cardiff (venceu por ‘Narciso negro’ em 1948; recebeu Prêmio Honorário em 2001; foi indicado por ‘Guerra e paz’ em 1957; ‘Fanny’ em 1962 e como diretor por ‘Filhos e amantes’ em 1961 – faleceu em 2009 aos 94 anos)

‘...E os anos passaram’ - Harry Jackson (única indicação – faleceu em 1953 aos 57 anos)

‘Nossa vida com papai’ - J. Peverell Marley (indicado também por ‘Suez’ em 1939 – faleceu em 1964 aos 62 anos) e William V. Skall (venceu por ‘Joana D´Arc’ em 1949; foi indicado por ‘Bandeirantes do norte’ em 1941; ‘Gentil tirano’ em 1942; foi triplamente indicado em 1943 por ‘Defensores da bandeira’, ‘Vendaval de paixões’ e ‘As mil e uma noites’; ‘Nossa vida com papai’ em 1948; ‘Quo vadis?’ em 1952; e ‘O cálice sagrado’ em 1955 – faleceu em 1976 aos 78 anos)

 

Prêmio Especial para Filme Estrangeiro

‘Vítimas da Tormenta’ – direção: Vittorio De Sica (foi indicado como ator coadjuvante por ‘Adeus às armas’ em 1958 – faleceu em 1974 aos 73 anos) (Itália)

 

Prêmios Honorários

‘A canção do sul’ – James Baskett pela interpretação de Remus. Ele não pode comparecer à estreia do filme em Atlanta porque era negro. É considerado o primeiro ator negro a ganhar um Oscar, mesmo sendo Honorário.

‘Bill e Lú’ – pelo uso novo e divertido de arte no cinema. Nesse musical, os atores são animais vestidos de humanos.

William Nicholas Selig, Albert E. Smith, George K. Spoor – grupo de pioneiros que abriu caminho para a indústria cinematográfica.

Nathan Levinson – pelo desenvolvimento de uma máquina para edição de som em velocidade constante.

 

Referências bibliográficas:

- site: www.atocinematografico.blogspot.com

- site: www.wikipedia.com

- site: www.imdb.com

- site: www.filmenow.com

- site: www.ontemnatv.com.br

- site: www.osmusicaisdomundo.blogspot.com

- site: www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com

- site: www.termometrodooscar.com

- site: www.papodecinema.com.br

Livros:

- FILHO, Rubens Ewald. O Oscar e eu. 2003.

- OSBORNE, Robert. 85 anos de Oscar.

-ALBAGLI, Fernando. Tudo sobre o Oscar. 2003

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Oscar 1930

1943, o Oscar na II Guerra Mundial

OSCAR 1963: O ano do épico